30/11/2022

CRÍTICA | TUBARÃO: MAR DE SANGUE

Dirigido por James Nunn, Tubarão: Mar de Sangue é um thriller de suspense que mais uma vez coloca um grupo de jovens diante dos perigos da natureza. Aqui um grupo de amigos aproveitam um fim de semana na praia e acabam tendo a BRILHANTE ideia de roubar alguns jet skis para irem se divertir no mar, porque afinal, o que poderia dar errado?

As loucuras dos jovens destemidos

O filme nos apresenta um grupo de amigos felizes, eles só querem se divertir e aproveitar a vida. Aqui vemos o primeiro clichê de filmes do gênero. Jovens curtindo a vida adoidado sempre acabam se metendo em encrenca. A encrenca aqui, por um lado é bem mais mortal. Durante o fim de semana os amigos encontram jet skis e resolvem pegá-los EMPRESTADOS e ir dar um passeio. Durante a curtição eles acabam batendo os jet skis que param de funcionar e deixam os jovens em mar aberto. Mal sabiam eles que um perigo mortal estava à espreita.

Mais Clichês

Espera, sabiam sim! Os jovens foram alertados por um mendigo, que havia perdido as pernas em um ataque do tubarão, de que a criatura habitava aquelas águas e que deveriam ser cuidadosos durante sua estadia no local. Mas é claro que eles não deram ouvidos aos conselhos.

Fotografia nota 10

A fotografia do filme faz um excelente trabalho e consegue passar a sensação se isolamento e solidão em mar aberto, com diversos planos abertos que evidenciam que nada nem ninguém irá aparecer ali para salvá-los. Além disso o fato dos 5 amigos estarem apoiados em um único jet ski aumenta ainda mais a tensão. Além de ter que lidar com o isolamento e um inimigo mortal os amigos ainda tem que lidar com seus próprios dramas pessoais.


Uma fera tímida

A fera não demora a atacar e mais uma vez a timidez do roteiro em inovar e trazer novidades para o gênero acaba sendo uma limitação. Vemos muitas feridas mas poucos pedaços. Por ser um grande fera do mar o tubarão causou um grande estrago mas não tanto quanto poderia causar. O roteiro não acrescenta nenhuma inovação e desde o início já conseguimos prever qual será o desfecho final mas mesmo assim garante bons momentos de tensão que agradarão a quem curte filmes do gênero.

Nota 3.5

CRÍTICA | NOITE INFELIZ

 


Aaaaa o fim de ano… época de festas, presentes, Papai Noel, boas comidas e obviamente filmes natalinos, é nessa pegada que temos a estréia de Noite Infeliz, o melhor filme natalino para jovens e adultos que você verá em décadas, inclusive, não recomendo para crianças. 


Na noite da véspera de Natal, um grupo de criminosos liderados por um mercenário ambicioso decide executar um plano de assalto para roubar 300 milhões de dólares em um condomínio familiar. No entanto, eles dão de cara com o próprio Papai Noel (David Harbour) chegando para entregar os presentes. Agora o Bom Velhinho entrará em uma batalha para defender essas pessoas inocentes.


Papai Noel existe e ele é cabuloso
Todo filme natalino que se preze tem que ter um papo Noel, barrigudo, velhinho e que segue as tradições natalinas, mas e se a história fosse contada de um olhar diferente? Será que funcionaria? depois de assistir Noite Infeliz eu te garanto que sim, afinal, que adulto não gosta de fantasiar e criar algumas sátiras com a vida, imaginem um papai Noel cansado do seu trabalho tomando uma boa caneca de cerveja descendo pela sua chaminé para deixar aquele presentinho no natal e ainda por cima roubando doces da sua ceia… parece zoeira, e é assim que Noite Infeliz deve ser levado, na zoeira.


The zueira never ends, ainda mais com David Habour

Dando vida a esse Papai Noel louco temos David Harbour, e não poderia existir um Papai Noel melhor, David se entrega ao papel de “Mal Velhinho e conquista o público em poucos segundos de tela, arrancando risadas e evidenciando o cansanço de ser um Papai Noel na noite de Natal. David encanta pelo carisma, pela força e pela brutalidade de um Papai Noel que precisa meter o louco para sobreviver e para salvar as pessoas que estão na “Lista” de boazinhas.  




