21/12/2022

CRÍTICA | GATO DE BOTAS 2: O ÚLTIMO PEDIDO


Olha ele aí de novo, o Gato mais amado das telonas está de volta para mais uma aventura digna do lendário e destemido, El Gato de Botas. O Gato sempre foi um herói/fora-da-lei que nunca se preocupou com o perigo, por pior que a situação fosse ele nunca teve medo, afinal, gatos têm 9 vidas.

Sinopse: O ousado fora-da-lei Gato de Botas descobre que sua paixão pelo perigo e desrespeito pela segurança terão consequências. Gato queimou oito de suas nove vidas, embora tenha perdido a conta ao longo do caminho. Recuperar essas vidas enviará o Gato de Botas em sua maior missão até agora. Ele embarca em uma jornada épica pela Floresta Negra para encontrar a mítica Estrela dos Desejos e restaurar suas vidas perdidas. Mas com apenas uma vida restante, Gato terá que pedir ajuda à sua ex-parceira: a cativante Kitty Pata Mansa.

A carga dramática
Ao colocar o Gato de frente para o que pode ser sua última vida o roteiro agrega ao filme uma enorme carga dramática, a todo momento e acontecimento ficamos apreensivos com o que pode acontecer com nosso herói, apesar de que o roteiro sempre sugere que o gato irá recuperar suas vidas até que o momento do climax do filme acontecesse eu não parei de roer os dentes e balançar as pernas de ansiedade. Gatos de bostas nos apresenta uma versão que nunca vimos do felino, se culturalmente os gatos são conhecidos por serem medrosos e assustados o Gato que não tinha nenhuma das características convencionais absorve totalmente os estigmas de um gato comum, com medo e vivendo uma "vida mansa". 


Divertido para os baixinhos e nostálgico para os crescidos
Mesmo com a enorme carga dramática inserida pelo roteiro o Gato não deixa a peteca cair durante a trajetória do trio temos vários momentos cômicos e divertidos, principalmente com a adição do novo companheiro de viajem do Gato. Durante sua caminhada para alcançar aquela que poderá realizar o desejo do Gato e recuperar suas vidas temos vários momentos em que o gato relembra o seu passado, esses momentos fornecem deslumbres de suas vidas passadas, algumas histórias que não nos foram contadas, mas algumas que conhecemos muito bem e que com certeza todo fã das animações da DreamWorks vai pegar.

As Lições
Toda animação nos trás uma lição e em Gato de Botas 2 não é diferente, a lição aqui é profunda e aborda temas como o que é uma família de verdade ao nos apresentar vilões como a Cachinhos e sua família adotiva, além de nos fazer a pergunta: o que queremos fazer com nossa  última  única vida, foi incrível como ver uma animação me fez repensar o que tenho feito e se estou aproveitando as coisas e pessoas que são mais importantes na minha vida.

O que pode vir por aí?
Após finalizar sua história de uma forma que eu realmente não esperava, Gato de Botas 2 nos dá um gostinho do que podemos esperar da DreamWorks, o que não vou negar que mesmo podendo não ser nada, me deixou um pouco empolgado. Gato de Botas 2: O Último Pedido tem previsão de estreia para 05 de janeiro de 2023 nos cinemas brasileiros.

Profundo, divertido e emocionante Gato de Botas 2 abre novamente as portas para o mágico mundo de fantasia criado pela DreamWorks.

Nota 4.5/5.0

07/12/2022

CRÍTICA | ELA DISSE


Necessário, talvez essa seja a melhor definição para Ela Disse, filme que adapta o livro de mesmo nome e que traz a história real das jornalistas Jodi Kantor e Megan Twohey que juntas investigaram e iniciaram um efeito cascata em casos de assédio envolvendo grandes figuras de Hollywood.

Inspirado em eventos reais, a história de duas jornalistas do New York Times que mudou Hollywood. Megan Twohey e Jodi Kantor escrevem uma das histórias mais importantes de uma geração, que ajudou a lançar o movimento #MeToo e quebrou décadas de silêncio em torno do assunto de agressão sexual em Hollywood. Em 2017, a repórter do New York Times Jodi Kantor recebe uma denúncia de que a atriz Rose McGowan foi abusada sexualmente pelo produtor de Indiewood, Harvey Weinstein. McGowan inicialmente se recusa a comentar, mas depois liga de volta para Kantor e descreve um encontro em que Weinstein a estuprou quando ela tinha 23 anos. Kantor também fala com as atrizes Ashley Judd e Gwyneth Paltrow, que descrevem seus próprios encontros sexuais com Weinstein, mas ambos pedem para não ser citado no artigo por medo de um golpe na carreira. Frustrada com a falta de progresso em sua investigação, Kantor recruta Megan Twohey para ajudar com a peça.

Uma história que precisava virar filme
Livros sempre são adaptados para o cinema, alguns são bem adaptados e outros nem tanto, mas em alguns casos chegamos em uma linha tênue onde o que importa é que a história contada chegue ao maior número de pessoas possível, esse é o caso de "Ela Disse', os acontecimentos contados no livro e que agora chegam aos cinemas trazem as investigações, ameaças, perseguições e os ataques sofridos pelas jornalistas na tentativa de colocar o produtor de cinema Harvey Weinstein atrás das grades por abuso sexual a várias atrizes de Hollywood.


