28/06/2022

CRÍTICA | MINIONS 2: A ORIGEM DE GRU

Como nasce um super vilão? O que os motiva e o que é necessário para se tornar o maior vilão do mundo? Em Minions 2 a resposta para essa pergunta é ajudantes!

Na década de 1970, Gru está crescendo no subúrbio. Fã de um grupo de supervilões conhecido como Vicious 6, Gru traça um plano para se tornar malvado o suficiente para se juntar a eles. Felizmente, ele recebe apoio de seus leais seguidores, os Minions. Juntos, eles exercem suas habilidades enquanto constroem seu primeiro covil, experimentam suas primeiras armas e realizam as primeiras missões. Quando os Vicious 6 expulsam seu líder - o lendário lutador Wild Knuckles - Gru participa de uma entrevista para se tornar seu mais novo membro. A entrevista não vai bem, e só piora depois que Gru os supera e de repente, o garoto se vê como inimigo mortal do grupo do mal. Gru se voltará para uma fonte improvável de orientação, o próprio Wild Knuckles, e descobrirá que até os supervilões precisam de uma ajudinha de seus amigos.


A sequência do primeiro filme dos Minios lançado em 2015 volta no tempo mostra como os Minions acabaram se tornando ajudantes do vilão Gru, e o roteiro aqui faz jus à palavra ajudantes, mesmo se tratando de um filme dos Minions o grande foco da história é Gru e sua tentativa de entrar para um grupo famoso de supervilões.


Mas vamos falar deles, os queridinhos Minions continuam super engraçados e mesmo com menos tempo de tela conseguem tirar boas gargalhadas tanto das crianças quanto dos adultos. Eles definitivamente são toda a diversão do filme.

O roteiro não é o ponto forte do filme mesmo assim a Illumination consegue entregar uma animação divertidíssima que vale a pena ser assistida por toda a família. E por falar em animação, a animação é muito bem feita, cheia de vida e cores referenciando muito bem como era os anos 70. O design de personagens  e ambientação evidenciam todo o cuidado que a Illumination teve com a animação, os papais com certeza vão pegar vários easter-eggs e referências da época.

A dublagem está muito bem feita, com destaque para Leandro Hassum que dá voz magnificamente ao vilão Gru.


O que é preciso para atingir seus objetivos? O filme trás a importante mensagem de confiar nos nossos companheiros, naqueles que estão dispostos a nos ajudar a atingir nossos objetivos, mesmo que esse objetivo, seja se tornar o maior vilão do mundo!


Minions 2 tem estreia marcada para 30 de junho nos cinemas brasileiros.


Nota 4.0/5.0 

21/06/2022

CRÍTICA | Veja Por Mim

 


Seguindo a temática de invasão domiciliar Veja por mim coloca uma atriz realmente cega em um suspense escuro e cheio de clichês onde a única chance de sobrevivência é um aplicativo de celular. 


Sophie, uma jovem cega cuidando de uma mansão isolada, se encontra diante de uma invasão doméstica por bandidos procurando um cofre secreto. Sua única forma de defesa é um aplicativo chamado Veja por Mim. O aplicativo a conecta com um voluntário do outro lado do país para ajudá-la a sobreviver. Sophie se conecta com a Kelly, uma veterana do exército que passa seus dias jogando jogos de tiro. Sophie é obrigada a aprender que, se ela quiser sobreviver à noite, ela precisará de toda ajuda que puder ter.


Temos visto cada dia mais o cinema tentando encaixar o uso de tecnologias cotidianas como o computador e o smartphone em roteiros criativos, bons exemplos disso são “Hush - A Morte Ouve” e “Buscando…” que utilizam desses recursos como gancho para contar boas historias. Seguindo essa linha de pensamento temos Veja por Mim, que tem consigo uma boa ideia desperdiçada em um roteiro fraco que se perde em sua narrativa e que não se sustenta em seus plots.  




