30/09/2021

CRÍTICA | 007 - Sem Tempo para Morrer

Após 13 anos e 5 filmes, Daniel Craig encerra seu ciclo como James Bond entregando em 007 Sem Tempo Para Morrer um dos melhores filmes da jornada Craig.

Em 007 - Sem Tempo Para Morrer, depois de sair do serviço ativo da MI6, James Bond (Daniel Craig) vive tranquilamente na Jamaica, mas como nem tudo dura pouco, a vida do espião 007 é agitada mais uma vez. Felix Leiter (Jeffrey Wright) é um velho amigo da CIA que procura o inglês para um pequeno favor de ajudá-lo em uma missão secreta. O que era pra ser apenas uma missão de resgate de um grupo de cientistas acaba sendo mais traiçoeira do que o esperado, levando o agente inglês 007 ao misterioso vilão, Safin (Rami Malek), que utiliza de novas armas de tecnologia avançada e extremamente perigosa.

Além de uma bela despedida para Daniel Craig na pele de James Bond, 007 - Sem Tempo Para Morrer homenageia toda a franquia 007, trazendo marcas registradas da série como a icônica fala "Bond, James Bond.", os tradicionais carrões, tecnologias de ponta e muito, mas muito TIRO, PORRADA e BOMBA. Porém, até aí nada de novo, até que pela primeira vez na franquia temos um lado mais sensível e humano do Bond, deixando claro que nem só de ação vive um 007, e esse é sem dúvidas o ponto que mais se destaca no novo filme da franquia.

Tudo está bem alinhado, essa é a sensação ao finalizar 007 - Sem Tempo Para Morrer

O roteiro é bem amarrado e além de fechar as pontas soltas dos últimos filmes, entrega um filme solo completinho, onde tudo é bem explicado e ao longo do filme os pequenos detalhes vão se encaixando como um quebra-cabeça.

Todo o elenco entrega boas atuações, destaque para Daniel Craig que entrega a sua melhor versão do Bond e Remy Malek, que está no ápice da sua esquisitice como o vilão, a esquisitice é tanta que o tempo em tela do vilão acaba sendo pouco.

As Sequências de ação são de tirar o fôlego, principalmente as que foram gravadas em IMAX, que mesclam os méritos da fotografia com o balé de alguns planos sequência. Por falar em IMAX, esse é um dos pontos que incomodam, o filme alterna varias vezes ao longo das suas quase 3 horas de duração entre cenas gravadas em IMAX e cenas não gravadas em IMAX, deixando uma inconveniente impressão de desperdício de tela. 

Obviamente não podemos esquecer a trilha sonora, que se faz sempre presente mesclando os acordes do tema clássico com a música tema NO TIME TO DIE da Billie Eilish.

007 - Sem Tempo Para Morrer é o fim definitivo de um ciclo, um filme com uma história bem contada, com ação de tirar o fôlego e que vale ser assistido no cinema. O que nos resta após esse filme é saber quem será o novo Bond?


Nota: 4.0 / 5.0

29/09/2021

Crítica | Ainbo – A Guerreira da Amazônia

Ainbo - A Guerreira da Amazônia, chega aos cinemas no dia 30 de setembro, e sem dúvidas é uma boa pedida para o dia das crianças que se aproxima.  

O filme conta a história de Ainbo, uma garota que nasceu e cresceu nas profundezas selva da Amazônia na aldeia de Candamo. Um dia ela descobre que sua terra natal está sendo ameaçada e percebe que há outros humanos além de seu povo no mundo. Com a ajuda de seus guias espirituais, o tatu magricelo e a anta corpulenta, ela embarca em uma jornada para buscar a ajuda do mais poderoso Espírito Materno da Amazônia, a tartaruga “Motelo Mama”. Enquanto ela luta para salvar seu paraíso contra a ganância e exploração ilegal da mineração de ouro, ela também briga para reverter a destruição e o mal iminente do “Yacuruna”, o demônio mais sombrio que vive na Amazônia. Guiada pelo espírito de sua mãe, Ainbo está determinada a salvar sua terra e seu povo antes que seja tarde demais.

Por mais que seja uma animação e tenha uma pegada infantil, o filme aborda temas adultos como confiança, ciúmes e a ameaça do homem branco a população indígena de uma forma leve e sutil, tornando de fácil compreensão o que naturalmente seria difícil de ser abordado em uma animação. 

Anta, Ainbo e Tatu

Para auxiliar o público infantil com temas difíceis, nada melhor do que utilizar personagens carismáticos e bem caracterizados com a Amazônia, como o tatu-bola e a anta, que ao longo da história deixam ensinamentos importantes e valiosos para Ainbo, do tipo, corra atrás de suas coisas, nada por aqui cai do céu.  

Estreando na direção, José Zelada entrega belos visuais, boas caracterizações e uma história despretensiosa que algumas vezes se embola na passagem de tempo, em certos momentos temos desafios longos sendo resolvidos rápido demais, nos fazendo questionar se isso seria mesmo possível.  

Ainbo - A Guerreira da Amazônia é aquela animação simples, que você assiste despretensiosamente e sai com várias lições aprendidas.