A coragem e a química
Demonstrar em um filme a coragem das jornalistas e os perrengues passados por elas não seria tão fácil se o elenco do filme não contasse com a talentosa Carey Mulligan que tira de letra o desafio de expressar os sentimentos de medo, angustia e coragem necessários ao papel, ao seu lado temos a não tão famosa Zoe Kazan que aqui tem a química perfeita com Mulligan, por se tratar de um filme investigativo e que conta com diálogos longos era de se esperar um ritmo mais lento e o desafio de não tornar algumas cenas chatas e demoradas é superado justamente pela atuação das duas protagonistas, ponto positivo para o elenco.

O Ritmo
Ao falarmos de filmes investigativos e que envolvem jornalistas logo lembramos de "Spotlight: Segredos Revelados" mas vamos com calma... se por um lado temos em Spotlight o ritmo perfeito onde a montagem e o roteiro se casam perfeitamente para um excelente desfecho por outro temos Ela Disse, que ao longo de 129 minutos não tem altos e baixos e que não bebe da fonte de Spotlight, mantendo sempre um ritmo mais calmo, não deixando de ser envolvente e dinâmico.

Problema Resolvido? Só que não!
Mesmo depois de acompanhar todo o sofrimento das jornalistas e das vítimas de abusos por figurões de Hollywood a sensação de impunidade e de que nada mudou toma conta do espectador no fim do filme, principalmente ao analisarmos as notícias de abuso que ainda continuam vindo à tona, por fim, essa história é apenas uma pontinha de um iceberg que ainda precisa ser revelado por completo.   

Ela Disse tem uma história pesada, tensa e necessária com uma narrativa contada de uma forma dinâmica e envolvente é sem dúvidas a melhor forma de entender e se revoltar ainda mais com os casos de assédio que envolveram o Harvey Weinstein.

Nota 4.0/5.0

Confira agora os lançamentos de Games em dezembro de 2022 - The Wicher 3 chega a nova geração!



Com apenas 1 mês para acabar o ano, você achou que não teríamos novos games no mercado?

Pelo contrário,dezembro tem a chegada de vários games,incluindo a chegada de The witcher 3 para  a nova geração. The Callisto Protocol, novo game de terror do criador de Dead Space, e High on Life, comandado pelo criador da série animada Rick and Morty.Além da remasterização do clássico Crisis Core para os fãs de Final Fantasy .


Então, Bora conferir os lançamentos e aproveitar que ainda dá para pedir de Natal os lançamentos, listamos todos os jogos de dezembro de 2022.


Confira logo abaixo:


1 de dezembro

Dwarven Skykeep (PC)

Gundam Evolution (PS4, PS5, Xbox One, Xbox Series X|S)

Romancing SaGa -Minstrel Song Remastered (PC, PS4, PS5, Switch)

Inscryption (Switch)

2 de dezembro

Marvel’s Midnight Suns (PC, PS4, PS5, Xbox One, Xbox Series X|S, Switch)

The Callisto Protocol (PC, PS4, PS5, Xbox One, Xbox Series X|S)

Need For Speed Unbound (PC, PS5, Xbox Series X|S)

5 de dezembro

Swordship (PC, PS4, PS5, Xbox One, Xbox Series X|S, Switch)

6 de dezembro

Hello Neighbour 2 (PC, PS4, PS5, Xbox One, Xbox Series X|S)

Firefighting Simulator – The Squad (PS4, PS5, Xbox One, Xbox Series X|S)

Impaler (PC)

Knights of Honor 2: Sovereign (PC)

Kukoos – Lost Pets (PC, PS4, Switch)

Sunshine Shuffle (PC)

Dwarf Fortress (PC)

7 de dezembro

Alaskan Truck Simulator (PC, PS4, PS5, Xbox One, Xbox Series X|S)

Hubris (PC VR)

Togges (PC, PS4, PS5, Xbox One, Xbox Series X|S, Switch)

8 de dezembro

SAMURAI MAIDEN (PC, PS4, PS5, Switch)

Chained Echoes (PC, PS4, PS5, Xbox One, Xbox Series X|S, Switch)

NecroBouncer (PC)

The Rumble Fish 2 (PC, PS4, PS5, Xbox One, Xbox Series X|S, Switch)

Witch on the Holy Night (PS4, Switch)

9 de dezembro

Choo-Choo Charles (PC)

Dragon Quest Treasures (Switch)

12 de dezembro

IXION (PC)

Wavetale (PC, PS4, PS5, Xbox One, Xbox Series X|S, Switch)

13 de dezembro

Crisis Core: Final Fantasy VII Reunion (PC, PS4 PS5, Xbox One, Xbox Series X|S, Switch)

High on Life (PC, Xbox Series X|S)

14 de dezembro

The Witcher 3: The Wild Hunt (PS5 e Xbox Series X|S)

Lil Gator Game (PC, Switch)

15 de dezembro

Aka (Switch)

Blacktail (PC, PS5 e Xbox Series)

22 de dezembro

Nakara: Bladepoint (Xbox One)

Valkyrie Profile: Lenneth (PS4, PS5)


30/11/2022

CRÍTICA | TUBARÃO: MAR DE SANGUE

Dirigido por James Nunn, Tubarão: Mar de Sangue é um thriller de suspense que mais uma vez coloca um grupo de jovens diante dos perigos da natureza. Aqui um grupo de amigos aproveitam um fim de semana na praia e acabam tendo a BRILHANTE ideia de roubar alguns jet skis para irem se divertir no mar, porque afinal, o que poderia dar errado?

