24/11/2021

Crítica | Casa Gucci

 

Todos já ouvimos falar da famosa marca de roupas GUCCI, mas, saber da conturbada história de traições e interesses por trás do nome acredito que seja para poucos, afinal, estamos falando de fatos que aconteceram há mais de 25 anos e não são mais comentados na mídia. E na minha opinião, não saber absolutamente nada dessa história transforma CASA GUCCI em filme surpreendente.

O legado da grife de moda Gucci começou em Florença na Itália, no ano de 1921. Apesar de sua moda impecável, a família do criador não ficou fora de grandes escândalos. Nas décadas de 80 e 90, o neto Maurizio Gucci (Adam Driver) resolveu tocar os negócios do avô. No entanto, após muitos conflitos, o casamento e o divórcio turbulento entre Patrizia Reggiani (Lady Gaga) e Maurizio Gucci traz consequências inimagináveis para a família e para a marca.

Adaptando o livro "The House of Gucci” escrito por Sara Gay Forden, os roteiristas Roberto Bentivegna e Becky Johnston detalham a fundo o romance de Maurizio Gucci e Patrizia Reggiani. Passeando por três décadas de história em 2 horas e 40 minutos de filme, temos tempo de sobra para aprofundar na história dos dois, passando pelo primeiro encontro em uma festa, o primeiro beijo, o casamento, a gravidez, o conflito de interesses, o divórcio e as consequências inimagináveis desse romance. E além de detalhar a vida de Maurizio e Patrizia o roteiro ainda se encarrega de contar a história gananciosa da família GUCCI montando um grande tabuleiro de xadrez onde cada peça age estrategicamente para obtenção de poder e pelo respeitado nome GUCCI.

Dando vida a família GUCCI temos um excelente elenco, Lady Gaga consegue impressionar logo nos primeiros minutos de tela evidenciando em sua atuação os reais desejos e os trejeitos cômicos de sua personagem que consegue arrancar risos e passar uma sensação sombria em suas ações, aqui ela é a famosa ROUBA A CENA, indicações ao OSCAR virão. Adam Driver interpreta de forma segura um Maurizio Gucci centrado e que deixa visível sua mudança ao longo dos anos. Já Jared Leto se destaca pela química com Al Pacino com quem divide tela em boa parte do filme, e pela maquiagem que o deixa irreconhecível na pele de Paolo Gucci, um personagem extremamente caricato e engraçado.

Apoiando roteiro e elenco outro ponto que chama atenção são os aspectos visuais e a trilha sonora do filme. O figurino é excelente e não poderíamos esperar menos uma vez que estamos falando da GUCCI. Em termos de ambientação anos 70, 80 e 90 são demonstrados de uma forma realista, como se realmente estivéssemos vendo um filme gravado nos respectivos anos e com uma seleção de músicas que combinam com cada uma das décadas.

Na direção, Ridley Scott sai das ficções científicas e batalhas medievais onde já se consolidou para apresentar uma história baseada em fatos reais, é como se fosse a hora de experimentar algo novo, algo diferente, sem Aliens e Replicantes.

Chegado aos cinemas dia 25/11, Casa GUCCI tem uma trama envolvente, excelentes atuações e um final surpreendente para quem não conhece a história da GUCCI, para quem já conhece a história o filme é uma forma de ver a "realidade" sombria dos fatos em uma adaptação bem feita.

Nota 4.5/5.0


17/11/2021

Crítica | Noite Passada em Soho

 



Edgar Wright conhecido pela trilogia de Sangue e Sorvete, Em Ritmo de Fulga e Scott Pilgrim resolveu inovar e trazer a tona o seu lado mais obscuro no seu primeiro Terror / Thriller Psicológico, Noite Passada em Soho, que estreia nesta quinta-feira (18) nos cinemas brasileiros.

Em Noite Passada em Soho acompanhamos Eloise (Thomasin Mckenzie), uma jovem do interior da Inglaterra, que é apaixonada por design de moda e pelos anos 60. Eloise consegue uma bolsa para cursar moda em Londres e ao encontrar um lugar para morar, ela acaba misteriosamente vivenciando situações da antiga Londres. Neste momento nossa observada passa a ser também uma observadora, assistindo flashs da vida de Sandy (Anya Taylor-Joy), uma garota que corre atrás do sonho de ser cantora.

Enquanto gênero terror está absurdamente saturado nos cinemas o gênero thriller psicológico ainda foi pouco explorado, Noite Passada em Soho traz em seu gênero oficial uma mescla dos dois gêneros, mas nem de perto essa é uma mescla justa, o terror aqui é deixando em segundo plano e o filme se destaca mesmo é no Thriller Psicológico.



