20/12/2023

CRÍTICA | PATOS!


"Patos!", a mais recente animação do estúdio Universal Pictures, entrega uma narrativa encantadora que se destaca por sua divertida abordagem da vida da família Mallard, uma família de patos. Com o pedigree do mesmo estúdio responsável por sucessos como Minions, Meu Malvado Favorito, Sing e Pets, era de se esperar que "Patos!" também se destacasse, e certamente não decepciona.

A história segue a vida rotineira e monótona da família Mallard em um belíissimo laguinho, até a chegada de um grupo de patos imigrantes em uma pausa de sua migração para a Jamaica. A chegada do grupo acende o sonho da família de se aventurar conhecer o mundo, menos do pai, Mack, que quer manter a família a salvo dos perigos mundanos no monótono laguinho. Após convencer Mack a se aventurar e migrar para a Jamaica, a família embarca em uma longa aventura, desencadeando uma jornada emocionante e cheia de reviravoltas.

A beleza da animação é um ponto alto do filme. Assim como outras produções do estúdio, "Patos!" apresenta visuais deslumbrantes, com paisagens vibrantes e personagens expressivos, com destaque para os filhos, o adolescente Dax e a patinha Gwen. A atenção aos detalhes na animação é evidente, criando um mundo colorido e imersivo que cativa tanto crianças quanto adultos.


"Patos!" também se destaca pela trilha sonora e pela dublagem talentosa. A trilha sonora, meticulosamente escolhida para complementar as cenas e a atmosfera do filme, adiciona uma camada adicional de emoção e diversão à experiência cinematográfica. Tem uma cena de dança que é simplesmente encantadora.

A dublagem é peça crucial para o sucesso de qualquer animação, e em "Patos!" é impecável. Os dubladores dão vida aos personagens de maneira vibrante e autêntica, tornando fácil para o público se conectar emocionalmente com as aventuras e desafios enfrentados pela família Mallard. A química entre os dubladores transmite a essência dos personagens, proporcionando momentos engraçados e tocantes que contribuem significativamente para a qualidade do filme. Entre as vozes brasileiras temos Sérgio Stern como Mack, Priscila Amorim como Pam, Sam Vileti como Dax e Melinda Saide como Gwen. Integram ainda o time de dubladores as vozes de Danni Suzuki como Lelé, Henrique Fogaça como Chef, Cláudia Raia com Erin e Ary Fontoura como Tio Dan.

"Patos!" é um verdadeiro deleite para todas as idades. A combinação de uma narrativa envolvente, animação deslumbrante e trilha sonora cativante cria um ambiente nos mantém entretidos do início ao fim. As situações vivenciadas pela família Mallard proporcionam risadas e momentos de ternura, tornando "Patos!" uma experiência cinematográfica verdadeiramente divertida.


A lição "Patos!" é uma mensagem atemporal e inspiradora. A história destaca a importância de sair da zona de conforto, enfrentar desafios e se arriscar para descobrir o que o mundo tem a oferecer. A jornada da família Mallard é um lembrete de que a vida se torna verdadeiramente significativa quando nos permitimos explorar novas possibilidades e abraçar o desconhecido.

Em resumo, "Patos!" é uma adição notável ao catálogo de animações da Universal Pictures. Com sua história envolvente, animação belíssima e lição valiosa, o filme é uma escolha acertada para um público de todas as idades, proporcionando entretenimento e reflexão de maneira igualmente encantadora.

CRÍTICA | PRISCILLA


A grande parceria entre Priscilla Presley e Sofia Coppola é uma fusão peculiar da cultura pop: Priscilla, cruzou o caminho do ícone pop Elvis Presley aos 14 anos e mais tarde fixou residência com Elvis em Graceland. "Priscilla" não decepciona: o filme inicia com o característico estilo de Coppola, mostrando pés descalços deslizando sobre um tapete felpudo rosa. Ao som de uma linda melodia, testemunhamos os elementos essenciais do icônico visual de Priscilla se manifestando: o delineador em forma de asa de morcego, os cílios postiços, o Aqua Net. Se há algo em que podemos confiar em Coppola, é na habilidade de capturar a estética da América da metade do século, em sua forma mais extravagante e ultramoderna.

Contudo, após essa cativante sequência inicial, "Priscilla" mergulha em sua narrativa biográfica, onde os altos e baixos da vida de Priscilla com o Rei são recontados de maneira episódica e mecânica. A história se inicia em 1959, com Priscilla, (interpretada por Cailee Spaeny), como uma estudante do ensino médio vivendo com os pais em uma base da Força Aérea dos EUA na Alemanha. Um encontro casual a leva a uma festa na casa de Elvis em Bad Nauheim, onde ele estava vivendo durante o serviço militar. O encontro resulta no início do relacionamento, com Elvis (Jacob Elordi) se encantando pela adolescente tímida e bonita.