Uma boa homenagem aos clássicos
Cheio de referências a filmes clássicos como Esqueceram de Mim, Crônicas de Natal e Duro de Matar o roteiro de Noite Infeliz não brinca em serviço e traz consigo 2 histórias que se cruzam de uma forma muito atraente. Se por um lado temos uma história desse Papai Noel, por outro temos uma história de uma família rica que se encontra no natal para colocar o papo em dia e demonstrar suas adversidades. E nessas duas pequenas histórias o filme faz o favor de te encher de sátiras sobre as tradições natalinas, sobre os encontros familiares de fim de ano e sobre o Papai Noel, mas o mérito maior fica para forma em que essas sátiras são contadas, pontos para Patrick Casey e Josh Miller que colocaram 1 milhão de boas referências e sátiras no roteiro de uma forma que cada texto te arranca risada ao invés de te deixar cansado tal como ouvir a piada do pavê.  


O papai noel viking e sangrento
Voltando ao ponto de fantasias adultas, quem não gostaria de ver um Papai Noel visceral arrancando cabeças com um machado enquanto tenta salvar a vida de uma boa criança? Nada estranho e é mais uma coisa maluca e prazeroso de se ver e que temos em Noite Infeliz. Se já não bastasse a zoeira o filme adentra em um gênero que dificilmente imaginaríamos assistir em um filme natalino, o GORE, e aqui a coisa é pesada e sem perder o clima natalino, talvez a melhor forma de descrever seja: “Imagine um Papai Noel partindo pessoas ao meio, arrancando cabeças, mutilando inimigos em cenas extremamente bem coreografadas e ao som de Jingle Bells” Maravilhoso e só assistindo para entender o qual legal isso ficou.


Noite Infeliz é aquele filme que te prende do inicio ao fim, mistura brutalidade com comédia de um jeito incrivelmente bom, é sem dúvidas o melhor filme natalino para adulto que você verá na sua vida.


Nota 5.0/5.0  

28/11/2022

CRÍTICA | ATÉ OS OSSOS

 


Um romance aterrorizante e canibal, talvez essa seja a melhor definição em poucas palavras para “Até os ossos”, dirigido por Luca Guadagnino e estrelado por Taylor Russell e Timothée Chalamet o filme chega aos cinemas no dia 01 de dezembro trazendo um misto de sensações. 


Até os Ossos é a história do primeiro amor de Maren (Taylor Russell), uma jovem mulher aprendendo a sobreviver à margem da sociedade, e o intenso Lee (Timothée Chalamet), um andarilho sem amarras... Eles se encontram e se unem numa odisseia de mil e quinhentos quilômetros por estradas secundárias, passagens ocultas e alçapões na América de Ronald Reagan. Mas apesar de seus esforços, todas as estradas os levam de volta aos seus passados traumáticos, e a uma reta final que vai determinar se o amor deles pode sobreviver às suas diferenças.


Um primeiro ato que aguça a curiosidade
Confesso que fui assistir ao filme sem ver nenhum trailer e sem ler nenhuma sinopse, logo, não sabia o que iria assistir e ao ver o pôster logo imaginei que seria um romance teen na pega de “Call me by your name”, mas logo de início o roteiro se encarrega de aguçar a curiosidade do espectador revelando que na verdade esse “romance” vai bem além de uma simples história de amor adolescente, e para trazer esse sentimento de forma rápida e nos apresentar a verdadeira Maren, o filme traz uma cena que te gruda na cadeira ao mostrar sem medo e com belos efeitos especiais a natura nua, crua e canibal de Maren, depois desse primeiro ato, o filme ganha atenção do espectador de um jeito impressionante.



Hora de sair de casa
Depois de apresentar a natureza de Maren no primeiro ato, temos então um “road movie” em busca de respostas, Maren é abandonada pelo pai que deixa algumas fitas contando sua história em resumo desde o nascimento e algumas pistas de sua mãe, nesse momento Maren vai atras de respostas percorrendo milhares de quilômetros na tentativa de encontrar sua história e o por que ela é o que ela é. Nessa busca Maren se encontra com Lee que a ajuda nessa longa jornada de amadurecimento e autoconhecimento.


