23/06/2023

CRÍTICA | INDIANA JONES E A RELIQUIA DO DESTINO

O quinto filme da icônica série de filmes Indiana Jones, chamada "Indiana Jones e a Relíquia do Destino" chega aos cinemas dia 29 de junho e traz de volta o lendário arqueólogo, interpretado brilhantemente por Harrison Ford, em uma missão cheia de ação, emoção e nostalgia. 

Logo de cara podemos dizer que o filme consegue resgatar perfeitamente a essência da franquia, algo que o último filme não conseguiu fazer, e ainda presta uma bela homenagem ao talento duradouro de Ford, explorando novas ideias e revivendo com estilo franquia Indiana Jones.

Uma das coisas mais impressionantes do filme é o CGI utilizado para rejuvenescer Harrison Ford e nos transportar para sua juventude durante o ato inicial. Essa tecnologia é um verdadeiro marco, e é fascinante pensar que em breve poderemos ver outros atores sendo retratados com uma qualidade impressionante apenas por meio do CGI. A equipe de efeitos visuais merece destaque por essa conquista, isso não é novidade no mundo do cinema, mas estamos bem próximos de não conseguir mais distinguir realidade de CGI quando se trata de atores rejuvenescidos.

Outro aspecto interessante do filme é a forma como ele brinca com a viagem no tempo, despertando a curiosidade do espectador e deixando um gostinho de quero mais. Essa abordagem traz uma nova dimensão à história de Indiana Jones e adiciona uma camada de suspense e surpresa que cai bem para a franquia, renovando e conquistando novos fãs.

O roteiro do filme, no entanto, apresenta uma pequena falha ao criar uma barriga desnecessária, resultando em alguns momentos arrastados que quebram o ritmo geral do filme. No entanto, essas falhas são compensadas pelos momentos de ação e aventura que brilham intensamente. As sequências de perseguição, os confrontos emocionantes e os enigmas arqueológicos mantêm a adrenalina e o interesse do público.

Falando em renovação, não podemos deixar de falar dos atores, com destaque obviamente para Harrison Ford como o carismático protagonista, e para Mads Mikkelsen como o imponente e cativante vilão Jürgen Voller, por fim Phoebe Waller-Bridge como a afilhada de Indiana Jones, Helena Shaw. A química entre o elenco, a entrega convincente dos personagens e o equilíbrio entre humor, ação e emoção elevam a experiência do filme, proporcionando ao público uma aventura envolvente.

Indiana Jones e a Relíquia do Destino é uma aventura divertida que entretém e emociona. Embora tenha seus momentos arrastados devido ao roteiro, o filme resgata a essência da franquia de forma admirável e oferece uma experiência nostálgica para os fãs.

Nota: 4.0/5.0

19/06/2023

CRÍTICA | SEDE ASSASSINA


"Sede Assassina" é um filme de suspense policial repleto de ação que segue a história de Eleanor, interpretada de forma convincente por Shailene Woodley. Eleanor é uma jovem investigadora que é chamada à cena de um crime brutal cometido por um assassino em massa. Enquanto a polícia e o FBI se empenham em uma caçada desesperada para identificar e capturar o assassino, Eleanor percebe que ela pode ser a única capaz de entender a mente perturbada desse criminoso.

O destaque mais evidente do filme é o excelente clima de suspense que é criado. Os momentos de silêncio desconcertante e a tensão crescente são bem executados, contribuindo para uma atmosfera perfeita de mistério e inquietação. Esses momentos ajudam a manter o interesse do público e criam expectativas para o desfecho.

No entanto, o roteiro apresenta algumas falhas que prejudicam a experiência geral. O principal problema reside na falta de exploração da profundidade necessária dos temas abordados. Embora o filme toque em questões como poder, o tratamento da sociedade a pessoas vulneráveis e a própria investigação do caso, fica difícil discernir quais desses aspectos o filme realmente deseja abordar. Essa falta de clareza e foco acaba resultando em uma sensação de história incompleta.