As loucuras dos jovens destemidos

O filme nos apresenta um grupo de amigos felizes, eles só querem se divertir e aproveitar a vida. Aqui vemos o primeiro clichê de filmes do gênero. Jovens curtindo a vida adoidado sempre acabam se metendo em encrenca. A encrenca aqui, por um lado é bem mais mortal. Durante o fim de semana os amigos encontram jet skis e resolvem pegá-los EMPRESTADOS e ir dar um passeio. Durante a curtição eles acabam batendo os jet skis que param de funcionar e deixam os jovens em mar aberto. Mal sabiam eles que um perigo mortal estava à espreita.

Mais Clichês

Espera, sabiam sim! Os jovens foram alertados por um mendigo, que havia perdido as pernas em um ataque do tubarão, de que a criatura habitava aquelas águas e que deveriam ser cuidadosos durante sua estadia no local. Mas é claro que eles não deram ouvidos aos conselhos.

Fotografia nota 10

A fotografia do filme faz um excelente trabalho e consegue passar a sensação se isolamento e solidão em mar aberto, com diversos planos abertos que evidenciam que nada nem ninguém irá aparecer ali para salvá-los. Além disso o fato dos 5 amigos estarem apoiados em um único jet ski aumenta ainda mais a tensão. Além de ter que lidar com o isolamento e um inimigo mortal os amigos ainda tem que lidar com seus próprios dramas pessoais.


Uma fera tímida

A fera não demora a atacar e mais uma vez a timidez do roteiro em inovar e trazer novidades para o gênero acaba sendo uma limitação. Vemos muitas feridas mas poucos pedaços. Por ser um grande fera do mar o tubarão causou um grande estrago mas não tanto quanto poderia causar. O roteiro não acrescenta nenhuma inovação e desde o início já conseguimos prever qual será o desfecho final mas mesmo assim garante bons momentos de tensão que agradarão a quem curte filmes do gênero.

Nota 3.5

CRÍTICA | NOITE INFELIZ

 


Aaaaa o fim de ano… época de festas, presentes, Papai Noel, boas comidas e obviamente filmes natalinos, é nessa pegada que temos a estréia de Noite Infeliz, o melhor filme natalino para jovens e adultos que você verá em décadas, inclusive, não recomendo para crianças. 


Na noite da véspera de Natal, um grupo de criminosos liderados por um mercenário ambicioso decide executar um plano de assalto para roubar 300 milhões de dólares em um condomínio familiar. No entanto, eles dão de cara com o próprio Papai Noel (David Harbour) chegando para entregar os presentes. Agora o Bom Velhinho entrará em uma batalha para defender essas pessoas inocentes.


Papai Noel existe e ele é cabuloso
Todo filme natalino que se preze tem que ter um papo Noel, barrigudo, velhinho e que segue as tradições natalinas, mas e se a história fosse contada de um olhar diferente? Será que funcionaria? depois de assistir Noite Infeliz eu te garanto que sim, afinal, que adulto não gosta de fantasiar e criar algumas sátiras com a vida, imaginem um papai Noel cansado do seu trabalho tomando uma boa caneca de cerveja descendo pela sua chaminé para deixar aquele presentinho no natal e ainda por cima roubando doces da sua ceia… parece zoeira, e é assim que Noite Infeliz deve ser levado, na zoeira.


The zueira never ends, ainda mais com David Habour

Dando vida a esse Papai Noel louco temos David Harbour, e não poderia existir um Papai Noel melhor, David se entrega ao papel de “Mal Velhinho e conquista o público em poucos segundos de tela, arrancando risadas e evidenciando o cansanço de ser um Papai Noel na noite de Natal. David encanta pelo carisma, pela força e pela brutalidade de um Papai Noel que precisa meter o louco para sobreviver e para salvar as pessoas que estão na “Lista” de boazinhas.  




Uma boa homenagem aos clássicos
Cheio de referências a filmes clássicos como Esqueceram de Mim, Crônicas de Natal e Duro de Matar o roteiro de Noite Infeliz não brinca em serviço e traz consigo 2 histórias que se cruzam de uma forma muito atraente. Se por um lado temos uma história desse Papai Noel, por outro temos uma história de uma família rica que se encontra no natal para colocar o papo em dia e demonstrar suas adversidades. E nessas duas pequenas histórias o filme faz o favor de te encher de sátiras sobre as tradições natalinas, sobre os encontros familiares de fim de ano e sobre o Papai Noel, mas o mérito maior fica para forma em que essas sátiras são contadas, pontos para Patrick Casey e Josh Miller que colocaram 1 milhão de boas referências e sátiras no roteiro de uma forma que cada texto te arranca risada ao invés de te deixar cansado tal como ouvir a piada do pavê.  


O papai noel viking e sangrento
Voltando ao ponto de fantasias adultas, quem não gostaria de ver um Papai Noel visceral arrancando cabeças com um machado enquanto tenta salvar a vida de uma boa criança? Nada estranho e é mais uma coisa maluca e prazeroso de se ver e que temos em Noite Infeliz. Se já não bastasse a zoeira o filme adentra em um gênero que dificilmente imaginaríamos assistir em um filme natalino, o GORE, e aqui a coisa é pesada e sem perder o clima natalino, talvez a melhor forma de descrever seja: “Imagine um Papai Noel partindo pessoas ao meio, arrancando cabeças, mutilando inimigos em cenas extremamente bem coreografadas e ao som de Jingle Bells” Maravilhoso e só assistindo para entender o qual legal isso ficou.


Noite Infeliz é aquele filme que te prende do inicio ao fim, mistura brutalidade com comédia de um jeito incrivelmente bom, é sem dúvidas o melhor filme natalino para adulto que você verá na sua vida.