As coincidências que fraquejam
Se por um lado o filme aguça a curiosidade, por outro ele entrega os mistérios de mão beijada e com coincidências nada haver, talvez esse sem dúvidas seja o ponto mais fraco do roteiro que tinha tudo para sem excelente. Maren no primeiro ato não sabia o que ela era, ao ir em busca de suas origens a primeira pessoa que ela encontra é um devorador igual a ela, coincidência não é mesmo? 16 anos sem saber o que ela era e por que fazia o que fazia e na primeira saída de casa ela tem todas as respostas na mão… e não para por ai todos os sub mistérios que o roteiro cria são entregados com facilidade, isso faz com que o espectador narre alguns fatos do filme na mente antes mesmo deles acontecerem e é inevitável o sentimento de “Sabia que isso ia acontecer.”   




Visceral e Romântico
Maren e Lee em sua trajetória de quilômetros vão aprendendo sobre a vida, sobre suas necessidade e sobre seus extintos, tudo é feito de uma forma simpática e a química entre Taylor Russell e Timothée Chalamet se destaca, os dois formam um belo casal, que nasceram para aprender e crescer juntos, mas na essência, são devoradores (Canibais) e nesse quesito o romance se mistura com a brutalidade fazendo com que dois gêneros opostos se encontrem de uma forma muito intensa temos a junção do 8 com o 80, do romance com o terror, e o terror não é aquele de dar sustinhos é o terror gore, sangrento para pessoas com estômago forte. Ponto positivo para os efeitos especiais e para fotografia que realça o gore o deixando ainda mais nojento.


Poético, cult e cheio de metáforas
Ao longo do filme vamos vendo a historia ser contada com muitas metáforas sobre o amadurecer adolescente, sobre os extintos humanos e sobre a busca de nossas origens, tudo sob o olhar de um cineasta cult que casa os elementos cinematográficos no intuito de ganhar Oscar, logo, é um filme que para muitos não vai ser entendido facilmente, é um filme que exige atenção e que deve ser assistido duas ou mais vezes.  

Nota: 4.0/5.0

24/11/2022

CRÍTICA | MUNDO ESTRANHO

 

Com uma qualidade incrível de animação Mundo estranho chega aos cinemas de forma tímida mas trazendo mensagens importantes sobre família, diversidade e propósitos de vida. Tudo isso abordado na medida certa para o publico infantil.  

Em Mundo Estranho, A família Clade não é muito igual as outras. Eles são exploradores que desbravam novas terras e estão em uma missão para explorar um mundo estranho e não conhecido. Porém, as diferenças entre os membros da família podem por sua nova missão em risco. Jaeger Clade e seu filho Searcher são aventureiros que desbravam o deserto para explorar novos mundos. Ao tentar atravessar uma montanha que circunda a terra de Avalonia, Searcher descobre uma planta que emite energia, chamada de Pando que pode ser usada como fonte de energia para Avalonia. Porém pai e filho acabam desconcordando e um continua uma missão solo enquanto o outro usa a nova espécie para ajudar o mundo. 25 anos depois, Callisto Mal, líder de Avalonia, aparece urgentemente para informar que a Pando está perdendo seu poder. Para descobrir o que está acontecendo, a família Clade monta uma equipe especializada para ir atrás da fonte de Pando, nas suas raízes mais profundas.


Família e as suas diferenças
Sob a óptica da família Clade a animação traz em sua trama um pai "Jaeger Clade" explorador que treinou seu filho "Searcher Clade" para seguir os seus passos, mas em um certo momento da vida Searcher resolve seguir o seu sonho ao invés de trilhar o caminho que. o seu pai queria para o seu futuro, sem dúvidas esse é um dos grandes trunfos da animação que logo de início traz para a ficção esse problema cultural que diversas pessoas vivem no mundo real, filhos que não trilham os próprios caminhos para seguir os desejos dos pais. De uma forma sútil a animação foca nessa diferença de propósitos e nos conflitos familiares que essa diferença gera.

Como lidar com as diferenças
Esse foco nas diferenças e nos laços familiares permeia todos os minutos do filme, os personagens brincam, quebram estereótipos, aprendem e se juntam nas diferenças para extrair o melhor de cada lado, fazendo com que seja perceptível como cada um consegue contribuir para que o outro atinja seus objetivos e realize seus sonhos, tudo isso com ajuda de um bom roteiro que te deixa com o coração quentinho e que faz a animação ser perfeita para ser assistida entre pais e filhos.  
 