O enredo seguinte segue o roteiro de "Elvis and Me", do qual o filme "Priscilla" foi adaptado. Após a partida de Elvis da Alemanha, Priscilla fica na incerteza sobre o futuro, mas eventualmente é convidada a se juntar a ele em Memphis, com o relutante consentimento de seus pais. A mudança permanente leva Priscilla a completar seus estudos em uma escola secundária católica local, enquanto Elvis, bem mais velho, vive uma vida agitada. A peculiaridade da situação é amenizada pela avó de Elvis, Dodger (Lynne Griffin), e pela comitiva conhecida como a Máfia de Memphis, que protege Priscilla com uma vigilância discreta.

Apesar da singularidade da vida de Priscilla, Coppola adota uma abordagem não julgadora, observando sua bela e impassível protagonista enquanto ela atravessa diferentes fases. No entanto, os cenários não conseguem gerar o hype necessário para elevar "Priscilla" além de uma estética superficial.

Spaeny incorpora notavelmente a semelhança com sua personagem, transformando-se de uma típica adolescente americana em uma figura da moda de cabelos escuros e volumosos. Elordi realiza um trabalho admirável, afastando-se da representação marcante de Austin Butler em "Elvis", oferecendo uma interpretação sutilmente convincente de um carismático jovem do sul. No entanto, Coppola parece limitar seus atores a atingir objetivos em um cenário que se torna monótono e previsível, seja no namoro, casamento ou na inescapável decadência matrimonial após alguns anos.

Por mais meticulosa que seja a recriação de Coppola do visual dourado e da atmosfera surreal de Graceland, bem como da vida de Elvis em Los Angeles e Las Vegas, "Priscilla" carece do esteticismo elevado de sua cinebiografia.


As primeiras cenas na Alemanha são tão pouco iluminadas que parecem ter sido filmadas dentro de um aquário coberto de algas. No entanto, o maior obstáculo do filme é a personagem central, que permanece como uma folha em branco, recessiva ao ponto de ser inerte e recatada a ponto de ser totalmente desinteressante. A intenção de Coppola era provavelmente retratar a vida interna de Priscilla, mas o filme falha em oferecer um vislumbre desse aspecto. Em vez disso, Priscilla parece atordoada e vazia na maior parte do tempo, com diálogos limitados a saudações modestas. A atração dela por Elvis, sugerida como mais estudiosa do que apaixonada, passa despercebida. As cenas do relacionamento deles são apresentadas em montagens tímidas, sem aprofundamento na dinâmica emocional.

Mesmo que a realidade dos eventos seja respeitada, "Priscilla" joga pelo seguro, deixando os espectadores perplexos e ligeiramente entediados. Quando Priscilla finalmente se liberta do controle de Elvis e de sua relação abusiva, enfrentando seus problemas crescentes de drogas e traição, Coppola deseja que torçamos por uma mulher que está se recuperando. No entanto, continuamos sem conhecer totalmente essa mulher ou compreender o impulso que a conduziu até esse ponto, pois simplesmente a história se encerra.

Nota: 2.5/5.0

CRÍTICA | AQUAMAN 2: O REINO PERDIDO


Finalmente, "Aquaman 2: O Reino Perdido" chegou aos cinemas do Brasil, marcando a mais recente incursão da DC nas telonas. No entanto, a grande questão persiste: Aquaman 2 é uma sequência à altura?

O enredo de Aquaman 2 se desenrola alguns anos após os eventos do primeiro filme, apresentando um Aquaman agora pai, dedicando-se à vida cotidiana enquanto cuida de seu filho na superfície. Enquanto isso, o vilão Arraia Negra retorna, determinado a vingar a morte de seu pai, planejando a destruição do Aquaman e tudo que ele ama. A trama se desenrola quando Arraia Negra descobre um tridente que abriga uma antiga ameaça, utilizando-o para colocar seu plano em prática. Para enfrentá-lo, Aquaman se vê obrigado a libertar seu irmão da prisão para que este o ajude a derrotar o vilão.

"Aquaman 2" brilha com cenários deslumbrantes, apresentando uma Atlântida belíssima, enquanto os efeitos especiais, potencializados pela tecnologia IMAX, proporcionam uma experiência visual impressionante. Sob a direção de James Wan, a amplitude dos mares e a diversidade das locações, incluindo o retorno do deserto como parte integrante do filme, são habilmente exploradas.