Nota 5.0/5.0  

28/11/2022

CRÍTICA | ATÉ OS OSSOS

 


Um romance aterrorizante e canibal, talvez essa seja a melhor definição em poucas palavras para “Até os ossos”, dirigido por Luca Guadagnino e estrelado por Taylor Russell e Timothée Chalamet o filme chega aos cinemas no dia 01 de dezembro trazendo um misto de sensações. 


Até os Ossos é a história do primeiro amor de Maren (Taylor Russell), uma jovem mulher aprendendo a sobreviver à margem da sociedade, e o intenso Lee (Timothée Chalamet), um andarilho sem amarras... Eles se encontram e se unem numa odisseia de mil e quinhentos quilômetros por estradas secundárias, passagens ocultas e alçapões na América de Ronald Reagan. Mas apesar de seus esforços, todas as estradas os levam de volta aos seus passados traumáticos, e a uma reta final que vai determinar se o amor deles pode sobreviver às suas diferenças.


Um primeiro ato que aguça a curiosidade
Confesso que fui assistir ao filme sem ver nenhum trailer e sem ler nenhuma sinopse, logo, não sabia o que iria assistir e ao ver o pôster logo imaginei que seria um romance teen na pega de “Call me by your name”, mas logo de início o roteiro se encarrega de aguçar a curiosidade do espectador revelando que na verdade esse “romance” vai bem além de uma simples história de amor adolescente, e para trazer esse sentimento de forma rápida e nos apresentar a verdadeira Maren, o filme traz uma cena que te gruda na cadeira ao mostrar sem medo e com belos efeitos especiais a natura nua, crua e canibal de Maren, depois desse primeiro ato, o filme ganha atenção do espectador de um jeito impressionante.



Hora de sair de casa
Depois de apresentar a natureza de Maren no primeiro ato, temos então um “road movie” em busca de respostas, Maren é abandonada pelo pai que deixa algumas fitas contando sua história em resumo desde o nascimento e algumas pistas de sua mãe, nesse momento Maren vai atras de respostas percorrendo milhares de quilômetros na tentativa de encontrar sua história e o por que ela é o que ela é. Nessa busca Maren se encontra com Lee que a ajuda nessa longa jornada de amadurecimento e autoconhecimento.


As coincidências que fraquejam
Se por um lado o filme aguça a curiosidade, por outro ele entrega os mistérios de mão beijada e com coincidências nada haver, talvez esse sem dúvidas seja o ponto mais fraco do roteiro que tinha tudo para sem excelente. Maren no primeiro ato não sabia o que ela era, ao ir em busca de suas origens a primeira pessoa que ela encontra é um devorador igual a ela, coincidência não é mesmo? 16 anos sem saber o que ela era e por que fazia o que fazia e na primeira saída de casa ela tem todas as respostas na mão… e não para por ai todos os sub mistérios que o roteiro cria são entregados com facilidade, isso faz com que o espectador narre alguns fatos do filme na mente antes mesmo deles acontecerem e é inevitável o sentimento de “Sabia que isso ia acontecer.”   




Visceral e Romântico
Maren e Lee em sua trajetória de quilômetros vão aprendendo sobre a vida, sobre suas necessidade e sobre seus extintos, tudo é feito de uma forma simpática e a química entre Taylor Russell e Timothée Chalamet se destaca, os dois formam um belo casal, que nasceram para aprender e crescer juntos, mas na essência, são devoradores (Canibais) e nesse quesito o romance se mistura com a brutalidade fazendo com que dois gêneros opostos se encontrem de uma forma muito intensa temos a junção do 8 com o 80, do romance com o terror, e o terror não é aquele de dar sustinhos é o terror gore, sangrento para pessoas com estômago forte. Ponto positivo para os efeitos especiais e para fotografia que realça o gore o deixando ainda mais nojento.


Poético, cult e cheio de metáforas
Ao longo do filme vamos vendo a historia ser contada com muitas metáforas sobre o amadurecer adolescente, sobre os extintos humanos e sobre a busca de nossas origens, tudo sob o olhar de um cineasta cult que casa os elementos cinematográficos no intuito de ganhar Oscar, logo, é um filme que para muitos não vai ser entendido facilmente, é um filme que exige atenção e que deve ser assistido duas ou mais vezes.  

Nota: 4.0/5.0

24/11/2022

CRÍTICA | MUNDO ESTRANHO

 

Com uma qualidade incrível de animação Mundo estranho chega aos cinemas de forma tímida mas trazendo mensagens importantes sobre família, diversidade e propósitos de vida. Tudo isso abordado na medida certa para o publico infantil.  

Em Mundo Estranho, A família Clade não é muito igual as outras. Eles são exploradores que desbravam novas terras e estão em uma missão para explorar um mundo estranho e não conhecido. Porém, as diferenças entre os membros da família podem por sua nova missão em risco. Jaeger Clade e seu filho Searcher são aventureiros que desbravam o deserto para explorar novos mundos. Ao tentar atravessar uma montanha que circunda a terra de Avalonia, Searcher descobre uma planta que emite energia, chamada de Pando que pode ser usada como fonte de energia para Avalonia. Porém pai e filho acabam desconcordando e um continua uma missão solo enquanto o outro usa a nova espécie para ajudar o mundo. 25 anos depois, Callisto Mal, líder de Avalonia, aparece urgentemente para informar que a Pando está perdendo seu poder. Para descobrir o que está acontecendo, a família Clade monta uma equipe especializada para ir atrás da fonte de Pando, nas suas raízes mais profundas.