Representatividade em todos os níveis
E as diferenças não param nas ideias de cada integrante da família, vai além e traz uma pauta de diversidade abordada em diferentes níveis, seja nas gerações, na diferença cultural que inclusive esbarra nos personagens que misturam orientais, ocidentais, brancos e negros, mas é no quesito sexualidade que a animação vai em um ponto mais fundo, Ethan filho dos personagens principais tem 16 anos e é um adolescente gay, apaixonado por um amigo e que recebe apoio de toda a família, com certeza nesse quesito a animação é inovadora e divisora de águas, ponto super positivo para Disney pela coragem e por trazer esse tema de uma forma linda para o público infantil.    

Natureza exuberante
Com uma estética perfeita a animação traz consigo uma natureza exuberante em tela, a beleza é tão grande que a mensagem de não causar dano a natureza vem em conjunto,  sempre trazendo a ideia de gerar energia sustentável e de consumir tudo de forma consciente.  

Mundo estranho é um filme delicado que trata os laços familiares e que é um divisor de águas em termos de diversidade, é um filme infantil feito para todos e que deve ser assistido em família.

Nota 5.0/5.0 

23/11/2022

CRÍTICA | Sra. Harris vai a Paris



Sra. Harris vai a Paris, filme que adapta o livro homônimo escrito por Paul Gallico chega aos cinemas despertando emoções e "good vibes" lúdico sobre correr atrás dos seus sonhos, por mais impossível que eles possam ser.

Em Mrs Harris Goes to Paris, na década de 1950, uma empregada doméstica viúva (Lesley Manville) se apaixona por um vestido de alta costura da Dior. Ela decide que precisa desesperadamente ter um vestido igual e passa a fazer de tudo para economizar o dinheiro para comprá-lo. Depois de muito sufoco, ela consegue e embarca em uma aventura para Paris. Além de seu próprio visual, a Sra. Harrris também transformará completamente o futuro da marca Dior.

De volta a 1950, em todos os sentidos
Contar uma história que se passa em 1950 exige no mínimo uma boa ambientação, nesse quesito Sra. Harris vai a Paris se destaca e dá aula de como voltar ao passado, do figurino a trilha sonora o filme esbanja um passado nostálgico, transportando o espectador para a década de 50. Seja na velha Londres ou na saudosa Paris as vestimentas casam com a fotografia de tom amarelado e as musicas ressoam o tom antigo necessário ao filme, pontos para Jenny Beavan vencedora de alguns Oscars na categoria figurino e Felix Wiedemann que assume a fotografia.


A mulher e a dívida histórica. 
O termo "Girl Power" veio pra ficar, e mais uma vez temos uma personagem que se destaca pela sua força de vontade e por sua resiliência, mas isso em 1950 não tinha muito destaque e esse fator histórico  traz um novo olhar ao filme, uma vez a representação do sonho feminino de ir mais longe e a conquista pelo espaço das mulheres na sociedade é contada mais uma vez nos cinemas de uma forma levemente crítica, não sendo aqui o objetivo principal da trama mas ganhando o seu espaço de forma sútil, nas entrelinhas, no famoso estilo: "para um bom entendedor...".

O conto de fadas
Se por um lado o filme passa uma realidade na ambientação e na história feminista dos anos 50 por outro o roteiro de Carroll Cartwright e Anthony Fabian traz um tom lúdico que pode estremecer a linha nada tênue entre realidade e fantasia, a história se desenrola de uma forma que as vezes se parece meio inacreditável, dando a entender que estamos em um conto de fadas que na verdade tinha que ser real.



Sempre vá atrás dos seus sonhos
Por mais que todo mundo diga "Corra atrás dos seus sonhos" na realidade sabemos que isso não é tão fácil, a gente até tenta, e as vezes ficamos meios confusos se estamos no caminho certo ou não, mas o ensinamento que fica ao fim de  "Sra. Harris vai a Paris" é vai dar certo, se esforce, lute e nunca desista, e por mais clichê que isso pareça o esforço mostrado em tela pela Sra. Harris é diferente e exalta que o caminho da bondade e da generosidade levam a Conquista de grandes objetivos.