Nota: 3.0 / 5.0  



15/09/2021

Sonic - O Filme | Fechando meu top 3 melhores filmes baseados em Games



E aí nerds, tudo bem? Faz tempo que não aparecemos por aqui não é mesmo? Mas semana passada fomos assistir um filme que eu não tinha ideia do que esperar, Sonic O Filme! 

Bom, pra começar devo dizer que minhas expectativas não estavam lá em cima, acho que pelo fato da polêmica do visual do Sonic que surgiu quando lançaram o primeiro trailer, o ouriço estava muuuito estranho. Depois da galera, fans, mídia a até o diretor de Detetive Pikachu criticarem muito, o filme foi adiado e anunciaram uma mudança no visual do ouriço, mas aí eu já estava bem desanimado. 

Graças às críticas o Sonic esquisito se tornou essa maravilha que vimos nas telonas

Um tempo depois lançaram um trailer novo, com o Sonic em um novo visual, e ai eu dei uma animada, afinal, sou fan do velocista azul desde pequeno, e te garanto que com o visual apresentado no primeiro trailer eu não ia ver aquilo no cinema nem de graça!! Alem do visual, era importante que o filme tivesse uma historia legal, o que sabemos que é algo difícil se tratando de filmes baseados em games. bom, fui ver o filme e adivinhem... me surpreendi!

O filme se passa nos dias atuais, em uma cidade fictícia chama da Green Hill, siiiim o nome da clássica primeira fase dos jogos. E devo dizer que adorei essa sacada do nome da cidade.

No filme o Sonic vem pra terra e não pode ser descoberto por ninguém, mas esse plano de se esconder eternamente acaba falhando, e ele é obrigado a contar com a ajuda do cherife da cidade para conseguir atingir o objetivo de sumir da terra. Parece um objetivo fácil, mas o que eles não contavam é que iam ser perseguidos pelo Dr. Eggman Robotnick, interpretado por ninguém mais, ninguém menos que Jim Carry, sim, o rei da comédia. E aqui ele faz um ótimo, não, excelente, não, estupendo trabalho, dando vida ao Dr. louco que ama mais que tudo as máquinas e odeia humanos, captando toda a essência é loucura do Eggman do jogos. 

Jim Carrey arrebenta no papel de Eggman Robotnik

A trilha sonora está bem legal e casa perfeitamente com o filme e em certo momento temos um pequeno vislumbre de Green Hill, não a cidade, a música tema da primeira fase do jogo, em uma versão (conclusão de conflito de filme, todos felizes agora).

Como o filme se passa nos dias atuais é cheio de referências a elementos atuais, como séries, filmes, quadrinhos entre outros, quer saber quais são? Vai lá assistir o filme que é um prato cheio para qualquer fã de cultura pop.

Ahhh já ia me esquecendo! Tem cena pós créditos de fazer o coração bater mais forte, então, fiquem até os créditos animados acabarem.

Por fim Sonic completa o meu top 3 de melhores filmes baseados em jogos, se juntando a Terror em Silent Hill e Pokémon Detetive Pikachu.

Se você já viu o filme me conta o que achou, gostou ou não? E se vc não viu ainda o que tá esperando?

Crítica | Cry Macho: O Caminho para a Redenção

Aos 91 anos, Clint Eastwood dirige, atua e nos deixa ensinamentos como: “Velhice não tem cura” e “Quanto mais você envelhece, o que você realmente entende é que você não tem todas as respostas”.

CRY MACHO: O CAMINHO PARA REDENÇÃO nos coloca na pele de Miko (Clint Eastwood), um ex-astro de rodeio e criador de cavalos que em 1978, recebe do seu ex-chefe a missão de sair do Texas e ir até o México resgatar Rafo (Eduardo Minett) o filho do seu ex-chefe das mãos de sua mãe alcoólatra. 

Atravessando a zona rural do México, em seu caminho de volta para o Texas, os dois enfrentam uma jornada desafiadora e de aprendizado mútuo, onde Miko pode reencontrar o seu proposito de vida, ensinando ao menino o que significa ser um bom homem.

Miko e Rafo em sua jornada.

É impossível assistir ao filme e não se inspirar no talento e vigor de Clint Eastwood, que aos 91 anos entrega na atuação um personagem cansado, velho e com um amargor perceptível aos olhos por não conseguir fazer mais o que o deixou feliz durante toda a vida.

Vale destacar a atuação de Fernanda Urrejola como Leta, uma vez que ela atua de forma segura e convincente aproveitando muito bem o pouco tempo em tela para nos marcar com a triste história de vida da sua personagem.

Para fazer jus a filmografia de Clint Eastwood, Ben Davis assume o tom western na fotografia, evidenciando alguns enquadramentos do estilo e os tons amarelados do deserto do Texas. Porém, não espere um faroeste, o roteiro se desenvolve pelo drama sobre a idade e os aprendizados adquiridos na jornada vivida pelos protagonistas.   

CRY MACHO: O CAMINHO PARA REDENÇÃO transforma uma missão de resgate em um caminho sutil de reflexões, mostrando a velhice como ela é e evidenciando que é possível se reencontrar, aprender, sentir e amar em qualquer fase da vida.

O filme estreia nos cinemas e na plataforma HBO Max no dia 17 de setembro de 2021. 

Nota: 4.0 / 5.0