Família e as suas diferenças
Sob a óptica da família Clade a animação traz em sua trama um pai "Jaeger Clade" explorador que treinou seu filho "Searcher Clade" para seguir os seus passos, mas em um certo momento da vida Searcher resolve seguir o seu sonho ao invés de trilhar o caminho que. o seu pai queria para o seu futuro, sem dúvidas esse é um dos grandes trunfos da animação que logo de início traz para a ficção esse problema cultural que diversas pessoas vivem no mundo real, filhos que não trilham os próprios caminhos para seguir os desejos dos pais. De uma forma sútil a animação foca nessa diferença de propósitos e nos conflitos familiares que essa diferença gera.

Como lidar com as diferenças
Esse foco nas diferenças e nos laços familiares permeia todos os minutos do filme, os personagens brincam, quebram estereótipos, aprendem e se juntam nas diferenças para extrair o melhor de cada lado, fazendo com que seja perceptível como cada um consegue contribuir para que o outro atinja seus objetivos e realize seus sonhos, tudo isso com ajuda de um bom roteiro que te deixa com o coração quentinho e que faz a animação ser perfeita para ser assistida entre pais e filhos.  
 

Representatividade em todos os níveis
E as diferenças não param nas ideias de cada integrante da família, vai além e traz uma pauta de diversidade abordada em diferentes níveis, seja nas gerações, na diferença cultural que inclusive esbarra nos personagens que misturam orientais, ocidentais, brancos e negros, mas é no quesito sexualidade que a animação vai em um ponto mais fundo, Ethan filho dos personagens principais tem 16 anos e é um adolescente gay, apaixonado por um amigo e que recebe apoio de toda a família, com certeza nesse quesito a animação é inovadora e divisora de águas, ponto super positivo para Disney pela coragem e por trazer esse tema de uma forma linda para o público infantil.    

Natureza exuberante
Com uma estética perfeita a animação traz consigo uma natureza exuberante em tela, a beleza é tão grande que a mensagem de não causar dano a natureza vem em conjunto,  sempre trazendo a ideia de gerar energia sustentável e de consumir tudo de forma consciente.  

Mundo estranho é um filme delicado que trata os laços familiares e que é um divisor de águas em termos de diversidade, é um filme infantil feito para todos e que deve ser assistido em família.

Nota 5.0/5.0 

23/11/2022

CRÍTICA | Sra. Harris vai a Paris



Sra. Harris vai a Paris, filme que adapta o livro homônimo escrito por Paul Gallico chega aos cinemas despertando emoções e "good vibes" lúdico sobre correr atrás dos seus sonhos, por mais impossível que eles possam ser.

Em Mrs Harris Goes to Paris, na década de 1950, uma empregada doméstica viúva (Lesley Manville) se apaixona por um vestido de alta costura da Dior. Ela decide que precisa desesperadamente ter um vestido igual e passa a fazer de tudo para economizar o dinheiro para comprá-lo. Depois de muito sufoco, ela consegue e embarca em uma aventura para Paris. Além de seu próprio visual, a Sra. Harrris também transformará completamente o futuro da marca Dior.

De volta a 1950, em todos os sentidos
Contar uma história que se passa em 1950 exige no mínimo uma boa ambientação, nesse quesito Sra. Harris vai a Paris se destaca e dá aula de como voltar ao passado, do figurino a trilha sonora o filme esbanja um passado nostálgico, transportando o espectador para a década de 50. Seja na velha Londres ou na saudosa Paris as vestimentas casam com a fotografia de tom amarelado e as musicas ressoam o tom antigo necessário ao filme, pontos para Jenny Beavan vencedora de alguns Oscars na categoria figurino e Felix Wiedemann que assume a fotografia.


A mulher e a dívida histórica. 
O termo "Girl Power" veio pra ficar, e mais uma vez temos uma personagem que se destaca pela sua força de vontade e por sua resiliência, mas isso em 1950 não tinha muito destaque e esse fator histórico  traz um novo olhar ao filme, uma vez a representação do sonho feminino de ir mais longe e a conquista pelo espaço das mulheres na sociedade é contada mais uma vez nos cinemas de uma forma levemente crítica, não sendo aqui o objetivo principal da trama mas ganhando o seu espaço de forma sútil, nas entrelinhas, no famoso estilo: "para um bom entendedor...".

O conto de fadas
Se por um lado o filme passa uma realidade na ambientação e na história feminista dos anos 50 por outro o roteiro de Carroll Cartwright e Anthony Fabian traz um tom lúdico que pode estremecer a linha nada tênue entre realidade e fantasia, a história se desenrola de uma forma que as vezes se parece meio inacreditável, dando a entender que estamos em um conto de fadas que na verdade tinha que ser real.



Sempre vá atrás dos seus sonhos
Por mais que todo mundo diga "Corra atrás dos seus sonhos" na realidade sabemos que isso não é tão fácil, a gente até tenta, e as vezes ficamos meios confusos se estamos no caminho certo ou não, mas o ensinamento que fica ao fim de  "Sra. Harris vai a Paris" é vai dar certo, se esforce, lute e nunca desista, e por mais clichê que isso pareça o esforço mostrado em tela pela Sra. Harris é diferente e exalta que o caminho da bondade e da generosidade levam a Conquista de grandes objetivos.

Por fim
Sra. Harris vai a Paris é um filme que te leva para os anos 50 de uma forma fiel com uma história leve, divertida, lúdica e cheia de lições sobre a vida e os valores morais, é o tipo de filme que você assiste sem compromisso e sai cheio de boas sensações e intenções. 

