29/12/2018

Grand Chase | O jogo que me venceu pelo cansaço!


Pra início de conversa, eu descreveria esse jogo como "aquele que me venceu pelo cansaço". Se eu ganhasse um real por cada vez que uma propaganda de GrandChase aparecia no meu feed, eu poderia comprar o próprio jogo. A avalanche de anúncios é resultado do lançamento da versão mobile, lançado em Novembro de 2018. Vale lembrar que o jogo foi lançado em 2003 para PC.

O jogo se inicia contando a história das Três Deusas, guerras demoníacas e possessões. Explicando dessa forma até parece que estamos falando de um jogo meio sinistro, mas não tem nada disso. Simplesmente amei o fato de que tem uma história tão bem construída e que cada missão tem toda uma explicação por trás dela, isso faz com que cada player se envolva mais ainda com o game. Confesso que joguei pouco, pois só queria saber como era, mas depois dos tutoriais o jogo começa a se desenrolar de verdade, e possível que eu continue a jogar.

Pontos a serem observados sobre o jogo:

Locomoção: Gostei da opção de ter o avanço automático, que pode ser ativado e desativado a qualquer momento pelo player, facilita demais.
Ataques: Por utilizarmos quatro personagens ao mesmo tempo, fica meio repetitivo as ações se analisarmos um personagem de cada vez, já que cada um só tem duas opções. Há também a opção de fazer um ataque combinando as ações dos quatro jogadores, o que é um diferencial, mas demora um pouco pra recarregar essa opção.
Defesa: Como diz o velho ditado, o ataque é a melhor defesa né.
Missões: Elas segue uma ordem que acompanha a história do jogo, e você consegue ir aumentando o nível de cada personagem seguindo isso.
Modo Treino: O jogo traz a opção de treinar com um herói de cada vez, e você que seleciona os inimigos. Isso ajuda demais a conhecer cada personagem disponível.
Gráficos: Bonitinho, esperava mais devido as propagandas. Às vezes parece que a gente ta jogando Angry Birds.
Memória: O jogo da à opção de você fazer o download com diferentes resoluções, sendo que uma gasta mais memória que a outra. Gostei disso, embora de qualquer forma demore um pouco pra fazer a instalação (talvez seja a minha internet mesmo).

Apesar de toda a propaganda envolvida, GrandChase é uma boa escolha para jogadores iniciais, afinal é bem intuitivo e os tutoriais são bem completos, ajuda bastante pra quem não tem costume. Apesar de ter ficado um pouco desapontada com os gráficos, possível que eu continue a jogar já que gostei da história do game. leva aí uma nota 7.





Crítica | Bird Box - Não Abra Os Olhos


Vou começar esse texto dizendo que você precisa assistir esse filme mais de uma vez, porque vai valer muito a pena. Um aviso importante é que esse post pode conter alguns spoilers, então vai agoooora assistir o filme primeiro e depois vem ver a minha opinião sobre ele, vai lá, anda! Tem na dona Netflix ;)


Bird Box, ou Caixa de Pássaros como é mais conhecido por nós, tupiniquins, é uma película que foi dirigida por Susanne Bier. Tem como atores principais Sandra Bullock, Sarah Paulson, John Malkovich e Trevante Rhodes. Também foi baseado no romance pós apocalíptico de mesmo nome escrito por Josh Malerman, mas viemos aqui para falar do filme.


A trama conta a História de Malorie (Sandra Bullock), que precisa se chegar à um local seguro onde possa viver com seus filhos “longe” do apocalipse. E o que seria esse apocalipse em questão? Seriam criaturas que não se devem ver. Whaaaat? Sim, as pessoas que vêem essas criaturas, ficam violentas, querem se matar e acabam achando algum jeito para fazer isso. Pronto, falei!


O mais interessante é que o filme é contado em duas partes. Conta a primeira parte que é Malorie e seus filhos no rio tentando chegar à esse refúgio e a segunda onde Malorie (grávida) estava quando começou essa bagunça toda. Após mostrar um pouquinho das duas partes, o filme vai alternando entre uma e outra até o fim.