O elenco e a direção são os pontos mais fortes de "Sede Assassina". Shailene Woodley entrega uma performance sólida como Eleanor, transmitindo a inteligência e dedicação da personagem. Sua interpretação traz à tona a bagagem emocional que Eleanor carrega de seu passado, incluindo tentativas de suicídio, adicionando camadas de complexidade ao seu papel.

A direção consegue manter o ritmo do filme, criando sequências de ação envolventes e mantendo o espectador na expectativa. A cinematografia é eficiente na criação de uma atmosfera sombria e tensa, combinando bem com o gênero do filme.

Apesar de suas falhas, "Sede Assassina" ainda consegue entreter com seu suspense e a atuação cativante de Shailene Woodley. Os momentos de silêncio desconcertante são o ponto alto da experiência, mantendo o público na beira de seus assentos. No entanto, a falta de desenvolvimento adequado do roteiro e a falta de clareza em relação aos temas abordados acabam prejudicando o potencial do filme. É uma produção que deixa um pouco a desejar, mas ainda pode ser apreciada pelos fãs do gênero policial e de suspense.

Nota: 3.5/5.0

CRÍTICA | ELEMENTOS


Elementos é um encantador filme de animação que nos transporta para a sociedade extraordinária da cidade Elementos, onde os quatro elementos da natureza vivem em "perfeita" harmonia: ar, terra, fogo e água. A história gira em torno de Faísca, uma mulher espirituosa com um grande senso de humor, e Gota, um jovem empático e extrovertido. Apesar de suas diferenças, eles se apaixonam e embarcam em um romance complicado. O filme aborda temas como seguir o próprio caminho e estar ao lado daqueles que nos fazem bem, mesmo que a combinação seja improvável, como água e fogo.

A animação de Elementos é de tirar o fôlego. A Pixar mais uma vez demonstra sua habilidade em criar mundos vibrantes e visualmente deslumbrantes. A Cidade Elemento é ricamente detalhada, com cada elemento tendo sua própria estética e atmosfera única. Os efeitos visuais são impressionantes, especialmente nas cenas que envolvem o fogo e a água interagindo, criando belos contrastes e momentos visualmente impactantes.

No entanto, apesar da qualidade técnica da animação, o roteiro de Elementos não se arrisca muito. Ele segue uma fórmula familiar e acaba mantendo a Pixar em sua zona de conforto. Embora seja agradável e bem-executado, o filme não entrega nada verdadeiramente surpreendente, como produções anteriores, como "Divertidamente" e "Soul". Para aqueles que estão familiarizados com o a Pixar, pode haver uma sensação de déjà vu ao assistir Elementos.


O ponto forte do filme são os personagens. Faísca e Gota são carismáticos e cativantes, tornando sua jornada muito envolvente ao longo das uma hora e quarenta minutos de duração. Suas personalidades contrastantes e o romance complicado entre eles fornecem momentos de humor, mas também exploram questões mais profundas relacionadas às diferenças e ao amor incondicional. As famílias peculiares dos personagens também são bem desenvolvidas, representando culturas diferentes que raramente se misturam. Essa mistura destaca a conexão entre o mundo criativo do filme e o mundo real, onde diferentes culturas e origens se encontram.

As piadas e momentos emocionais de Elementos funcionam muito bem. O filme consegue equilibrar momentos engraçados, que garantem risadas, com momentos mais delicados e emocionais que ressoam com o espectador. A capacidade da Pixar de criar animações que agradam a públicos de diferentes idades e evocar uma variedade de sentimentos é evidente mais uma vez.


Outro destaque é a dublagem impecável, que traz um toque local ao adaptar as falas dos personagens com gírias e piadas que funcionam especificamente no Brasil. A inclusão de referências culturais, como o jogador de basquete chamado Oscar, vestindo verde e amarelo, fazendo uma homenagem ao lendário jogador brasileiro Oscar Schmidt, é um acerto do filme. Fica a dúvida se essas referências serão presentes em todas as versões do filme ou se serão adaptadas para cada país, proporcionando uma experiência mais autêntica para o público local.