Nota: 4.0/5.0

20/11/2022

CRÍTICA | FORÇA BRUTA

Porrada, comédia e mais porrada! Força bruta é aquele filme de ação policial do jeito que a gente gosta. Conhecido por atuar em Train to Busan (Invasão Zumbi no Brazil) e mais recentemente por interpretar Golgamesh em Os Eternos, Don Lee dá a vida ao policial Ma Seok-do, que tem uma característica muito peculiar, resolver tudo na base da porrada.

A Unidade Policial de Crimes de Geumcheon recebe a missão de repatriar um fugitivo da Coreia que está no Vietnã. O policial Ma Seok-do e o Capitão Jeon Il-man  interpretado por Guy-hwa Choi porém ao se encontrarem com o fugitivo percebem que há algo de estranho com o excesso de boa vontade em se entregar às autoridades. Após uma "leve dose de porrada" o fugitivo revela os crimes cometidos por um assustador assassino chamado Hae-sang. Ma e sua equipe começam a investigação seguindo a trilha sangrenta de mortes deixada por Sang.

Um policial que joga de acordo com as próprias regras

Ma Seok-do faz mais o estilo bater antes e perguntar depois. Ele utiliza de sua enorme força física para enfrentar seus inimigos e conseguir as respostas que precisa em interrogatórios. Mas o uso da força exagerada não sua única característica, Ma faz o que acha que é certo e dará resultados para alcançar seus objetivos mesmo agindo por diversas vezes de forma insubordinada e gerando dificuldades para seu departamento.


Não se trata apenas de violência física

Essas características de Ma são também o gera grande parte do alívio cômico do filme, o roteiro aqui aproveita muito bem as situações em que Ma resolve agir enquanto todo seu departamento, inclusive seu capitão estão falando para ele não agir, o que gera várias situações divertidas. Don por sua vez é um ator super carismático e mesmo entregando um personagem casca grossa consegue conquistar o espectador fazendo com que nos preocupemos com sua causa e com seus aliados, estes que não são muito desenvolvidos mas que só por serem tão próximos de Ma já ativam nosso senso de preocupação com o personagem.

Um roteiro simples mas convincente

O roteiro não se preocupa em criar situações inusitadas, eu diria que é bem simples e previsível, beirando o clichê de filmes de ação policial. O grande destaque aqui fica por conta das cenas de ação muito bem coreografadas e empolgantes que por diversas vezes nos fazem pensar "wooow essa doeu. Apesar de um pouco exageradas em alguns momento não deixam de passar a sensação de que tudo aquilo que está acontecendo é bem real.


Eletrizante, divertido e empolgante Força Bruta é com certeza uma ótima comédia de ação policial e com certeza mais um sucesso pra carreira de Don Lee. O filme estreia em 24 de novembro nos cinemas brasileiros.

Nota 4.0/5.0
   

06/11/2022

CRÍTICA | ARMAGEDDON TIME

Depois de Kenneth Branagh dirigir e roteirizar a sua própria história em 2021 no filme Belfast que inclusive foi um dos destaques do Oscar 2022, James Gray segue a mesma fórmula e nos traz a sua história em Armageddon Time, filme que já arrancou aplausos em festivais e que provavelmente será um dos indicados ao Oscar. 

Em Armageddon Time, na Nova York dos anos 1980, antes de Ronald Reagan ser eleito presidente dos Estados Unidos, uma família vive no Queens e precisa passar por um processo profundamente pessoal. Traçando uma trajetória intensa de amadurecimento, o longa aborda a força da família e a busca que atravessa gerações pelo "sonho americano". A história do filme é baseada na infância do diretor e roteirista, com uma trama sobre lealdade e amizade. 

A amizade
A trama de uma amizade legal e que vai te fazer ir mais longe é uma das coisas que chamam atenção em Armageddon Time, contando sua auto biografia temos Paul, ou praticamente um jovem James Gray que desenrola a trama através do seu olhar inocente, que conta com Johnny seu fiel amigo que o impulsiona a crescer e a entender melhor o mundo.


A visão inocente de um mundo cruel
Johnny e Paul são amigos bem parecidos ambos são rebeldes e possuem personalidade forte, o que difere realmente os dois é que enquanto Paul é um menino branco e com vários privilégios, Johnny é uma menino negro sem privilégios, e ao longo do filme vamos acompanhando de perto como a desigualdade racial vai sendo mostrada através do olhar inocente de Paul, que não entende ao certo o preconceito e os motivos que o fazem ser diferente de Johnny. Toda essa trama contada ao olhar infantil traz ao filme uma sensibilidade incrível, é difícil assistir ao filme e não ficar emocionado com a delicadeza apresentada em evidenciar uma discriminação racial sob um olhar de inocência.

Um elenco e tanto
Se a ideia é ser um filme tocante, um elenco de peso não poderia ficar de fora, tudo começa com as crianças, Paul é interpretado por Banks Repeta, que anda ganhando espaço no cenário e que mais uma vez chama atenção, já Johnny é interpretado por Jaylin Webb, que consegue transmitir com exatidão o peso de ser uma pessoa negra que sofre preconceitos. Além das crianças mais uma vez o destaque é para Anthony Hopkins que não brinca em nada que faz, interpretando Aaron avó de Paul, Hopkins brilha no carinho com o seu neto e na passagens de valores essenciais a um ser humano, enquanto os pais de Paul são bem mais distantes nesse quesito.

       
A dificuldade de se conectar com todo mundo.
O filme se passa em Nova York na década de 80 e a ambientação junto com a fotografia amarelada traz um certo tom de nostalgia que vai agradar a algumas pessoas, mesmo Paul e Johnny tendo a simpatia necessária para encantar o público, a trama é muito poética e cabe a cada espectador buscar uma conexão com o filme, sendo esse talvez o único ponto de atenção, já que nem todos vão se encontrar na trama.