Algumas pessoas não gostaram do filme, apenas por ele não explicar como aquilo tudo aconteceu, ou o que são essas criaturas. Mas eu o vejo com outros olhos. Não acho que, no enredo, tivesse a necessidade de explicar como tudo aquilo aconteceu, porque NÃO ERA UMA HISTÓRIA SOBRE O APOCALIPSE.


Na minha concepção é história sobre relacionamentos, a personagem Malorie era uma pessoa que tinha dificuldade de relacionar-se com outras pessoas, ela sentia dificuldade em ter apego/afeição pelas pessoas.E o filme conta como ela vai adquirindo isso com o passar do tempo. O filme aborda isso de uma forma muito clara (até demais), começando com ela não ter sido tocada pela magia da maternidade.




Eu preciso dizer que a fotografia do filme está incrível, são cortes de câmeras sensacionais e cenários maravilhosos de encher os olhos. A atuação de Sandra Bullock estava impecável, sério. E a da Sarah Paulson? Apenas maravilhosa! O filme foi muito bem dirigido a ponto de que mesmo se a pessoa não leu o livro, ela vai entender.


Para não me prolongar muito, o filme te prende do começo ao fim, se você não assistiu vale muito a pena assistir.

Me diz aí, qual parte do filme que você mais gostou?

22/08/2018

Série da Vez | Supernatural


Sim, hoje vim falar dessa série maravilhosa, que é Supernatural. Quem me conhece sabe que eu simplesmente amo essa série e que pra mim, é a melhor série pra sempre. Bom, vamos parar de tietagem e falar sobre este tesão de série.

A Criação


A série Supernatural foi criada por Eric Kripke e estreou em 13 de setembro de 2005. Produzida pela Warner Bros. Television, tem como elenco Jared Padalecki, Jensen Ackles, Misha Collins, Mark A. Sheppard, Jim Beaver,  Jeffrey Dean Morgan, entre outros que vão aparecendo ao longo dos episódios. Kripke estava criando a série a quase 10 anos quando apresentou a primeira proposta para a The WB Television Network.

A Ideia


Nesta proposta o enredo seria: Um conjunto de jornalistas relatam eventos sobrenaturais recorrentes. A ideia não foi aprovada e o enredo foi modificado, ficando assim: Dois irmãos, Sam Winchester (interpretado por Jared Padalecki) e Dean Winchester (interpretado por Jensen Ackles), caçam demônios, fantasmas e coisas sobrenaturais.


A ideia rendeu tanto que os 4 primeiros episódios tiveram audiência suficiente para que fosse produzida uma temporada de 22 episódios. Inicialmente seriam apenas 3 temporadas, mas Kripke resolveu expandir para 5, onde foi o fim do enredo principal. Mas meus queridos, a audiência foi tanta que graças aos deuses ela foi renovada para 13 temporadas concluídas e prometendo mais.



Personagens Principais


Dean Winchester


Interpretado pelo lindo do Jensen Ackles, é o filho mais velho de John e Mary Winchester. Dean é uma cara descontraído e adora bebida, mulheres e comida. Desde que teve idade para pegar em uma arma, começou a caçar com seu pai e faz de tudo pela família, inclusive dar umas voltinhas no purgatório, no céu e no inferno. 

Samuel Winchester


Interpretando por Jared Padalecki , é o segundo filho do casal John e Mary Winchester. Diferente de Dean Winchester, ele quer ter uma vida ‘normal’ (fazer faculdade, se casar, ter filhos e viver uma vida tranquila),  é mais centrado, racional e sensível. Apesar dessas características, ele também faz de tudo pela família. As vezes Sam é muito engraçado só por ser desse jeitinho, tímido e quieto.