Por mais que o roteiro não ajude, o filme é repleto de suspense e consegue deixar o publico com muita agonia e vontade de entrar no filme para ajudar a protagonista que realmente se destaca, Skyler Davenport estreia nas telonas com uma missão bem difícil, passar a realidade de interpretar uma protagonista cega, sendo realmente cega. E nesse quesito Skyler entrega uma Sophie de uma forma muito interessante, sendo um verdadeiro contra peso do roteiro.


Passando em uma mansão no período noturno, a fotografia de Veja por Mim explora o lado escuro do suspense e consegue deixar o espectador imerso no mundo criado por Randall Okita, tentando explorar uma narrativa diferente do que já foi visto até hoje em filmes desse estilo, infelizmente o filme acaba caindo em mesmices do gênero e acaba evidenciando ainda mais o problema do roteiro.  


Apesar dos pesares o filme ainda funciona como um bom entretenimento que vai te deixar encucado com algumas ações dos personagens mas que vai prender sua atenção no que se propõe, o Suspense.


Nota 3.0/5.0 

15/06/2022

CRÍTICA | Lightyear


Em 1995 fomos apresentados ao mundo diferente de Toy Story, nesse mundo um brinquedo peculiar chamava a atenção, Buzz Lightyear do comando estelar, era engraçado, aventureiro e marcou época com seu jargão “Ao Infinito e Além…”, 27 anos depois, a pixar resolve nos presentear com Lightyear, um filme solo do Buzz que conta a origem do personagem que virou brinquedo em Toy Story, nos fazendo entender o porque Andy gostava tanto do Lightyear.

A história de origem do patrulheiro espacial Buzz Lightyear, que deu origem ao brinquedo de Toy Story. No filme, Buzz e sua equipe são abandonados em um planeta a 4,2 milhões de anos-luz do planeta Terra. Através das leis do espaço e tempo, ele tentará encontrar uma forma de voltar para casa. Para isso, contará com a ajuda de um grupo de recrutas e um gato-robô. Para piorar a dificuldade da missão, eles encontrarão o vilão Zurg uma presença alienígena imponente com um exército de robôs implacáveis que chegou ao mesmo planeta para cumprir um compromisso misterioso.




Trazer filmes de ficção cientifica para o público infantil é uma tarefa difícil, principalmente quando o filme explora conceitos de tempo e relatividade, algo que Interstelar trouxe em 2014 e deixou adultos de cabelos em pé, Lightyear consegue trazer, explicar e demonstrar de uma forma sútil e encantadora. Com aquele famoso jeito pixar de ser, o filme consegue explorar o o lado sci-fi sem ser complexo e ainda mantendo a essência simples de Toy Story.


Por falar em essência, todo filme da pixar traz consigo uma mensagem “sublinar” para adultos, e em Lightyear não seria diferente, temos aqui um Buzz focado em atingir um objetivo, porem o foco é tanto que Buzz acaba ficando cego em relação a coisas importantes, deixando de viver ao lado de pessoas que ele realmente se importa em prol de correr atrás do seu principal objetivo, sair do planeta em que sua nave acidentalmente caiu. Nesse ponto temos para o publico infantil e para o adulto a mensagem sublinhar pixar de que as vezes temos que pausar e viver com quem gostamos ao invés de perder toda uma vida em prol de algo que no fim não vai fazer mais sentido.


Além da excelente mensagem, Lightyear traz grandes aventuras em uma animação esteticamente perfeita, polêmica em trazer um beijo lésbico e personagens novos que destacam até mais que o protagonista. E nesse ponto não podemos deixar de falar do SOX, o gato robô  que rouba a cena sendo o braço direito do Buzz e alivio cômico do filme, SOX Is The New R2-D2, sério, é indescritivel como o gatinho fica na sua cabeça depois que o filme termina e a vontade é comprar um Funko Pop dele.


Toda animação no Brasil passa por um critério especifico de avaliação, a dublagem, e nesse quesito a polêmica tomou conta quando resolveram trocar o dublador Guilherme Briggs que deu voz ao boneco Buzz Lightyear de Toy Story, pela voz do Marcos Mion que dá voz ao Buzz Lightyear em carne e osso nesse filme, e talvez esse seja um ponto que incomode os fãs de Toy Story, primeiro que a voz do Briggs está marcada em nossas cabeças e existe toda uma memória afetiva, segundo que a voz do Marcos Mion é muito característica e em alguns pontos o sotaque é muito perceptivel dando a impressão que estamos assistindo a um filme do Mion Lightyear. Por outro lado a nacionalização das falas é excelente e quem está antenado vai logo perceber algumas brincadeira como o “Meteu essa?”.