Armageddon Time é um filme sensível, uma auto biografia que surfa na onde de Belfast e que provavelmente deve aparecer no Oscar de 2023, seja por roteiro, ou até mesmo para Hopkins como ator Coadjuvante. 

Nota 4.0/5.0  
   

The Witcher: Liam Hemsworth será o novo Geralt de Rivia na quarta temporada


A Netflix anunciou, no último sábado (29), que a quarta temporada de The Witcher não contará com o ator Henry Cavill como Geralt de Rivia. No lugar de Cavill, Liam Hemsworth foi escolhido para ser o novo Bruxo da Netflix, no 4º ano de The Witcher.

 A notícia acabou pegando os fãs de surpresa por conta da grande atuação de Henry Cavill como Geralt. Vale destacar a velocidade da plataforma de streaming em anunciar um ator substituto.

“Minha jornada como Geralt de Rivia foi repleta de monstros e aventuras e, infelizmente, eu deixarei meu medalhão e minhas espadas para a quarta temporada”, disse Cavill em comunicado. “Em meu lugar, o fantástico Sr. Liam Hemsworth assumirá o manto do Lobo Branco. Tal como acontece com os maiores personagens literários, passo a tocha com reverência pelo tempo gasto encarnando Geralt e entusiasmo para ver a opinião de Liam sobre este homem mais fascinante e cheio de nuances. Liam, esse personagem tem uma profundidade tão maravilhosa nele, aproveite para mergulhar e ver o que você pode encontrar”, disse Henry Cavill no comunicado da Netflix.

 Liam Hemsworth também divulgou sua própria declaração sobre sua introdução no papel explicando que, como fã de Witcher, ele está muito feliz com essa oportunidade em sua carreira.

“Como fã de Witcher, estou muito feliz com a oportunidade de interpretar Geralt de Rivia. Henry Cavill tem sido um Geralt incrível, e estou honrado que ele esteja me dando as rédeas e me permitindo pegar as lâminas do Lobo Branco para o próximo capítulo de sua aventura. Henry, sou seu fã há anos e me inspirei no que você trouxe para esse amado personagem. Eu posso ter algumas botas grandes para vestir, mas estou realmente empolgado por entrar no mundo de The Witcher”, disse Hemsworth.

A terceira temporada de The Witcher será lançada no terceiro trimestre de 2023, enquanto o spin-off, The Witcher: Blood Origin, está com o seu lançamento agendado para 25 de dezembro.


31/10/2022

Crítica | A Luz do Demônio

 


Colocando catolicismo, misticismo e ciência de frente com o exorcismo "A Luz do Demônio" nos mostra como seria uma escola católica de exorcismo, cumprindo seu papel de assustar e criando uma versão empoderada de uma freira exorcista. 

Em A Luz do Demônio, as ocorrências de possessão demoníaca aumentaram nesses últimos anos, de acordo com o Vaticano. Para ajudar a combater o crescente números de casos, a Igreja decidiu abrir uma escola voltada a treinar padres aptos para praticar exorcismos. A Irmã Ann está entre os alunos da escola, e, apesar dela ser uma das únicas mulheres na escola, ela acredita que seu destino é realizar exorcismos. Quando um professor sente seu dom especial, permite que ela seja a primeira freira a estudar e dominar o ritual. Sua própria alma estará em perigo, pois as forças demoníacas que ela luta contra, revelam uma conexão misteriosa com seu passado traumático.

Mulheres também podem
Em tempos de empoderamento feminino por que não desafiar o catolicismo?  A "regra" é clara, somente sacerdotes Homens podem tratar casos de possessões e Freiras ficam com a responsabilidade de dar alguma assistência, até que a Irmã Ann, freira e protagonista do filme interpretada por Jacqueline Byers resolve quebrar esse paradigma e mergulhar no aprendizado sobre exorcismo.  



O Instituto "Xavier" para Jovens Exorcistas
Para aprender exorcismo Irmã Ann além de quebrar as regras da igreja tem que se infiltrar nas aulas, e as aulas aqui são divertidas e interessantes de serem assistidas, não só pela protagonista mas também pelo espectador que se cativa pela determinação de Ann desafiando estudiosos do ramo e os fazendo questionar sobre suas teorias. No quesito escola de exorcismo o filme acerta em cheio, nos intrigando e nos fazendo pensar até em uma serie de tv, afinal , cada episódio uma lição diferente a ser aprendida. 

O susto misturado ao aprendizado
Se por um lado temos possessões e como combatê-las, por outro o filme tem que seguir o gênero terror e te assustar, e nesse ponto os encontros com os possuídos assustam e te deixam com um certo enjoo seguindo a fórmula batida dos filmes de terror, jumpscare, trilha sonora alta, cenas escuras e aquele susto que faz alguns gritarem e outros falarem "affffe".   


A história de Ann 
Ao longo de 90 minutos Irmã Ann tem sua historia de origem contada de uma forma intrigante, com uso de flashbacks a narrativa vai percorrendo a vida de Ann sem entregar nada na hora errada, mantendo a curiosidade do público do inicio ao fim, Ann passa por testes, mostra que nasceu para o exorcismo e no fim mostra que ainda tem mais para mostrar em uma possível sequência.

A Luz Do Demônio é assustador, desafiador, encanta no conceito de mostrar uma escola de exorcismo e de desafiar as regras da igreja católica, sem dúvidas é um filme de terror que surpreende e que tenta fugir do clichê no quesito história,  e que abraça o clichê gostoso do jumpscare. 