E para dar vida a esse thriller Edgar Wright aposta em um visual elaborado, a estética do filme é marcante e o abuso no uso de reflexos dão um tom peculiar e diferente ao filme. Este ponto visual contribui para o entendimento das realidades vividas pelas protagonistas, onde conseguimos diferenciar o passado do presente e ainda nos leva a sentir em certo nível as sensações de Eloise quando as duas realidades se entrelaçam.

A utilização de músicas para compor cenas sempre foi uma marca registrada do diretor e aqui não é diferente, a trilha sonora é bem escolhida e consegue te ambientar na Londres de 1960 ou na Londres da década atual de uma forma suave, te envolvendo em momentos tranquilos e maximizando os momentos de tensão.  

Thomasin Mckenzie e Anya Taylor-Joy se destacam em suas atuações e assumem o total controle do filme, sempre apoiadas por um roteiro detalhista e bem escrito que exalta as decisões criveis de suas personagens.
 
Noite Passada Em Soho é o Thriller Psicológico que assusta um pouco e nos deixa sem fôlego, principalmente com suas músicas e com o seu visual deslumbrante.

Nota 4.0/5.0

16/11/2021

Crítica | Chernobyl: O Filme – Os Segredos do Desastre

 


Com o propósito de responder a altura à minissérie Chernobyl, sucesso da HBO de 2019, Chernobyl: O Filme – Os Segredos do Desastre chega com um ponto de vista romantizado e diferente do maior desastre nuclear da história.   


Alexey é um bombeiro que prestava serviços na usina. Após a explosão do reator, ele se une a Valery, um engenheiro e Boris, um mergulhador militar em uma perigosa missão de drenar a água de um reservatório sob o reator em chamas. A temperatura da água e o curto espaço de tempo para que o procedimento aconteça são os principais desafios dessa missão que impediria consequências ainda mais catastróficas para a população europeia. Sem tempo para planejar as ações, os três homens mergulham nos corredores inundados com água quente e precisam atravessar até chegar às profundezas do prédio do reator.


Misturando fatos reais com ficção, o filme tem seu enredo focado na história de Alexey (Danila Kozlovsky), Olga (Oxana Alexandrowna Akinschina) e Alex (Pyotr Tereshchenko) e logo nos primeiros minutos o roteiro ficcional nos introduz em uma história “familiar” interessante e cativante, instaurando um plot que nos faz gostar dos personagens, sustentando uma curiosidade pelo desenrolar da história. Por carregar em seu titulo “Os Segredos do Desastre”, o filme acaba se perdendo nos fatos históricos, os fatos reais são superficialmente abordados e o lado ficcional acaba se destacando. 


Acompanhando de uma boa fotografia e de excelentes efeitos sonoros, a realidade das consequências humanas vividas pelos bombeiros que auxiliaram as vítimas do acidente nuclear é mais uma vez bem retratada nas telas, é impossível assistir ao filme e não se pegar aflito e incrédulo com as consequências vividas por todos os envolvidos no acidente. 


Superar a minissérie da HBO é uma tarefa bem difícil, principalmente no que diz respeito ao contexto histórico apresentado na minissérie, uma vez que ela apresenta com calma diversos pontos importantes que fizeram o acidente nuclear de Chernobyl acontecer e as consequências do acidente. 

 

Chernobyl: O Filme – Os Segredos do Desastre erra em seu propósito de superar a minissérie, mas acerta ao contar uma história de ficção, que nos mostra um outro ponto de vista dos acontecimentos de abril de 1986 em Chernobyl. 

Nota 3.5 / 5.0

09/11/2021

Trailer final de "Ghostbusters – Mais Além" é liberado


“Ghostbusters – Mais Além” dirigido por Jason Reitman e produzido por Ivan Reitman ganha um novo trailer. 



Em Ghostbusters: Mais Além, quando uma mãe solteira e seus filhos se mudam para uma pequena cidade, eles começam a descobrir sua conexão com os caça fantasmas originais e o legado secreto que seu avô deixou para trás. O filme foi escrito por Jason Reitman & Gil Kenan.

O filme conta com elenco de Paul Rudd (Homem-Formiga), Finn Wolfhard (Stranger Things), Carrie Coon (The Sinner) e Mckenna Grace (Capitã Marvel). Ghostbusters chega aos cinemas dia 18 de novembro.



Crítica | Querido Evan Hansen


Com certeza você aprendeu em algum momento da vida que MENTIR é “feio”, e as coisas vão piorando quando a mentira contada é mantida por um longo período de tempo, gerando vantagens a quem esta contando. Querido Evan Hansen tem o mérito de escancarar a verdade sobre a mentira e nos mostrar o quão mal ela faz, e ele faz isso tão bem que chega a incomodar.