Por fim
Sra. Harris vai a Paris é um filme que te leva para os anos 50 de uma forma fiel com uma história leve, divertida, lúdica e cheia de lições sobre a vida e os valores morais, é o tipo de filme que você assiste sem compromisso e sai cheio de boas sensações e intenções. 

Nota: 4.0/5.0

20/11/2022

CRÍTICA | FORÇA BRUTA

Porrada, comédia e mais porrada! Força bruta é aquele filme de ação policial do jeito que a gente gosta. Conhecido por atuar em Train to Busan (Invasão Zumbi no Brazil) e mais recentemente por interpretar Golgamesh em Os Eternos, Don Lee dá a vida ao policial Ma Seok-do, que tem uma característica muito peculiar, resolver tudo na base da porrada.

A Unidade Policial de Crimes de Geumcheon recebe a missão de repatriar um fugitivo da Coreia que está no Vietnã. O policial Ma Seok-do e o Capitão Jeon Il-man  interpretado por Guy-hwa Choi porém ao se encontrarem com o fugitivo percebem que há algo de estranho com o excesso de boa vontade em se entregar às autoridades. Após uma "leve dose de porrada" o fugitivo revela os crimes cometidos por um assustador assassino chamado Hae-sang. Ma e sua equipe começam a investigação seguindo a trilha sangrenta de mortes deixada por Sang.

Um policial que joga de acordo com as próprias regras

Ma Seok-do faz mais o estilo bater antes e perguntar depois. Ele utiliza de sua enorme força física para enfrentar seus inimigos e conseguir as respostas que precisa em interrogatórios. Mas o uso da força exagerada não sua única característica, Ma faz o que acha que é certo e dará resultados para alcançar seus objetivos mesmo agindo por diversas vezes de forma insubordinada e gerando dificuldades para seu departamento.


Não se trata apenas de violência física

Essas características de Ma são também o gera grande parte do alívio cômico do filme, o roteiro aqui aproveita muito bem as situações em que Ma resolve agir enquanto todo seu departamento, inclusive seu capitão estão falando para ele não agir, o que gera várias situações divertidas. Don por sua vez é um ator super carismático e mesmo entregando um personagem casca grossa consegue conquistar o espectador fazendo com que nos preocupemos com sua causa e com seus aliados, estes que não são muito desenvolvidos mas que só por serem tão próximos de Ma já ativam nosso senso de preocupação com o personagem.

Um roteiro simples mas convincente

O roteiro não se preocupa em criar situações inusitadas, eu diria que é bem simples e previsível, beirando o clichê de filmes de ação policial. O grande destaque aqui fica por conta das cenas de ação muito bem coreografadas e empolgantes que por diversas vezes nos fazem pensar "wooow essa doeu. Apesar de um pouco exageradas em alguns momento não deixam de passar a sensação de que tudo aquilo que está acontecendo é bem real.


Eletrizante, divertido e empolgante Força Bruta é com certeza uma ótima comédia de ação policial e com certeza mais um sucesso pra carreira de Don Lee. O filme estreia em 24 de novembro nos cinemas brasileiros.

Nota 4.0/5.0
   

06/11/2022

CRÍTICA | ARMAGEDDON TIME

Depois de Kenneth Branagh dirigir e roteirizar a sua própria história em 2021 no filme Belfast que inclusive foi um dos destaques do Oscar 2022, James Gray segue a mesma fórmula e nos traz a sua história em Armageddon Time, filme que já arrancou aplausos em festivais e que provavelmente será um dos indicados ao Oscar. 

Em Armageddon Time, na Nova York dos anos 1980, antes de Ronald Reagan ser eleito presidente dos Estados Unidos, uma família vive no Queens e precisa passar por um processo profundamente pessoal. Traçando uma trajetória intensa de amadurecimento, o longa aborda a força da família e a busca que atravessa gerações pelo "sonho americano". A história do filme é baseada na infância do diretor e roteirista, com uma trama sobre lealdade e amizade. 

A amizade
A trama de uma amizade legal e que vai te fazer ir mais longe é uma das coisas que chamam atenção em Armageddon Time, contando sua auto biografia temos Paul, ou praticamente um jovem James Gray que desenrola a trama através do seu olhar inocente, que conta com Johnny seu fiel amigo que o impulsiona a crescer e a entender melhor o mundo.