Nota 4.0/5.0

25/10/2022

Crítica | Super Quem?


Super Quem? Heróis por Acaso é uma comédia francesa estrelada e dirigida por Philippe Lacheau, o filme tem como premissa ser uma sátira a filmes de super heróis .

Cedric, um ator que, após anos tendo sua carreira vista como chacota, encontra uma oportunidade que promete mudar sua vida: dar vida ao personagem super-herói Badman! Só que um acidente de carro não estava nos planos de Cedric. Assim que o ator desperta da batida, sua vida real se torna um apagão, e Cedric passa a acreditar que ele é legitimamente Badman, o super-herói.

Humor que não funciona
Ao longo de 1h e 20 minutos que mais pareceram 3 horas de duração o roteiro tenta arrancar risadas do espectador com piadas sem graça, de tom duvidoso e que chegam, em alguns momentos a causar estranheza e sentimento de vergonha alheia. As piadas não funcionam e em raros momentos, dois, conseguiram me arrancar uma risadinha leve.



Boa escolha de referências
Durante o filme várias cenas clássicas de filmes de heróis são referenciadas, como a cena do beijo do primeiro Homem-Aranha e até a cena dos vingadores se preparando para batalha em NY. Um exemplo disso é o próprio nome do super herói, Badman, que rima com... Batman!

Cenas de luta bem coreografadas, e é só
É só mesmo...

Uma oportunidade perdida
Super Quem? Heróis por Acaso tem uma boa premissa mas faltou um bom desenvolvimento de roteiro que se perde tentando encaixar piadas de cunho duvidoso que somente irão divertir aquelas pessoas que gostam de um humor mais ácido e um plot-twist que se tivesse sido mais bem trabalhado deixaria aquele sentimento de "POR ESSA EU NÃO ESPERAVA".

Nota 2.0 / 5.0 

Crítica | Lilo, Lilo, Crocodilo


Javier Bardem se divertindo, cantando e dançando junto com um Crocodilo em uma comédia musical feita para relaxar, divertir e encantar de tanta fofura... é sem dúvidas algo que eu só acreditaria vendo, e dia 02 de novembro essa mistura divertida chega aos cinemas em Lilo, Lilo, Crocodilo.  

A trama acompanha um simpático crocodilo vivendo em uma casa na East 88th Street, em Nova York. Apesar de Lilo ajudar a família Primm nas tarefas diárias e brincar com as crianças da vizinhança, um vizinho mal-humorado insiste que ele deve ser enviado a um zoológico. Para mudar a opinião de Mr. Grumps e sua gata, Loretta, que detestam crocodilos, Lilo terá que provar que não é tão ruim quanto os outros podem pensar, mas tudo o que ele faz para conquistá-los parece dar errado.

O CGI que todo filme merecia
Até hoje, mesmo depois de tanta evolução tecnológica as vezes nos deparamos com alguns filmes em que o uso do CGI é mal feito, e nesse aspecto temos em Lilo, Lilo, Crocodilo algo realmente bem trabalhado, afinal, ao colocar um crocodilo animado para atuar com atores reais misturando o mundo Live Action com personagens animados não era uma tarefa fácil e que aqui é tirada de letra pois tudo é muito orgânico e palpável visualmente, sem falar que o Crocodilo é maravilhoso, sempre que está em tela se destaca e contrasta com a ambientação perfeita da Nova York dos sonhos.


Javier Bardem, o Homem, o Mito, A Lenda.
Se o personagem principal em CGI se destaca a responsabilidade do personagem interpretado por Bardem ganha um peso ainda maior, e mais uma vez vemos um Javier Bardem imprimindo seu atestado de ator brilhante, todos os problemas de seu personagem são demonstrados de uma forma clara pelo rosto do ator e embora seu personagem seja brincalhão e extravagante em tela, nas entrelinhas é perceptível um drama interno e quão difícil é a busca constante pelo sucesso.  

Família e a Superação
O Roteiro do longa é adaptado de uma série de livros que possuem o mesmo nome, e nessa adaptação uma das coisas que se mantem é o desejo da superação, a família Primm, principalmente Josh são cheios de questões internas a resolver, Josh tem medo de ir para uma escola nova, o Pai tem medo de assumir um trabalho novo e Lilo o Crocodilo tem medo de cantar em público, toda essa junção de medos fazem com o roteiro sirva como uma grande terapia em família em que cada um tem um papel importante na superação dos seus medos e na descoberta do verdadeiro potencial embutido tanto no Lilo quanto nos integrantes da família Primm.  


Um cantor pra lá de POP
Na versão original Lilo é dublado por Shawn Mendes, e o cantor assume o compromisso com o projeto e entrega varias canções bem escritas e cantadas, na versão nacional as músicas ganharam novas versões e isso acaba por deixar Shawn Mendes um pouco de lado na versão em português, mas esse era um mal necessário por se tratar de um musical para um público infantil é fato que a versão dublada atrairá mais pessoas ao cinema, mas, não somos o "país da dublagem" atoa, mais uma vez o trabalho de dublagem é notável, as músicas foram bem adaptadas e no fim o saldo é positivo, mesmo que sem a voz de Shawn Mendes, a dica é assistir ao filme duas vezes.

Para crianças e adultos
Lilo, Lilo, Crocodilo é um filme para crianças que traz diversão para os pequenos e uma bela mensagem de superação, companheirismo e família para os adultos, sem dúvidas é um dos musicais que servirá como porta de entrada ao gênero para diversas pessoas, afinal, é leve, fofo, engraçado e divertido.

Nota 4.5 / 5.0