Lightyear expande o universo de Toy Story “ao o infinito e além…” da casa de Andy, trazendo uma ficção cientifica incrivel e deixando no fim uma vontade de ver um filme do Xerife Woody.

Nota 4.5/5.0

08/06/2022

CRÍTICA | A HORA DO DESESPERO

Sabe quando você sai pra fazer uma simples caminhada ou uma coisa que te dê prazer e do nada a vida da uma de suas reviravoltas? A hora do desespero trata exatamente de uma dessas reviravoltas estranhas que a vida dá, nos colocando na pele de uma mãe desesperada em saber se seu filho está ou não entre as vítimas de um tiroteio na escola em que estuda. 

Em A Hora do Desespero, uma mãe recentemente viúva, Amy Carr, está fazendo o possível para restaurar a normalidade na vida de sua filha e de seu filho adolescente em sua pequena cidade do interior. Enquanto ela está fazendo sua corrida matinal na floresta, ela encontra sua cidade no caos quando um tiroteio ocorre na escola de seu filho. A quilômetros de distância, a pé na floresta densa, Amy corre desesperadamente contra o tempo para salvar seu filho. Superando lesões enquanto faz o que pode para sair do local, enquanto manda várias chamadas telefônicas e mensagens de texto na esperança de descobrir se sua filha Emily (Sierra Maltby) e seu filho adolescente Noah (Colton Gobbo) estão seguros. Mas sem sinal e com poucas informações, jogadas por policias e jornalistas, que conseguiu no caminho, Amy se vê em um dilema de mãe: Seria meu filho um assassino dentro de sua própria escola?



Ao tratar de temas sensíveis como tiroteios escolares, o cinema normalmente tenta nos colocar o mais próximo possível do drama vivido entre os alunos ou na perspectiva de alguém que está no olho do furacão dentro da escola, não explorando o drama vivido por outras perspectivas, como por exemplo os pais ou parentes dos alunos. E é ai que vem o grande diferencial de A Hora Do Desespero, com uma ideia realmente diferente, o filme não aborda o centro do tiroteio mas sim os minutos de desespero de uma mãe que saiu para fazer uma caminhada e recebeu a notícia de um tiroteio na escola em que seu filho estuda pelo celular.


O filme tem como objetivo principal criar um ambiente de tensão, e nesse quesito não podemos reclamar, a tensão é constante, são 80 minutos sem ar acompanhando a mãe Amy Carr interpretada por Naomi Watts, um celular e diversas ligações desencontradas em busca de informações. Com o foco total no desespero de Amy o roteiro pode acabar deixando uma sensação de superficialidade uma vez que alguns assuntos não são explorados e algumas histórias são citadas mas não aprofundadas.



Por mais que a tensão seja constante e o foco do espectador seja no desespero sofrido pela personagem principal, alguns furos no roteiro acabam se destacando como por exemplo, a caminhada matinal da Amy Carr que em alguns minutos viram 6 ou 7 km, a bateria do celular que acaba na hora em que não deveria acabar, a falta de um contanto qualquer para dar uma carona e vários outros furinhos que acabam deixando aquela sensação de que estamos vendo um filme e que tudo que acontece é meio forçado em prol de criar mais tensão.


Em 90% do filme estamos ao lado de Amy Carr e Naomi Watts segura bem as pontas transparecendo o realismo necessário para criar o clima desejado pelo diretor Phillip Noyce, a trilha sonora e a fotografia conversam bem e também ajudam na criação e sustentação do clima tenso e desesperador do filme, sendo assim, mais uma vez entendemos que se o objetivo era ser tenso e desesperador o objetivo foi concluído com sucesso.