A história do filme gira ao redor de Evan Hansen (Ben Platt), um jovem ansioso e com dificuldades de se conectar com os outros, que acaba envolvido numa mentira sobre um colega de classe que cometeu suicídio, se aproximando da família do falecido. 

Com a missão de adaptar o musical homônimo vencedor dos prêmios Tony e Grammy cinematograficamente, o cineasta Stephen Chbosky chega maduro depois do aclamado As vantagens de ser invisível (2012) e do emocionante Extraordinário (2017). Toda a bagagem adquirida nos dois últimos filmes são bem usadas por Chbosky que entrega uma imersão real e afligente em temas sensíveis como saúde mental, suicídio, diversidade e fobia social.


Porém, uma boa bagagem e imersão em temas sensíveis não são o suficientes para definir se um filme é bom ou não. Pessoalmente eu considero como ponto importante a empatia e a conexão com o protagonista, e nesse ponto o filme falha absurdamente. A começar por Ben Platt. O ator de 28 anos interpreta um jovem de 18, e simplesmente não da pra aceitar o contexto vivido pelo personagem com a escolha do ator, não casa, durante todo o filme percebemos que Ben Platt está velho demais para fazer o que Evan Hansen esta fazendo.

Outro ponto que não ajuda na empatia e conexão com o protagonista é o roteiro escrito por Steven Levenson. Se por um lado tendemos a desenvolver um sentimento de preocupação com o protagonista, logo essa preocupação vai embora pelo fato do Evan ter ações incrivelmente tolas, a ponto de machucar outras pessoas e ele nem ao menos tentar reverter a situação antes do desfecho final do filme. A mentirada contada por Evan para sustentar a trama acaba incomodando demais, transformando o protagonista em um verdadeiro antagonista.


O filme é uma adaptação de um musical, e assumiu no cinema o gênero drama/musical, e é aqui que ele erra mais uma vez, nem tudo que funciona no teatro funciona no cinema, as músicas simplesmente não encaixam, algumas vezes chegam a tirar o espectador do clima, em certas discussões importantes que tinham tudo para seguir bem de forma falada, são cantadas em um ritmo descompassado.  

Se era o propósito do filme ou não, não fica claro, mas Querido Evan Hansen se destaca por mostrar o quanto mentiras deslavadas podem trazer “vantagens momentâneas" para quem as conta. E no fim das contas a verdade sempre aparece nos fazendo refletir até onde vale a pena manter em segredo uma mentira. 

Nota 3.0/5.0

Cenas inéditas em novo featurette de Pânico: Ghostface está de volta



"O Ghostface está de volta e mais assustador do que nunca". 😱 

A Paramount Pictures divulgou um novo featurette com cenas inéditas de Pânico: Ghostface está de volta. O featurette também conta com depoimentos do elenco e do produtor executivo, Kevin Williamson.


Vinte e cinco anos após uma série de assassinatos brutais chocar a tranquila cidade de Woodsboro, um novo assassino se apropria da máscara de Ghostface e começa a perseguir um grupo de adolescentes para trazer à tona segredos do passado mortal da cidade.

Neve Campbell (“Sidney Prescott”), Courteney Cox (“Gale Weathers”) e David Arquette (“Dewey Riley”) retornam aos seus papéis icônicos em Pânico, junto a Melissa Barrera, Kyle Gallner, Mason Gooding, Mikey Madison, Dylan Minnette, Jenna Ortega, Jack Quaid, Marley Shelton, Jasmin Savoy Brown e Sonia Ammar.

Empolgados para encarar o Ghostface novamente? Pânico tem estreia exclusiva nos cinemas em 13 de janeiro de 2022.



08/11/2021

VEM AÍ... | Clifford O Gigante Cão Vermelho

 


O novo trailer de #CliffordOFilme trouxe todos os petiscos pra provar que vai ser o programa perfeito para o fim de ano 😛❤️

Falta menos de um mês para a estreia: é dia 2 de dezembro exclusivamente nos cinemas 🐾



06/11/2021

Crítica | ETERNOS



Ao longo de 25 filmes e 4 séries a Marvel Studios veio moldando os fãs no que ficou conhecido como a “fórmula Marvel”, e foi seguindo essa receita que a Marvel levou multidões a loucura no final da terceira fase do universo cinematográfico. Eis que chegamos na quarta e ao que tudo indica a mais ousada fase desse universo.

Logo de início ficou claro que coisas diferentes viriam, e isso foi se consolidando após o lançamento das séries: Wanda Vision, Loki, Falcão e o Soldado Invernal e What-If... que arriscaram com propostas diferentes. No cinema, a fórmula de sucesso seguiu tanto em Viúva Negra quanto em Shang Chi, o que nos fazia pensar se a ousadia ia ficar somente nas séries, mas graças a Eternos, podemos concluir que não.
 