Castiel 


Interpretado pelo ator Misha Collins, Cass (como é chamado pelos irmãos Winchester), é uma excelente representação de Anjo. Adicionado na quarta temporada ele chegou de mansinho sem sentimentos emocionais e super devoto à Deus. Ao longo dos episódios e da convivência com os irmãos, ele foi ganhando mais malicia e e sentimentos que para ele eram novidade. 

Esses foram apenas os principais, a série possui uma gama bem vasta de personagens bem peculiares. Alguns vão se desenvolvendo durante a trama outros nem tanto, mas são muitos. A série é bem desenvolvida ao longo das temporadas e está sempre mudando, para que não caia numa rotina. Com o passar das temporadas, os personagens vão amadurecendo e desenvolvendo personalidades diversificadas.

Esse foi um breve resumo dessa série maravilhosa. Eu poderia ficar horas e horas falando sobre ela, pois até agora são 13 temporadas, então ainda tem muita coisa pra se falar. 


E você já assistiu essa série? Se sim, me conta o que achou! 

13/07/2018

O Exorcista


Sexta feira 13 e a gente fala de que? Filme de terror, é claro! E nesta sexta não poderia ser diferente. Hoje falaremos do exorcista, o que ocorreu de fato no caso?

Mesmo pensando por muitos anos que era só ficção (e me cagando de medo assim mesmo), o Exorcista foi baseado em fatos. Sim minha gente, o filme, o livro, tudo foi baseado na história de um menininho chamado Robbie Mannheim, também conhecido por Roland Doe (nome dado pela igreja católica após os acontecimentos). Era um garoto comum até o seu tio Harret falecer. Ele começou a ouvir passos e sons estranhos vindos do sótão de sua casa e os eventos foram ficando cada vez mais estranhos, assim como no filme. Só que os filmes, são mais emocionantes não, não foi uma menina.

O Exorcista - O Filme

O Exorcista é um filme do gênero terror sobrenatural e que foi dirigido por William Friedkin. O filme conta sobre uma garotinha de 12 anos chamada ReganMcNeil, que ficava brincando com uma tábua Ouija no 'porão' de sua casa. 

Sim, como uma criança normal, afinal de contas todas as crianças brincam com essa tábua. Regan fez amizade com um tal de Capitão Howdy, que é o espirito que está se comunicando com ela através da tábua. Chris MacNeil, mãe de Regan, é uma atriz e está filmando em Georgetown, quando de repente percebe algumas mudanças de comportamento na filha. A menina começa a ter convulsões, falar palavrões e mover coisas sem tocar nelas. Tudo isso se misturando com vozes demoníacas masculinas que saem dela. Chris acha que essas coisas que estão acontecendo com Regan, são coisas da puberdade. Já os médicos dizem que há um problema no cérebro dela, como uma lesão ou algo assim. 

Fazem todo o tipo de teste e exames e a menina irredutível só piora. Depois de se consultar com um psiquiatra, a quem Regan agride violentamente e esgotado os recursos médicos e científicos, uma médico sugere um padre. O Padre DamienKarras, que também é psiquiatra ainda com dúvidas pede permissão da Igreja para que seja realizado um exorcismo. 

A permissão é concedida e o exorcismo é realizado pelos Padres Karras e LankesterMerrin, sendo este ultimo o mais experiente. A partir daí são várias sessões de exorcismo e muitas coisas acontecem, eu não vou contar para não tirar o suspense de quem ainda não viu. Será que isso é possível? 

E vocês pensam que parou por aí? Claro que não depois desse filme vieram mais 3 filmes como "continuação" do primeiro.


O Exorcista II - O Herege

Lançado em 1977, essa continuação começa com Regan vivendo em Nova Iorque 4 anos depois dos acontecimentos e sem lembrança alguma do que houve. Só que da merda de novo! Ela volta a ouvir vozes e ter alucinações. Só que o tratamento agora é diferente, é utilizado um equipamento com luzes e é provocada uma hipnose para tratar. 

É uma continuação boa na minha opinião, mas sem aqueles suspenses e momentos de ação que tem o primeiro.


