31/03/2022

Crítica | Morbius

 


Eis que Morbius chega ao cinema para expandir o universo paralelo do Homem Aranha, trazendo Jared Leto como protagonista e introduzindo de forma tímida e superficial o vampirão da Marvel que não brilha no sol e nem aterroriza na noite.

Baseado no personagem de mesmo nome da Marvel Comics, Michael Morbius (Jared Letto) sempre sofreu com uma condição rara em seu sangue que o faz andar de bengala e desde criança ser excluído por outros, mas sua vida solitária foi preenchida por livros. Após se formar na faculdade, Doutor Morbius é renomado na área de biomedicina e tenta achar uma cura para sua rara condição, a fim de não apenas se ajudar, mas ajudar outras pessoas que também sofrem como ele. Experimentando com o DNA de morcegos, Morbius espera achar a cura e se usa como teste para o soro. Usando o DNA que isolou e uma mistura de eletrochoque, a cura foi um sucesso temporário, mas os efeitos colaterais acabaram transformando-o em um pseudo-vampiro e que agora precisa sobreviver como um. Apesar de ganhar capacidades iguais a de um morcego, Morbius precisa de sangue humano para sobreviver, os efeitos colaterais também o fizeram mudar fisicamente, ganhando presas e uma pele pálida. Além disso, a cada pessoa que ele morde, ela também vira um ser igual a ele.



Por se tratar de uma introdução, Morbius segue a fórmula dos filmes de origem e tem um início que consegue chamar a atenção do espectador, com cenas bem-feitas e flashbacks excelentes que contam detalhadamente as razões do interesse do Dr. Michael Morbius por morcegos.

Eis que com um corte para os “Dias Atuais” o Roteiro não se sustenta e o filme sofre os impactos dos adiamentos e das várias regravações que sofreu, indo do extremo da origem bem contada a um dia atual sem nexo e com explicações superficiais.

Se por um lado o que esperávamos éramos algo no sentido VENOM, aqui temos bem menos piadas e a tentativa de criar um mundo mais “dark”, e nisso o filme não falha, a fotografia é escura e a trilha sonora é bem colocada conseguindo gerar um tom que algo de ruim está para acontecer a todo instante.

A cenas de batalhas possuem altos e baixos e o diretor usa e abusa do uso de câmera lenta nas batalhas, dando mais visão e ajudando o espectador a entender quem esta batendo em quem, um ponto super positivo do filme que ao contrário de outros não joga cenas de batalhas rápidas nas telas.


Obviamente Jared Leto era algo que todos entendiam como uma boa escolha para o papel, mas a sensação que fica no final é que por mais que ele se pareça com o personagem a atuação fica com o saldo negativo, muito pelos efeitos especiais utilizados na face do ator para o transformar em um vampiro que não funcionam muito bem e acabam atrapalhado.

Além de introduzir Morbius, o filme ainda introduz novos personagens que nos quadrinhos são importantes, mas que nesse primeiro filme acabam não sendo explorados, com uma duração de 90 Minutos o tempo foi completamente dedicado na resolução do plot principal deixando de lado boas oportunidades de histórias que podem ser exploradas em uma continuação.

A Ligação de Morbius com o universo do Homem Aranha acontece somente nas cenas pós créditos e em algumas pequenas referencias ao longo do filme, deixando para o fim a aparição de um outro vilão já conhecido e o gancho para a formação de um sexteto sinistro de outro universo.

Morbius introduz de forma tímida o personagem ao universo de homem aranha, não se destaca em relação ao que o universo do teioso espera, e é bom ser assistido com a expectativa lá em baixo, para evitar frustrações.  

Nota: 3.0/5.0

29/03/2022

Preparar, apontar... Finalmente DECOLAR! ✈️💨



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Estrelando Tom Cruise, confira já o novo trailer oficial de #TopGunMaverick, que estreia somente nos cinemas no dia 26 de maio.


Trailer:


E aí? Ansiosos para o novo Top Gun?

17/03/2022

Vem Aí | Gato De Botas 2


A Universal Pictures apresenta o primeiro trailer de Gato de Botas 2: O Último Pedido, sequência de “Gato de Botas” – animação de 2011 que foi indicada ao Oscar e faz parte do universo Shrek.

 

O felino favorito de todos, louco por leite, fanfarrão e desafiante do medo, está de volta para o que pode ser a sua última aventura. Na animação, o Gato de Botas embarcará em uma jornada épica pela Floresta Negra para encontrar a mítica Estrela dos Desejos e restaurar suas vidas perdidas, mas com apenas uma vida restante, ele terá de pedir ajuda à sua ex-parceira e inimiga: a cativante Kitty Pata Mansa.

 

Gato de Botas 2: O Último Pedido é dirigido por Joel Crawford, com produção de Mark Swift e a equipe de produção criativa dos bastidores do sucesso da DreamWorks Animation, “Os Croods 2: Uma Nova Era”. A animação tem previsão de estreia nos cinemas brasileiros ainda em 2022. 