Originários dos primeiros seres a terem habitado a Terra, Os Eternos fazem parte de uma raça modificada geneticamente pelos deuses espaciais conhecidos como Celestiais. Dotados de características como imortalidade e manipulação de energia cósmica, eles são frutos de experiências fracassadas de seus próprios criadores, que também foram responsáveis por gerar os Deviantes, seus principais inimigos.
 
Eternos é sem dúvidas o filme mais diferente, diverso e ousado da Marvel Studios, e a responsável por isso tem nome e sobrenome, Chloé Zhao. A diretora e também co-roteirista se enquadrou de fazer um filme que traz vários elementos novos ao MCU, dentre eles vale destacar a representatividade, temos aqui o mesmo número de heróis e heroínas, uma heroína surda que se comunica por linguagem de sinais, um herói abertamente declarado gay, um beijo entre dois homens, uma cena de sexo, um herói indiano e entre outras dezenas de elementos representativos e novos no contexto Marvel.   


Desenvolvido com uma narrativa não linear o filme vai passeando rapidamente por 7 mil anos de história da humanidade, ligando grandes fatos históricos aos Eternos, Celestiais e Deviantes, explicando suas origens e os conectando aos poucos ao MCU. O roteiro cuidadoso e detalhista se encarrega de contar tudo nos mínimos detalhes e tira dúvidas simples que vão surgindo ao longo do filme, como o motivo de “Heróis” tão poderosos não terem aparecido antes no MCU para ajudar os Vingadores contra a ameaça de Thanos. 
   
Por falar nos eternos, o filme acompanha dez deles, Ikaris (Richard Madden), Sersi (Gemma Chan), Ajak (Salma Hayek), Duende (Lia McHugh), Thena (Angelina Jolie), Kingo (Kumail Nanjuani), Gilgamesh (Ma Dong-seok), Druig (Barry Keoghan), Makkari (Lauren Ridloff) e Phastos (Bryan Tyree Henry). Com tantos personagens o único problema do filme é saber dosar o tempo e o aprofundamento de suas histórias, alguns personagens acabam ganhando mais destaque e outros mais carismáticos ficam como coadjuvantes.


Com cenas de ação de tirar o fôlego, e excelentes efeitos sonoros Eternos é um filme para ser assistido no cinema e de preferência em IMAX. Ao longo de suas 2 horas e 36 minutos de duração temos uma vasta coleção de belas imagens, planos sequências e efeitos especiais incríveis, inclusive outro elemento novo que Eternos traz é a escolha de locações reais ou invés de filmagens em estúdio, o que torna o filme realmente um absurdo visual.

Mas vamos com calma, por mais que seja diferente, obviamente a fórmula Marvel se faz presente, em menor escala, mas se faz. O filme tem diversas piadas, e referências absurdamente legais a personagens da DC Comics e a Star Wars.

Eternos abre uma gama de possibilidades legais e diferentes para a fase quatro do MCU, tem uma história fechada, intensa, cheia de diversidade e que garante uma excelente diversão a quem o assiste. Ahhh tem 2 cenas pós créditos, não vai sair antes viu!!

Nota 4.5/5.0

05/11/2021

Vem aí... | SING 2


A Universal Pictures divulgou o novo trailer da animação Sing 2, continuação de Sing – Quem Canta Seus Males Espanta, filme que fez uma grande sucesso em 2016.


O trailer mostra os personagens em ação e mostra ainda mais detalhes do filme, em cenas emocionantes divertidas e com muita música. Com estreia prevista para o dia 6 de janeiro de 2022, o longa também ganha um novo pôster, com a frase: “Até onde seus sonhos vão te levar? ”. 


Além disso, a Universal Pictures também anunciou recentemente o elenco de dubladores. Sandy dublará novamente Meena, a tímida elefoa cantora, Wanessa Camargo volta para dublar a porco-espinho Ash, uma roqueira cheia de atitude, e Fiuk retorna como a voz do gorila Johnny. Any Gabrielly chega ao time para dublar a animada Nooshy, junto à Lexa, que será a mimada Porsha, Fábio Jr., que fará a voz de Big Daddy - o já conhecido pai de Johnny, e Paulo Ricardo, que dublará o astro Clay Calloway.


O novo capítulo da franquia animada da Illumination retorna com grandes sonhos e canções de sucesso espetaculares, enquanto o coala Buster Moon e seu elenco de estrelas se preparam para lançar sua performance de palco mais deslumbrante, até então... na radiante capital mundial do entretenimento. Há apenas um obstáculo: eles primeiro precisam convencer o astro do rock mais recluso do mundo (interpretado na versão original pelo lendário ícone da música, Bono – em sua estreia no cinema de animação) a se juntar a eles.

E aí? O que achou da novidades? Agora nos resta aguardar a data de lançamento.