O Exorcista III

O terceiro filme, lançado em 1990 e com o título de 'O Exorcista III', foi um erro na minha humilde opinião. É um filme que tem o enredo bem estranho que se passa 15 anos após o acontecimento com ReganMacNeil. Nessa data começam a acontecer assassinatos relacionados a religião. 

O assassino Vernamon, conhecido como o Assassino de Gêmeos, foi executado no mesmo dia do famigerado exorcismo da Regan, ta aí a semelhança. O tenente William Kinderman, bem cético por sinal, começa a investigação num hospital psiquiátrico, onde está internado um paciente que fisicamente se parece com o Padre Karras, mas mentalmente se parece com o Assassino de Gêmeos.


O Exorcista - O Início

O quarto filme do exorcista, intitulado O Exorcista - O início, é o segundo melhor na minha opinião, pois conta o que aconteceu antes de o demônio Pazuzu se apossar do corpo da Regan.

O filme se passa no Egito, na data de 1949, após a 2° Guerra Mundial. LankesterMerrin, havia desistido de ser padre após ter que escolher 10 pessoas paras serem mortas na guerra (ou ele escolhia as 10 pessoas ou todo mundo morria). Então após esse acontecimento ele perdeu a fé e virou arqueólogo. Lankester é contratado por um colecionador de antiguidades para localizar e entregar para ele uma estátua que estava em uma igreja cristã bizantina do século V. 

Chegando lá ele conhece um padre e um nativo, que apresenta a região ao arqueólogo. Logo em seguida ele descobre que a igreja é subterrânea, como se uma tempestade de areia a tivesse enterrado logo após ser construída. Daí o que um arqueólogo faz? Vai escavar tudo, não é mesmo? Ele escavou um tanto que desse para ele entrar pela cúpula da igreja e quando desce, descobre que é uma igreja profana. Havia em seu interior várias esculturas de soldados com as armas apontadas para baixo e um Cristo crucificado de cabeça para baixo. Após continuarem com as escavações,começam a acontecer coisas muito estranhas e muita gente sendo possuída.

Um dos mais famosos e mais antigos filmes de terror de todos os tempos o Exorcista fez muita gente dormir de luzes acesas. 

E você? Conta para a gente qual filme te botou mais medo?

11/04/2018

Crítica | Sindicato de Ladrões - Sério, realista e atemporal.



Lançado em um período turbulento para a cultura dos Estados Unidos, o filme Sindicato de Ladrões conta a história de Terry Malloy (Marlon Brando), um ex-boxeador que era considerado promissor mas que teve sua carreira comprometida ao entrar para a gangue exploradora de Johnny Friendly (Lee J. Cobb). O desdobramento da trama ocorre quando um trabalhador inocente morre, Terry sente-se culpado e começa a tentar consertar suas ações passadas lutando diretamente contra as ideias ocasionais do sindicato, enfrentando também as respectivas consequências. Durante a luta, acaba se apaixonando pela irmã do falecido, a notável e inocente Edie Doyle (Eva Marie Saint). Vencedor de 8 Oscars, incluindo Melhor Filme, Diretor e Ator (Marlon Brando).

Dirigido pelo controverso grego naturalizado americano Elia Kazan, o filme ainda é um marco importantíssimo ao discutir os direitos fundamentais do homem e a luta para fazer o que é certo sendo tratados de um ângulo ainda pouco explorado, a corrupção nos sindicatos. Influenciado pelas ideias de Padre Barry (Karl Malden) e enraivecido por uma série de abusos, Terry decide lutar contra Friendly e toda a sujeira existente no porto. A análise do filme se torna mais rica ao se aprofundar no contexto histórico à época da sua realização. Nos Estados Unidos era a época do macarthismo, ou a caça às bruxas, na qual vários artistas e jornalistas foram perseguidos acusados de serem comunistas. O diretor Elia Kazan denunciou várias pessoas a Comissão, fato pelo qual ele é boicotado até hoje.