O filme também se destaca por suas emocionantes cenas de ação, com lutas coreografadas de forma envolvente. Jason Momoa brilha ao incorporar o papel de Aquaman, demonstrando conforto e maestria em suas cenas de combate. Patrick Wilson, reprisando seu papel como Orm, o irmão de Aquaman, também entrega uma atuação notável, estabelecendo uma química convincente em suas interações em cena.


Como antecipado, "Aquaman 2" oferece uma combinação de ação e comédia, repleta de humor presente nos diálogos. Curiosamente, as piadas relacionadas ao universo da cultura pop se destacam, enquanto outras parecem perder seu impacto. O roteiro, embora simples e previsível, opta por uma abordagem convencional caindo no clichê do gênero de super heróis.

Entretanto, é no vilão, Arraia Negra, que o filme tropeça. Suas motivações parecem pouco convincentes, sacrificando tudo em busca de vingança. Além disso, a introdução de um ser superior cria expectativas que, quando finalmente se concretizam, resultam em uma conclusão abrupta, deixando o espectador com a sensação de uma batalha final subdesenvolvida.

No aspecto do roteiro, "Aquaman 2" aborda questões relevantes, destacando especialmente o aquecimento global e a responsabilidade humana na preservação do planeta. Esta abordagem, na minha opinião, é uma jogada inteligente, agregando profundidade à narrativa.

"Aquaman 2: O Reino Perdido" não é melhor que o primeiro filme, mas, oferece um fechamento competente para o Universo Estendido da DC, embora opte por uma história simples em vez de inovações. Sua beleza visual, especialmente em formato IMAX, contribui para uma boa experiência do herói nos cinema.

13/12/2023

Crítica | Wish: o Poder dos Desejos


"Wish", a mais recente investida da Disney na animação, mergulha os espectadores em uma história encantadora e cheia de magia, explorando a conexão entre os desejos humanos e o poder das estrelas. A protagonista, Asha, uma jovem otimista e inteligente, lidera a narrativa com determinação e carisma, tornando-se uma figura moderna e cativante na linha das princesas contemporâneas da Disney.

Visualmente, "Wish" é um espetáculo deslumbrante que combina habilmente CGI e desenhos à mão, criando uma experiência que se assemelha a um filme 3D sem a necessidade de óculos especiais. A cidade utópica de Rosas, situada em uma ilha no Mediterrâneo, é retratada de maneira vibrante e colorida, refletindo a harmonia e a felicidade que o Rei Magnífico busca manter entre seus habitantes.


A trama se desenrola em torno de um conceito intrigante: a entrega do desejo mais profundo de cada residente ao completar 18 anos. Esses desejos são armazenados em uma cúpula que abriga uma variedade de sonhos, criando uma tensão crescente à medida que o Rei decide quais desejos serão realizados. Este cenário inovador oferece uma oportunidade única para explorar questões morais e sociais, embora o filme, em certa medida, opte por uma abordagem mais superficial nesse aspecto.

A música desempenha um papel fundamental em "Wish", com uma trilha sonora que promete agradar a todas as idades. As canções, envolventes e bem executadas, contribuem para a atmosfera mágica do filme, criando momentos memoráveis que certamente ecoarão nas mentes das famílias que assistem.

A história toma um rumo intrigante quando Asha decide desafiar as normas estabelecidas e roubar um desejo para realizar o anseio não atendido de seu avô. Este ato desencadeia uma série de eventos que revelam a natureza do Rei Magnífico, que, à medida que se torna mais poderoso, sucumbe à tentação do poder e da destruição. Essa transformação do Rei é reminiscente de vilões clássicos da Disney, embora a execução possa parecer apressada em alguns momentos.


No entanto, o filme atinge um ponto alto ao meio da trama, quando faz referências intencionais a clássicos da Disney, proporcionando um deleite nostálgico para o público mais maduro. A inclusão de piadas internas e diálogos que tocam em questões adultas adiciona uma camada extra de profundidade ao filme, tornando-o atraente para uma ampla faixa etária.

Um dos pontos de crítica é a simplicidade da bússola moral do filme, que não explora completamente as implicações éticas de conceder desejos. Em comparação com filmes anteriores, como "Bruce, o Todo-Poderoso", "Wish" opta por uma abordagem mais direta, perdendo a oportunidade de explorar questões mais complexas.

Apesar de suas falhas, "Wish" é uma jornada encantadora e envolvente que certamente conquistará o público infantil, enquanto oferece um toque de nostalgia e reflexão para os espectadores mais experientes. A combinação de uma história cativante, visuais deslumbrantes e uma trilha sonora envolvente faz de "Wish" uma adição valiosa ao legado da Disney, proporcionando uma experiência mágica para todas as idades.