Trailer:


 

Sobre o filme

Nesta primavera, o felino fanfarrão, destemido e louco por leite favorito de todos retorna à telona.

 

Pela primeira vez em mais de uma década, a DreamWorks Animation apresenta uma nova aventura do universo Shrek, já que o Gato de Botas, o ousado fora-da-lei, descobre que sua paixão pelo perigo e seu descuido com a própria segurança agora cobram o seu preço. Embora tenha perdido a conta ao longo do caminho, o Gato de Botas detonou oito de suas nove vidas. Recuperar essas vidas o conduzirá ao maior desafio que já enfrentou até agora.

 

O ator indicado ao Oscar, Antonio Banderas, está de volta como a voz do famoso Gato de Botas, que embarca em uma jornada épica na Floresta Negra para encontrar a mítica Estrela dos Desejos e restaurar suas vidas perdidas. Mas, com apenas uma vida sobrando, ele terá que se humilhar e pedir ajuda à sua impiedosa ex-parceira: a sedutora gata Kitty Pata Mansa (Salma Hayek, atriz indicada ao Oscar).

 

Nesta arriscada aventura, Gato de Botas e Kitty vão contar com a ajuda - contra seus mais aguçados instintos – do ratazanas vira-lata, tagarela e incansavelmente otimista, Perro (Harvey Guillén, O Que Fazemos nas Sombras). Juntos, nosso trio de heróis terá que andar um passo à frente de Cachinhos Dourados (a atriz indicada ao Oscar Florence Pugh, Viúva Negra) e uma surpreendente versão dos Três Ursos, de um Pequeno João Trombeta (ator vencedor do Emmy John Mulaney, série Big Mouth) nem tão pequeno assim, e do aterrorizante caçador de recompensas, Lobo Mau (Wagner Moura, Narcos).

 

Gato de Botas 2: O Último Pedido traz um elenco de estrelas e comediantes que inclui a vencedora do Oscar, Olivia Colman; Ray Winstone (Viúva Negra); Samson Kayo (série Sliced); Anthony Mendez (série Jane the Virgin), indicado ao Emmy; e Da'Vine Joy Randolph (Trolls 2), indicada ao Tony.

 

A tão esperada continuação do blockbuster de 2011, indicado ao Oscar, Gato de Botas 2: O Último Pedido é dirigido por Joel Crawford, com produção de Mark Swift e a equipe de produção criativa dos bastidores do sucesso da DreamWorks Animation, “Os Croods 2: Uma Nova Era”. O produtor executivo do filme é o fundador e CEO da Illumination, Chris Meledandri.

 

O personagem Gato de Botas apareceu pela primeira vez em “Shrek 2”, indicado ao Oscar em 2004, roubou a cena e instantaneamente se tornou uma sensação global. Estrelou as duas sequências seguintes de “Shrek” e seu filme solo, bem como vídeos da DreamWorks Animation e séries de TV. Os filmes “Shrek” e “Gato de Botas” arrecadaram juntos mais de US$ 3,5 bilhões em todo o mundo.

Crítica | Os Caras Malvados

O filme “Os Caras Malvados” da DreamWorks chega aos cinemas no dia 17 de março com a proposta clássica dos filmes de animação: divertido e sensível que sem dúvidas vai divertir o fim de semana de diversas crianças.  

Baseado nos quadrinhos de Aaron Blabey, Os Caras Malvados segue um grupo de animais ladrões e suas travessuras. Sr. Lobo, Srta. Tarântula, Sr. Tubarão, Sr. Piranha e Sr. Cobra sempre foram vistos como maus, desajustados e que assustam todo mundo que os vê. Eles têm uma longa história criminal, roubando tudo o que eles querem e como eles querem. Em um de seus planos de assalto em um evento de gala, Sr. Lobo percebe que eles podem ser bons, ou melhor, que pessoas podem ver eles como bons animais. Sendo pegos pela polícia após um plano malsucedido, o grupo de ladrões decidem se passarem de bonzinhos para que a polícia não fique na cola deles e para não serem mandados para a prisão. Eles acabam aceitando a proposta do Professor Marmelada para ajudá-lo a recuperar porquinhos-da-índia que estão sendo usados para testes em uma empresa. Será que a farsa do grupo se manterá? Ou eles vão finalmente serem os bonzinhos da história?


Com um início eletrizante, Os Caras Malvados chega evidenciando a evolução da DreamWorks no quesito animação, adotando um estilo de animação diferente e incrivelmente bonito o filme te conquista nos primeiros 15 minutos.  

O roteiro afiado mostra a todo momento como os estereótipos dos animais malvados e temidos pelos humanos pode ser quebrado se os mesmos agirem com bondade. O que mais chama a atenção é com certeza o plot twist do filme e a mensagem meiga que propõe a quebra dos estereótipos de malvados sem fazer com que os personagens mudem suas reais personalidades apresentadas no início do filme. 