A força do roteiro de Budd Schulberg e Malcolm Johnson é o elemento mais impressionante do filme, a construção do arco do personagem é feita de maneira extremamente sólida e eficaz, trazendo elementos do neorrealismo italiano para Hollywood, mostrando a sociedade tal como ela se apresentava, fazendo um retrato da verdade, com filmes que seriam quase documentários. 




Ao lidar com importantes questões sociais, o filme se sobressai ainda mais alcançando níveis superiores de excelência. Eva Marie Saint, uma das musas de Hitchcock (Psicose), estreou no cinema através desse filme e levou o Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante pela sua personagem honesta e idealista.

Lee J. Cobb, rouba absolutamente todas as cenas em que aparece, sendo igualmente convincente como um homem acolhedor e simpático, e, logo depois, se tornando um chefão da máfia desumano.

Mas, dentre toda estrutura montada, não poderíamos esquecer dele, o herói – ou anti-herói – Marlon Brando. É nesta atuação que, talvez, ele construa seu melhor personagem; como ele cria suas dúvidas, aqui, é justamente a marca que confunde ator e papel, a arte e a verdade. O que vemos, ao longo dos minutos, é o desenrolar de um caráter simples, um tempestuoso e explosivo jovem que, confrontado com a realidade, se mostra preparado para encarar os problemas com atos que, no caso, possam colocar o próprio indivíduo em risco. Somos levados, enquanto espectadores, ao mesmo confronto que o personagem: primeiramente porque não nos identificamos com o tal, o cinismo e a distância do mesmo é algo que nos afasta, mas com o passar do tempo e das suas atitudes, fica impossível não criarmos uma afeição e, claro, a esperança de um resultado positivo. Marlon Brando chama o espectador para a trama com maestria, incluindo-o exatamente como o que ele atua, na construção de uma visão complexa em algo supostamente simples. Brando mais uma vez, visceral. 





No mais, resta tecer alguns comentários em relação à trilha sonora e ao uso da câmera. A primeira ficou a cargo de Leonard Bernstein e é interessante notar como é feita a construção do clima e da tensão no filme, alternando-se cenas com música e outras no mais completo silêncio; quanto à segunda, vale a menção da sequência final do filme e o modo como a mesma é utilizada de forma inesquecível.

Sindicato de Ladrões é um filme que retrata e intensifica a consciência. A consciência humana. Um filme obrigatório que tende a mesclar com as nossas emoções e nos colocam diante de acontecimentos que permite uma reflexão a respeito da temática.


Nota: 9.5 | 10.0







02/03/2018

CRÍTICA | TRAMA FANTASMA – O ÚLTIMO ATO DE DANIEL DAY-LEWIS.

O longa dirigido e roteiro assinado por Paul Thomas Anderson (Sangue Negro) integra a lista dos indicados ao Oscar em 6 categorias: Melhor Filme, Diretor, Ator (Daniel Day-Lewis), Atriz Coadjuvante (Lesley Manville), Figurino e Trilha Sonora, além de obter algumas indicações no Globo de Ouro e no BAFTA.



Londres, 1950. Reynolds Woodcock (Daniel Day-Lewis) é um renomado e excêntrico estilista que trabalha ao lado da irmã, Cyril (Lesley Manville), para vestir grandes nomes da realeza e da elite britânica. Sua inspiração surge através das mulheres que, constantemente, entram e saem de sua vida. Mas tudo muda quando ele conhece a forte e inteligente Alma (Vicky Krieps), que vira sua musa e amante, porém, a relação começa a ampliar outros rumos de forma mais densa.

Duas combinações que jamais poderiam dar errado: Paul Thomas Anderson e Daniel Day-Lewis. Com uma direção magistral, o cineasta californiano permite várias interpretações para a sua obra, a maneira em que a câmera é utilizada dando focos nas capitações de movimentos e olhares de todo o elenco. E o singular Daniel Day-Lewis é um gênio, um dos atores mais sofisticados e elegantes dos últimos tempos, aqui ele está em sua zona de conforto e faz o que sabe de melhor, entrega uma atuação grandiosa e dono de três estatuetas do Oscar (entre elas as obras-primas Lincoln e Sangue Negro).