Em um ano repleto de grandes animações, Elementos se destaca, mas não consegue atingir o patamar elevado das obras mais marcantes da Pixar. Embora seja um filme encantador, que certamente irá entreter e emocionar os espectadores, falta uma surpresa e originalidade para colocá-lo no mesmo nível de clássicos do estúdio. No entanto, a animação ainda é agradável e prova que o estúdio continua a criar histórias cativantes e visualmente impressionantes.

Elementos é uma animação excepcionalmente bem-feita, repleta de mensagens inspiradoras sobre seguir o seu próprio caminho e ser verdadeiramente você ao lado daqueles que te fazem bem, mesmo quando a combinação parece improvável, como água e fogo.

Nota: 4.5/5.0

14/06/2023

CRÍTICA | THE FLASH


No próximo dia 15 de junho, finalmente chega às telonas o tão aguardado filme do Flash, trazendo consigo a esperança de um novo rumo no DCU. Com uma trama envolvente que explora a viagem no tempo e as múltiplas realidades temos aqui uma homenagem digna e divertida aos fãs da DC.

The Flash é o filme solo do herói estrelado pelo ator Ezra Miller. Todo mundo já pensou em voltar no tempo para mudar alguma coisa que incomodou na vida, é por isso que Flash decide fazer o mesmo. Depois dos eventos de Liga da Justiça, Barry Allen decide viajar no tempo para evitar o assassinato de sua mãe, pelo qual seu pai foi injustamente condenado à cadeia. O que ele não imaginava seria que sua atitude teria consequências catastróficas para o universo. Ao voltar no tempo, Allen se vê em um efeito borboleta e começa a viajar entre mundos diferentes do seu. Para voltar para seu plano original, Flash contará com a ajuda de versões de heróis já conhecidas como os Batman de Michael Keaton e Ben Affleck, para evitar mais quebras entre universos e voltar ao "normal".


Flash é uma aventura empolgante que mergulha de cabeça no conceito de viagem no tempo, entregando um filme completamente divertido. Ezra Miller manda bem no papel de Barry Allen, trazendo o carisma e a energia necessárias ao personagem. Sua interação com diferentes versões de si mesmo nos múltiplos universos é um dos pontos altos da trama, e garantem boas risadas pelas situações que são criadas. O roteiro é bem amarrado e consegue equilibrar a ação frenética com momentos mais emotivos, explorando a motivação pessoal de Flash em mudar o passado e salvar sua mãe.

Uma das grandes conquistas do filme é a forma como ele lida com a história do Flash nos quadrinhos, adaptando o aclamado arco de "Flashpoint". Ao trazer Michael Keaton e outros atores icônicos de volta aos papéis que interpretaram no passado, e aqui temos algumas boas surpresas que não valem ser citadas para não atrapalhar a experiencia, o filme não apenas satisfaz os fãs mais antigos, como também abre portas para um futuro promissor no DCU. Essa inclusão dos multiversos e a interação entre diferentes heróis é o fanservices que todos esperavam, e que amplia as possibilidades narrativas e deixa os fãs animados com o que pode vir por aí.

No entanto, um ponto que deixa a desejar é o CGI. Em alguns momentos, a qualidade dos efeitos visuais deixa a desejar, parecendo pouco polidos ou até mesmo artificiais demais. Considerando o orçamento e o potencial do filme, era de se esperar um trabalho mais cuidadoso nesse aspecto. Essa falha técnica acaba sendo um pouco prejudicial para a imersão, pois fica evidente que o CGI não está à altura do filme.