CRÍTICA | Minha Irmã e Eu


"Minha Irmã e Eu" é uma comédia brasileira que mergulha na dinâmica única entre duas irmãs, Mirian e Mirelly, interpretadas respectivamente por Ingrid Guimarães e Tatá Werneck. Dirigido por Susana Garcia, conhecida por seu trabalho em "Minha Mãe é uma Peça 3", o filme traz uma proposta de humor leve e familiar, explorando as complexidades das relações familiares.

A trama se desenrola a partir do desaparecimento misterioso de Dona Márcia (Arlete Salles), mãe das protagonistas, após uma discussão entre as irmãs. O roteiro, assinado por Ingrid Guimarães, Verônica Debom, Célio Porto e Leandro Muniz, utiliza esse evento como ponto de partida para uma jornada repleta de reviravoltas e situações cômicas.

Ingrid Guimarães encarna Mirian, uma mulher que optou por uma vida tranquila no interior, dedicada à família e ao lar. Em contrapartida, Tatá Werneck dá vida a Mirelly, uma jovem que aparenta levar uma vida glamorosa nas redes sociais ao lado de celebridades, mas que, na verdade, enfrenta desafios e perrengues na vida real. A dinâmica entre as duas atrizes é o ponto central do filme, explorando os altos e baixos dessa relação, proporcionando momentos tanto hilários quanto emocionantes.


O filme não se limita apenas ao humor das protagonistas. Participações especiais, como as de Chitãozinho e Xororó, adicionam um toque especial à narrativa. A inclusão de músicos e atores conhecidos, como Lázaro Ramos e Iza, interpretando a si mesmos, contribui para a atmosfera descontraída do filme.

A direção de Susana Garcia mantém um ritmo ágil, conduzindo a audiência por uma aventura pelas estradas do interior de Goiás. A escolha de cenários e a cinematografia capturam a beleza e a simplicidade do interior, criando uma atmosfera autêntica para a história.

A comédia é pontuada por momentos de reflexão sobre a importância da família e das relações interpessoais. A jornada das irmãs em busca da mãe desaparecida serve como catalisador para o desenvolvimento de seus personagens, explorando temas como perdão, compreensão e união familiar.

"Minha Irmã e Eu" não se propõe a ser uma comédia inovadora, mas cumpre com eficácia sua missão de entreter o público com risadas e situações inusitadas. A química entre Ingrid Guimarães e Tatá Werneck é evidente, proporcionando momentos de diversão genuína. Com uma abordagem leve e familiar, o filme é uma opção agradável para quem busca uma comédia descontraída com toques de emoção.

06/12/2023

crítica | UMA CARTA PARA O PAPAI NOEL

 


"Uma Carta para Papai Noel" é uma emocionante jornada que combina a magia do Natal com uma mensagem poderosa sobre empatia, amizade e a importância de adotar crianças mais velhas no Brasil. Sob a direção habilidosa de Gustavo Spolidoro, o filme nacional cativa o público de todas as idades, oferecendo uma experiência encantadora e repleta de significado.

A trama se desenrola com a recepção de uma carta comovente de Jonas, um adorável órfão de oito anos, que nunca experimentou o prazer de receber presentes de Natal. O roteiro, assinado pelo diretor e Gibran Dipp, traz uma abordagem sensível ao explorar as expectativas de Jonas sobre a vida do Papai Noel além das festividades natalinas. A partir desse ponto, somos guiados por uma aventura envolvente enquanto Papai Noel, interpretado de maneira carismática por José Rubens Chachá, decide desvendar o mistério dos presentes ausentes.

A narrativa não apenas entrega um conto mágico, mas também aborda questões sociais relevantes. Através da amizade entre Papai Noel e as crianças do abrigo, o filme destaca a triste realidade das dificuldades enfrentadas por crianças mais velhas em busca de adoção no Brasil. A abordagem sensível e honesta dessa temática adiciona camadas profundas à história, proporcionando uma reflexão significativa para o público.

O elenco infantil, liderado por Caetano Rostro Gomes como Jonas, entrega performances cativantes e autênticas, reforçando a empatia do público pelos personagens. A preparação das crianças, sob a direção de Adriano Basegio, é evidente, contribuindo para a autenticidade das relações e emoções retratadas.