A visão inocente de um mundo cruel
Johnny e Paul são amigos bem parecidos ambos são rebeldes e possuem personalidade forte, o que difere realmente os dois é que enquanto Paul é um menino branco e com vários privilégios, Johnny é uma menino negro sem privilégios, e ao longo do filme vamos acompanhando de perto como a desigualdade racial vai sendo mostrada através do olhar inocente de Paul, que não entende ao certo o preconceito e os motivos que o fazem ser diferente de Johnny. Toda essa trama contada ao olhar infantil traz ao filme uma sensibilidade incrível, é difícil assistir ao filme e não ficar emocionado com a delicadeza apresentada em evidenciar uma discriminação racial sob um olhar de inocência.

Um elenco e tanto
Se a ideia é ser um filme tocante, um elenco de peso não poderia ficar de fora, tudo começa com as crianças, Paul é interpretado por Banks Repeta, que anda ganhando espaço no cenário e que mais uma vez chama atenção, já Johnny é interpretado por Jaylin Webb, que consegue transmitir com exatidão o peso de ser uma pessoa negra que sofre preconceitos. Além das crianças mais uma vez o destaque é para Anthony Hopkins que não brinca em nada que faz, interpretando Aaron avó de Paul, Hopkins brilha no carinho com o seu neto e na passagens de valores essenciais a um ser humano, enquanto os pais de Paul são bem mais distantes nesse quesito.

       
A dificuldade de se conectar com todo mundo.
O filme se passa em Nova York na década de 80 e a ambientação junto com a fotografia amarelada traz um certo tom de nostalgia que vai agradar a algumas pessoas, mesmo Paul e Johnny tendo a simpatia necessária para encantar o público, a trama é muito poética e cabe a cada espectador buscar uma conexão com o filme, sendo esse talvez o único ponto de atenção, já que nem todos vão se encontrar na trama.

Armageddon Time é um filme sensível, uma auto biografia que surfa na onde de Belfast e que provavelmente deve aparecer no Oscar de 2023, seja por roteiro, ou até mesmo para Hopkins como ator Coadjuvante. 

Nota 4.0/5.0  
   

The Witcher: Liam Hemsworth será o novo Geralt de Rivia na quarta temporada


A Netflix anunciou, no último sábado (29), que a quarta temporada de The Witcher não contará com o ator Henry Cavill como Geralt de Rivia. No lugar de Cavill, Liam Hemsworth foi escolhido para ser o novo Bruxo da Netflix, no 4º ano de The Witcher.

 A notícia acabou pegando os fãs de surpresa por conta da grande atuação de Henry Cavill como Geralt. Vale destacar a velocidade da plataforma de streaming em anunciar um ator substituto.

“Minha jornada como Geralt de Rivia foi repleta de monstros e aventuras e, infelizmente, eu deixarei meu medalhão e minhas espadas para a quarta temporada”, disse Cavill em comunicado. “Em meu lugar, o fantástico Sr. Liam Hemsworth assumirá o manto do Lobo Branco. Tal como acontece com os maiores personagens literários, passo a tocha com reverência pelo tempo gasto encarnando Geralt e entusiasmo para ver a opinião de Liam sobre este homem mais fascinante e cheio de nuances. Liam, esse personagem tem uma profundidade tão maravilhosa nele, aproveite para mergulhar e ver o que você pode encontrar”, disse Henry Cavill no comunicado da Netflix.

 Liam Hemsworth também divulgou sua própria declaração sobre sua introdução no papel explicando que, como fã de Witcher, ele está muito feliz com essa oportunidade em sua carreira.

“Como fã de Witcher, estou muito feliz com a oportunidade de interpretar Geralt de Rivia. Henry Cavill tem sido um Geralt incrível, e estou honrado que ele esteja me dando as rédeas e me permitindo pegar as lâminas do Lobo Branco para o próximo capítulo de sua aventura. Henry, sou seu fã há anos e me inspirei no que você trouxe para esse amado personagem. Eu posso ter algumas botas grandes para vestir, mas estou realmente empolgado por entrar no mundo de The Witcher”, disse Hemsworth.

A terceira temporada de The Witcher será lançada no terceiro trimestre de 2023, enquanto o spin-off, The Witcher: Blood Origin, está com o seu lançamento agendado para 25 de dezembro.