30/01/2018

The Legend of Zelda: Ocarina of Time - Perfect Edition


Quem á fã de The Legend of Zelda sempre quis ter a coleção de mangás do título, que até então só podia ser adquirido em inglês e a forma mais fácil era pagando caro na Amazon. Para a alegria destes fãs no final do ano passado a Editora Panini trouxe The Legend of Zelda em sua versão Perfect Edition para seu catálogo de títulos.

Sinopse oficial

Link é um jovem da floresta que vê seu lar em perigo e parte em uma jornada para deter um rei maligno e salvar o reino de Hyrule! Para completar sua missão, ele terá que encontrar a princesa Zelda e ajudar outros povos para reunir a Triforce e restabelecer o equilíbrio do mundo!

O mangá

Quem assina o mangá é Akira Himekawa, a mangaká consegue captar muito bem a essência do game e traz uma história fiel ao jogo associada a um traço incrível e rico em detalhes. Os eventos acontecem bem rapidamente mas a história flui com um ritmo tão gostoso que quando você se dá conta já acabou de ler.



Ocarina do tempo nos conta a história de Link, um garoto que vivia na Floresta Kokiri onde todos os habitantes possuíam uma fada. Link era o único garoto da floresta que não tinha uma fada até que um dia a Grande Árvore Deku envia a Link uma fada chamada Navi e diz a ele que ele está predestinado a salvar o reino de um grande mal. Link então parte ao encontro da Princesa Zelda no Castelo de Hyrule.

A história, assim como o jogo, é dividida em dois arcos, sendo o primeiro o arco da infância onde são apresentados os personagens, o plot da história e o início da jornada de Link atrás das pedras sagradas para entregá-las para Zelda e salvar o reino de Hyrule. Já o segundo arco nos apresenta Hyrule sete anos após os acontecimentos do primeiro arco. Link avançou no tempo por efeito da Master Sword e encontra Hyrule sob comando de Ganondorf. Link deve então procurar a princesa Zelda que estava desaparecida e derrotar Ganondorf para restaurar a paz em Hyrule.

A edição conta ainda com duas histórias extras, uma para cada arco do mangá. Ambas são divertidíssimas mas não afetam na história principal então não faz mal deixar para lê-las depois que terminar os dois arcos principais.

A versão Brasileira

A coleção irá contar com 5 volumes, cada um com 384 páginas em impressão offset, ou seja, não temos presente nessa edição o famoso papel jornal que amarela com o tempo. Além disso temos deliciosas páginas coloridas no início do mangá, que são motivo de alegria de qualquer fã de mangás. Para finalizar a capa conta com orelhas e um acabamento em hot stamping na logo o que dá mais luxo à edição. Com certeza The Legend of Zelda: Ocarina of Time - Perfect Edition vai ser um mangá que vai chamar muita atenção na sua estante. Vale lembrar que quem compra o mangá também recebe um marca páginas do título (e quem não gosta de marca página não é mesmo).

Um banho de nostalgia para quem jogou Ocarina of Time no Nintendo 64
Tenho que ser sincero, tive um pouco de medo quando anunciaram que trariam o mangá para o Brasil pois sou um colecionador um tanto quanto chato no que se refere a acabamento dos mangás e questiono bastante a qualidade dos mangás da Panini, mas tenho que deixar aqui os meus parabéns à editora pois eles conseguiram se superar e trazer uma edição digna de carregar o nome de Perfect Edition. Aliás ela vem fazendo um bom trabalho com as edições de Ajin: Demi Human e Berserk.

Em suma Perfect Edition de The Legend of Zelda é um item essencial para qualquer fã do game, mesmo que não seja fã de mangás. E se liga que a Editora Panini já anunciou que o mangá terá uma periodicidade bimestral e que o próximo lançamento irá conter os títulos “Oracle of Seasons” & “Oracle of Ages” e sairá já em Fevereiro.


Ficha Técnica

Título: The Legend of Zelda: Ocarina of Time - Perfect Edition
Autor: Akira Himekawa
Editora: Panini
Acabamento: Papel offset
Formato: 15x21 cm, 384 páginas.
Número de volumes: 5
Periodicidade: Bimestral
Preço: R$ 29,90
Onde Comprar: Livrarias Especializadas

05/01/2018

Crítica | Eu, Tonya - Margot Robbie em sua ascensão.



Cinebiografias sempre despertam alguma polêmica, sejam elas nas esferas positivas ou negativas, ainda mais quando se trata de Tonya Harding, ex-patinadora considerada por muitos como a maior vilã do esporte dos Estados Unidos.


Dirigido pelo diretor australiano Craig Gillespie (A Garota Ideal) e roteiro assinado por Steven Rogers (P.S. Eu Te Amo), Eu, Tonya é um estudo sobre a perda de oportunidades e más escolhas. 

Na trama, as complicações já começam na sua infância, Harding é interpretada pela cativante atriz mirim Mckenna Grace, onde é moldada e educada pela sua mãe hostil e insensata (Allison Janney) até o auge da sua carreira. Na sua fase adulta, se casa com um homem completamente instável e violento, interpretado pelo notável Sebastian Stan, que acaba se envolvendo em um ato agressivo com o intuito de prejudicar a adversária de sua esposa. 


O desempenho de Margot Robbie é magistral, ela consegue transmitir sua insanidade, ganância e amargura ao decorrer da trama, guarda sua melhor atuação até o momento, com a possibilidade de ter um show quase só seu, ofuscada pela atriz  Allison Janney, uma personagem extremamente sarcástica, e merecidamente será lembrada nas premiações desta temporada. 

A composição dos personagens é algo que chama atenção. O roteiro é dividido em arcos bem definidos, enchem o público de argumentos para o clímax, que em certos momentos é lembrado das aplicações do diretor Martin Scorsese  (O Lobo de Wall Street), que preza pela originalidade na entrega de sua narrativa. Tudo gira ao redor da protagonista mas as lacunas são preenchidas com louvor pelos ótimos coadjuvantes.



Outro grande chamariz aqui é a trilha sonora composta por Peter Nashel e Jeff Russo, com diversos hits dos anos 80 e 90 que se relacionam com a narrativa e as cenas, além disso, toda a produção do filme nos faz querer adquirir mais conhecimento sobre o que aconteceu realmente com Tonya Harding.

Eu, Tonya é uma biografia diferente. Uma pessoa que não tinha nada e sempre quis tudo, apesar dos seus obstáculos e desafios diários, mesmo com todos os argumentos e fatos relatados, fica a critério do telespectador julgar quem Tonya Harding realmente foi naquelas Olimpíadas de Inverno que abalaram a mídia do mundo inteiro em 6 de Janeiro de 1994. 

Nota: 9.0/10.0