A hora do desespero é aquele filme que te deixa grudado na tela, sem ar mas que não deve ser levado a serio para não quebrar o clima de tensão proposto.


Nota 3.5/5.0

01/06/2022

CRÍTICA | JURASSIC WORLD: DOMÍNIO

 

O Capítulo final da trilogia iniciada por Jurassic World - O Mundo dos Dinossauros chega aos cinemas cruzando o universo de Jurassic World com Jurassic Park e trazendo consigo novas possibilidades, nostalgia, aventura e muitas, mas muitas, historias. 


Em Jurassic World Domínio, sequência direta do longa de 2018, - Jurassic World: Reino Ameaçado - quatro anos após a destruição da Ilha Nublar, os dinossauros agora vivem - e caçam - ao lado de humanos em todo o mundo. Contudo, nem todos répteis conseguem viver em harmonia com a espécie humana, trazendo problemas graves. Esse frágil equilíbrio remodelará o futuro e determinará, de uma vez por todas, se os seres humanos continuarão sendo os principais predadores em um planeta que agora compartilham com as criaturas mais temíveis da história em uma nova era. Os ex-funcionários do parque dos dinossauros, Claire (Bryce Dallas Howard) e Owen (Chris Pratt) se envolvem nessa problemática e buscam uma solução, contando com a ajuda dos cientistas experientes em dinossauros, que retornam dos filmes antecessores.



Jurassic Word - O Mundo dos Dinossauros chegou em 2015 revivendo, atualizando e apresentado para os mais novos a famosa franquia “Jurassic Park” e desde o inicio era perceptível que os novos filmes seguiam a fórmula do clássico de 1993 só que repaginado para as décadas atuais, e tudo indicava que a trilogia world seguiria assim até o fim. Eis que aí sim… fomos surpreendidos, Jurassic World Domínio sai da caixinha e muda finalmente a fórmula magica que encantou toda uma geração na década de 90 e que foi revivida em 2015, trazendo algo realmente inovador, diferente e ambicioso obviamente sem deixar a nostalgia de lado. 


Mas como é possível fazer algo inovador e ainda nostálgico? A resposta é: misturando o universo atual com o clássico. Fugindo da ideia de um parque dos dinossauros e focando em coexistir o filme acerta na decisão de mostrar os personagens clássicos da franquia sofrendo para viver nos dias atuais, ao lado dos dinossauros que os fizeram sofrer tanto no passado e coexistindo também com os personagens novos da franquia, resultando em uma mistura agridoce interessante, que agradará não só os fãs saudosistas mas também os novos.


Nem só de coexistir vive um filme de dinossauros, e é ai que entra um dos pontos mais ambiciosos de Jurassic World Domínio, a aventura extravagante. Com sequencias de tirar o fôlego que envolvem perseguições, lutas, dinossauros, motos, aviões, carros, explosões e tudo mais, o longa entrega o seu lado mais ambicioso em explorar o modo aventureiro dos personagens ao melhor estilo Indiana Jones, fazendo valer a atenção do espectador em cada segundo dessas sequências.




Até então tudo perfeito, mas precisamos falar de pontos que realmente deixam a desejar. O primeiro deles é o ritmo do filme, se por uma lado as sequências de aventura são empolgantes, logo em seguida temos uma sequência de história que quebra completamente o clímax construído anteriormente, fazendo do filme uma verdadeira montanha russa, uma hora está la em cima com o espectador empolgado e segundos depois está la em baixo complementando a história com diversos diálogos desnecessários. Aproveitando o gancho, vamos falar do roteiro que tenta contar histórias demais e acaba criando uma barriga imensa, são quase 3 horas de filme que facilmente poderiam ser reduzidas em no mínimo 30 minutos para focar no que interessa, a sensação de cansaço ao assistir o filme é real, e no fim ainda acontece uma ótima acelerada na história.


Jurassic World Domínio muda a fórmula já marcada na saga, criando novas possibilidades e entregando algo realmente diferente. Cheio de aventura e com sequencias de tirar o fôlego o filme diverte mas te deixa exausto com tantas historias contadas em suas quase 3 horas de duração.


Nota 3.5/5.0