Obviamente não podemos deixar de falar da dublagem que mais uma vez é muito criativa e atenciosa com os detalhes que foram  abrasileirados na trama.  O desenho traz muito humor e com certeza irá conquistar crianças e adultos! 

Nota 4.0/5.0

01/03/2022

Crítica | Batman

The Batman, ou simplesmente Batman, chega aos cinemas trazendo o olhar autoral e diferente do diretor Matt Reeves para o Cavaleiro das Trevas.

Batman (The Batman, no original) segue o segundo ano de Bruce Wayne (Robert Pattinson) como o herói de Gotham, causando medo nos corações dos criminosos, levando-o para as sombras de Gotham City. Com apenas alguns aliados de confiança - Alfred Pennyworth (Andy Serkis) e o tenente James Gordon (Jeffrey Wright) - entre a rede corrupta de funcionários e figuras importantes da cidade, o vigilante solitário se estabeleceu como a única personificação da vingança entre seus concidadãos. Mas em uma de suas investigações, Bruce acaba envolvendo o Comissário Gordon e ele mesmo em um jogo de gato e rato ao investigar uma série de maquinações sádicas, uma trilha de pistas enigmáticas, revelando que Charada estava por trás disso tudo. Porém, a investigação acaba o levando a descobrir uma onda de corrupção que envolve o nome de sua família, pondo em risco sua própria integridade e as memórias que tinha sobre seu pai, Thomas Wayne. Conforme as evidências começam a chegar mais perto de casa e a escala dos planos do perpetrador se torna clara, Batman deve forjar novos relacionamentos, desmascarar o culpado e fazer justiça ao abuso de poder e à corrupção que há muito tempo assola Gotham City.


É Praticamente impossível começar a falar de Batman sem falar do ator escolhido para interpretar o personagem, Robert Pattinson foi motivo de chacota por anos depois de seu papel na saga Crepúsculo e ao ser escolhido para dar vida ao Batman fez a internet questionar os rumos do homem morcego nas telonas. Eis que o filme chega e somos positivamente surpreendidos. Pattison brilha na noite escura e chuvosa de Gotham “ba dum tss” e entrega um Batman muito melhor que o do Ben Affleck. Pattison transparece em sua atuação o tom solitário e sofrido de um personagem que deixou uma vida tranquila de lado para focar em vingança. 


Além de Pattison, todo o elenco se encaixa bem com a proposta investigativa do filme, destaques para Jeffrey Wright que entrega um excelente Gordon, Zoë Kravitz e sua mulher gato atraente e misteriosa, Andy Serkis e seu Alfred mais jovem, que mesmo aparecendo pouco em tela consegue evidenciar o seu papel como o querido mordomo do Bruce Wayne, Colin Farrell irreconhecível e brilhante como Pinguim e por fim, Paul Dano com o sua versão psicopata do charada que embora tenha pouco tempo de tela, sustenta todo o plot vilanesco do filme e entra para o hall da fama dos vilões marcantes do homem morcego.



Ao longo de quase 80 anos de história do personagem tem duas coisas que estamos cansados de saber, a primeira é a origem do personagem, a segunda é que o Batman é um detetive incrível, e graças ao roteiro escrito por Matt Reeves finalmente temos um filme que explora o lado detetive do Batman de uma forma legal e que não reconta a origem do personagem, economizando tempo para mostrar melhor a politicagem corrupta de Gotham e ir direto ao que realmente importa, sem barriga em uma história fluída que te prende do início ao fim nos mistérios envolvendo a máfia e a família Wayne e a trama armada pelo charada.


Sem dúvidas, o ponto que mais chama atenção nesse novo Batman é a estética, Greig Fraser assume a fotografia e traz para a tela uma Gotham cheia de luzes fortes que misturam o preto da cidade suja com o vermelho do terror e o sépia do clima noir necessário. Além das cores marcantes, somos convidados a prestar atenção aos detalhes de cada cena com closes intimistas dos personagens e dos detalhes investigativos das cenas, algo bem diferente do que estamos acostumados e que transforma The Batman praticamente em um cult particular de Matt Reeves e Greig Fraser. 


Compondo toda a beleza da fotografia temos a trilha sonora de Michael Giacchino que consegue criar um tema marcante para filme, facilmente os acordes da música principal do filme entram na cabeça e após a sessão vão direto para a playlist onde ficarão por um bom tempo.


Uma Gotham cheia de crimes exige um Batman violento e então, elenco, estética e música se fundem em sequências de ação de tirar o fôlego, onde a porradaria come solta de forma dinâmica e bem coreografada. Por falar em coreografia, obviamente o Batmóvel se faz presente em uma sequência curta, mas memorável que merece ser vista e revista.


The Batman é o que DC faz de melhor, é a visão autoral do Matt Reeves com um visual arrebatador, uma trilha sonora marcante e a violência que Gotham exige. É o Batman das HQs em toda sua essência, do início ao fim.

Nota 4.5/5.0