A produção visual do filme é notável, com cenas filmadas em diversas localidades no Rio Grande do Sul, proporcionando uma atmosfera alegre e autêntica. O diretor de fotografia Bruno Polidoro e o diretor de arte Tiago Retamal desempenham papéis cruciais na criação de um universo visualmente atraente, onde os efeitos especiais contribuem para a magia da narrativa.


A trilha sonora original, composta por Arthur de Farias e Fernanda Takai, é um complemento encantador, acentuando as emoções do filme de maneira harmoniosa. A inclusão da música "Sobre o Tempo" da banda Pato Fu, interpretada por Fernanda Takai, adiciona um toque nostálgico e emocionalmente ressonante à trilha sonora.

O apoio financeiro da Agência Nacional do Cinema (ANCINE) e do Fundo Setorial do Audiovisual (FSA) é evidente na produção de alta qualidade, destacando o compromisso em trazer narrativas brasileiras impactantes para o cinema.

Um diferencial notável do filme são as várias cenas pós-créditos, que não apenas surpreendem o espectador, mas também reforçam a conexão entre o elenco e o público. A iniciativa de incentivar selfies com o elenco é uma forma encantadora de envolver o público, criando uma experiência interativa única.

Além da magia do Natal, "Uma Carta para Papai Noel" deixa uma marca duradoura ao abordar a realidade das crianças mais velhas em busca de adoção no Brasil. A mensagem sobre a importância do apadrinhamento e a dificuldade que essas crianças enfrentam durante as festividades natalinas ressoa profundamente, tornando o filme não apenas uma celebração do espírito natalino, mas também uma chamada à ação para a sociedade.

"Uma Carta para Papai Noel" é uma produção brasileira que chama atenção combinando magia, aventura e reflexão social de maneira equilibrada o filme é uma experiência cativante para toda a família. O filme não apenas aquece os corações durante a temporada de festas, mas também deixa uma mensagem duradoura de compaixão e solidariedade.

Nota: 4.0/5.0

CRÍTICA | WONKA


"Wonka" chega aos cinemas no dia 07 de dezembro como uma explosão de cores, música e magia, oferecendo uma visão encantadora das origens do icônico Willy Wonka. Inspirado no clássico livro "A Fantástica Fábrica de Chocolate" de Roald Dahl, o filme nos leva a uma jornada repleta de humor, emoção e, é claro, muita diversão.

Desde o primeiro momento, o filme consegue cativar o público com a promessa de uma experiência cinematográfica única. A característica marcante dos filmes do universo de A Fantástica Fábrica de Chocolate se mostra presente, recheando a narrativa com músicas envolventes que se tornam irresistíveis, mesmo para os que não gostam tanto assim de musicais. As canções compostas e coreografadas, ficam na mente de quem assiste ao filme de um jeito bem surpreendente, proporcionando ao filme uma trilha sonora deliciosamente memorável que dita o tom engraçado do filme.


A estética do filme é sem dúvidas um dos pontos altos aqui, apresentando um mundo doce e lúdico, repleto de magia e visualmente chamativo. A abordagem menos carregada em comparação com os filmes anteriores, não diminui sua marcante presença na tela. A doçura e a excentricidade do universo de Wonka são retratadas de maneira cativante, criando um ambiente que prende a atenção e estimula a imaginação.

O roteiro, focado na origem de Wonka, é um deleite para os fãs e com certeza vai capturar novos espectadores. Os momentos emocionais são explorados com sensibilidade, envolvendo o público na jornada desde a origem humilde do personagem até a realização de seu sonho de criar a maior fábrica de chocolates do mundo. A expansão da história revela detalhes fascinantes, proporcionando uma conexão mais profunda com o protagonista.

Além dos momentos tocantes, o roteiro é cheio de piadas bem construídas, oferecendo uma experiência equilibrada entre comédia e emoção. Durante as duas horas de projeção, o público é levado a risadas frequentes, graças à sagacidade do texto e à execução brilhante do elenco.


Timothée Chalamet brilha no papel de Willy Wonka, exibindo carisma e talento na mesma proporção. Sua interpretação encantadora e envolvente, especialmente nos momentos musicais, consolida sua posição como uma presença promissora no mundo do entretenimento. O elenco de apoio, incluindo a nova versão do Oompa Loompa interpretado por Hugh Grant, também merece destaque, contribuindo para o charme e a diversão do filme.

"Wonka" é divertido, leve e esteticamente atraente, deixa no fim um gostinho doce de "quero mais", proporcionando uma jornada emocionante através do universo encantador de Willy Wonka. Uma combinação perfeita de magia, música, caos, afeição e humor que certamente encantará públicos de todas as idades, é o tipo de filme que vale assistir varias vezes no cinema.

Nota: 5.0/5.0