A atriz Vicky Krieps faz um trabalho com elegância ao se deslumbrar entre os mais variados figurinos sofisticados, ao mesmo tempo que nos passa uma personagem submissa que confronta as ordens e as imposições de Reynolds.  
Lesley Manville, que também está indicada ao Oscar, entrega uma personagem misteriosa e bastante intrigante. Ela é a irmã que trabalha lado a lado com Reynolds, possui um ar misterioso que ora parece acatar as decisões de Reynolds, ora confrontar.
O trio principal encarnam personagens que possuem uma dinâmica bélica envolvente: é uma guerra verbal em meio à elegância hipócrita da aristocracia, e cada farpa trocada entre eles causa um misto de incômodo e humor.

Outros grandes destaques merecedores: a direção de arte, a começar pela montagem de uma Londres dos anos 50 completamente estonteante, com detalhes e cenários muito bem trabalhados. A fotografia também é bastante apreciável e não deixa a desejar. E a trilha sonora composta por Jonny Greenwood (guitarrista e membro da banda Radiohead) é de uma beleza incrível, juntamente com a leveza e a suavidade dos pianos.



Trama Fantasma é intenso, doentio e suficientemente abstrato para nos fazer duvidar das intenções reais do roteiro, dos personagens e do sentimento que move a história. Alcançando um misto entre o charme e a sensação de repugnância, Paul Thomas Anderson cria, mais uma vez, algo que só ele seria capaz de fazer. 

Nota: 9.0/10.0








17/02/2018

Crítica | Pantera Negra



Já sabemos que tudo que a Marvel faz vai ser legal, divertido e cheio de piadinhas, foi assim durante muito tempo, com ressalvas a Capitão America o Soldado Invernal, que seguiu uma linha mais investigativa, completamente diferente da fórmula Marvel. Eis que surge Pantera Negra, e é claro que esperávamos mais do mesmo, comédia, diversão e piadinhas em excesso, "mas aí sim, fomos surpreendidos novamente".

Pantera Negra se passa após os eventos de Capitão América: Guerra Civil, T'Challa retorna para casa, na nação reclusa e tecnologicamente avançada de Wakanda, para servir como o novo líder. Entretanto, T'Challa logo descobre que seu trono é desafiado por facções dentro de seu próprio país. Quando dois inimigos conspiram para destruir Wakanda, o herói conhecido como Pantera Negra precisa se unir ao agente da CIA Everett K. Ross, a membros do Dora Milaje, e às forças especiais de Wakanda, para prevenir que o país seja levado a uma guerra.

Temos aqui um filme diferente da fórmula Marvel, as piadas não são excessivas, Wakanda e sua tecnologia são introduzidas no universo Marvel de uma forma bem envolvente, por falar em evolvente, todos os aspectos técnicos do filme são excelentes, a fotografia é bem feita e valoriza a todo instante, a beleza não só de Wakanda mas também das outras cidades em que o filme se passa. Existem alguns planos sequências de tirar o folego, planos esses que não são comumente vistos em outros filme do MCU. A trilha sonora é perfeita e viciante e está sempre sincronizada com as cenas, ajudando a tornar palpável a ambientação de Wakanda, tudo isso casado a um bom roteiro, e excelentes atuações. O único ponto fraco fica para alguns clichês, onde em certos pontos do filme você já sabe o que vai acontecer.

Pantera Negra é um excelente esquenta para vingadores Guerra Infinita, cheio de críticas sociais, representatividade, ação de tirar o fôlego, e uma história meio clichê mas que a gente não cansa de assistir.

30/01/2018

The Legend of Zelda: Ocarina of Time - Perfect Edition


Quem á fã de The Legend of Zelda sempre quis ter a coleção de mangás do título, que até então só podia ser adquirido em inglês e a forma mais fácil era pagando caro na Amazon. Para a alegria destes fãs no final do ano passado a Editora Panini trouxe The Legend of Zelda em sua versão Perfect Edition para seu catálogo de títulos.