Apesar desse ponto negativo, The Flash é um filme que entretém e emociona. A jornada de Barry Allen por diferentes universos é repleta de momentos divertidos, referências inteligentes e reviravoltas surpreendentes. O elenco entrega atuações consistentes, com destaque para Ezra Miller, que demonstra sua versatilidade ao interpretar diferentes versões do herói. A direção habilidosa e a trilha sonora envolvente contribuem para uma experiência vibrante e divertida.

Não podemos deixar de falar do momento mais nostálgico do filme que sem dúvidas, é o retorno de Michael Keaton ao papel icônico do Batman. Após tantos anos desde sua última interpretação como o Cavaleiro das Trevas, ver Keaton novamente vestindo o traje do herói é uma verdadeira celebração para os fãs de longa data. Sua presença traz uma carga de história e uma conexão profunda com a memória afetiva do público, e vê-lo mais uma vez como o Batman é um verdadeiro presente para os fãs.

The Flash é uma adição excelente ao universo dos super-heróis da DC. Com sua trama envolvente, personagens carismáticos e uma abordagem criativa da viagem no tempo, o filme diverte e deixa um gostinho de quero mais...

Nota 4.0/5.0

06/06/2023

CRÍTICA | Transformers: O Despertar das Feras

 


"Transformers: O Despertar das Feras" é uma adição empolgante à série de filmes dos Transformers, oferecendo aos fãs uma nova aventura repleta de ação e emoção. A ambientação nos anos 1990 traz uma nostalgia encantadora, enquanto nos leva a uma jornada global cheia de perigos e reviravoltas. A trama familiar e de amizade entre robôs e humanos é um dos pontos fortes do filme, cativando o público e criando um vínculo emocional com os personagens.

As cenas de ação são espetaculares e bem realizadas, mantendo os espectadores vidrados na tela do início ao fim. A batalha entre os Autobots e Decepticons, com a adição dos Maximals, Predacons e Terrorcons, traz uma intensidade que deixa o coração acelerado. Os efeitos visuais são impressionantes, com transformações fluidas e detalhes meticulosos nos designs dos robôs, trazendo vida aos personagens icônicos da franquia.


No entanto, uma crítica válida é o grande número de personagens, o que acaba resultando em uma falta de desenvolvimento individual de suas trajetórias. Com tantos robôs e humanos envolvidos, alguns personagens acabam sendo subutilizados, deixando uma sensação de que suas histórias poderiam ter sido mais exploradas. Isso não compromete o entretenimento do filme, mas deixa uma leve sensação de insatisfação ao não vermos todos os arcos individuais sendo totalmente explorados.

Apesar desse pequeno ponto negativo, "Transformers: O Despertar das Feras" é um filme emocionante que oferece uma experiência empolgante para os fãs da franquia. A direção habilidosa e a trama envolvente mantêm o público imerso na ação, enquanto os momentos de calma e reflexão trazem um equilíbrio necessário à narrativa. O elenco faz um excelente trabalho em trazer vida aos personagens, com destaque para Anthony Ramos como Noah e Dominique Fishback como Elena, que entregam performances convincentes e carismáticas.


Além disso, a conexão com a série de animação "Beast Wars: Transformers" é um deleite para os fãs mais antigos, oferecendo um vislumbre nostálgico do passado da franquia. A reinvenção da saga dos Autobots e Decepticons apresentada na série original é respeitada e bem explorada, adicionando camadas adicionais à história. Os fãs vão adorar ver as referências e os elementos familiares incorporados de maneira habilidosa no enredo.

No geral, "Transformers: O Despertar das Feras" é uma adição digna à série de filmes Transformers, proporcionando uma experiência emocionante e repleta de ação. Embora a falta de desenvolvimento individual dos personagens seja um pequeno ponto negativo, o filme compensa com uma narrativa envolvente, cenas de ação impressionantes e uma conexão nostálgica com o universo dos Transformers. Os fãs da franquia e os espectadores em geral certamente encontrarão muitos momentos emocionantes e empolgantes ao assistir a esse filme.

Nota: 3.0/5.0