Sinopse oficial

Link é um jovem da floresta que vê seu lar em perigo e parte em uma jornada para deter um rei maligno e salvar o reino de Hyrule! Para completar sua missão, ele terá que encontrar a princesa Zelda e ajudar outros povos para reunir a Triforce e restabelecer o equilíbrio do mundo!

O mangá

Quem assina o mangá é Akira Himekawa, a mangaká consegue captar muito bem a essência do game e traz uma história fiel ao jogo associada a um traço incrível e rico em detalhes. Os eventos acontecem bem rapidamente mas a história flui com um ritmo tão gostoso que quando você se dá conta já acabou de ler.



Ocarina do tempo nos conta a história de Link, um garoto que vivia na Floresta Kokiri onde todos os habitantes possuíam uma fada. Link era o único garoto da floresta que não tinha uma fada até que um dia a Grande Árvore Deku envia a Link uma fada chamada Navi e diz a ele que ele está predestinado a salvar o reino de um grande mal. Link então parte ao encontro da Princesa Zelda no Castelo de Hyrule.

A história, assim como o jogo, é dividida em dois arcos, sendo o primeiro o arco da infância onde são apresentados os personagens, o plot da história e o início da jornada de Link atrás das pedras sagradas para entregá-las para Zelda e salvar o reino de Hyrule. Já o segundo arco nos apresenta Hyrule sete anos após os acontecimentos do primeiro arco. Link avançou no tempo por efeito da Master Sword e encontra Hyrule sob comando de Ganondorf. Link deve então procurar a princesa Zelda que estava desaparecida e derrotar Ganondorf para restaurar a paz em Hyrule.

A edição conta ainda com duas histórias extras, uma para cada arco do mangá. Ambas são divertidíssimas mas não afetam na história principal então não faz mal deixar para lê-las depois que terminar os dois arcos principais.

A versão Brasileira

A coleção irá contar com 5 volumes, cada um com 384 páginas em impressão offset, ou seja, não temos presente nessa edição o famoso papel jornal que amarela com o tempo. Além disso temos deliciosas páginas coloridas no início do mangá, que são motivo de alegria de qualquer fã de mangás. Para finalizar a capa conta com orelhas e um acabamento em hot stamping na logo o que dá mais luxo à edição. Com certeza The Legend of Zelda: Ocarina of Time - Perfect Edition vai ser um mangá que vai chamar muita atenção na sua estante. Vale lembrar que quem compra o mangá também recebe um marca páginas do título (e quem não gosta de marca página não é mesmo).

Um banho de nostalgia para quem jogou Ocarina of Time no Nintendo 64
Tenho que ser sincero, tive um pouco de medo quando anunciaram que trariam o mangá para o Brasil pois sou um colecionador um tanto quanto chato no que se refere a acabamento dos mangás e questiono bastante a qualidade dos mangás da Panini, mas tenho que deixar aqui os meus parabéns à editora pois eles conseguiram se superar e trazer uma edição digna de carregar o nome de Perfect Edition. Aliás ela vem fazendo um bom trabalho com as edições de Ajin: Demi Human e Berserk.

Em suma Perfect Edition de The Legend of Zelda é um item essencial para qualquer fã do game, mesmo que não seja fã de mangás. E se liga que a Editora Panini já anunciou que o mangá terá uma periodicidade bimestral e que o próximo lançamento irá conter os títulos “Oracle of Seasons” & “Oracle of Ages” e sairá já em Fevereiro.


Ficha Técnica

Título: The Legend of Zelda: Ocarina of Time - Perfect Edition
Autor: Akira Himekawa
Editora: Panini
Acabamento: Papel offset
Formato: 15x21 cm, 384 páginas.
Número de volumes: 5
Periodicidade: Bimestral
Preço: R$ 29,90
Onde Comprar: Livrarias Especializadas