20/12/2023
CRÍTICA | PATOS!
CRÍTICA | PRISCILLA
A grande parceria entre Priscilla Presley e Sofia Coppola é uma fusão peculiar da cultura pop: Priscilla, cruzou o caminho do ícone pop Elvis Presley aos 14 anos e mais tarde fixou residência com Elvis em Graceland. "Priscilla" não decepciona: o filme inicia com o característico estilo de Coppola, mostrando pés descalços deslizando sobre um tapete felpudo rosa. Ao som de uma linda melodia, testemunhamos os elementos essenciais do icônico visual de Priscilla se manifestando: o delineador em forma de asa de morcego, os cílios postiços, o Aqua Net. Se há algo em que podemos confiar em Coppola, é na habilidade de capturar a estética da América da metade do século, em sua forma mais extravagante e ultramoderna.
CRÍTICA | AQUAMAN 2: O REINO PERDIDO
13/12/2023
Crítica | Wish: o Poder dos Desejos
A trama se desenrola em torno de um conceito intrigante: a entrega do desejo mais profundo de cada residente ao completar 18 anos. Esses desejos são armazenados em uma cúpula que abriga uma variedade de sonhos, criando uma tensão crescente à medida que o Rei decide quais desejos serão realizados. Este cenário inovador oferece uma oportunidade única para explorar questões morais e sociais, embora o filme, em certa medida, opte por uma abordagem mais superficial nesse aspecto.
A música desempenha um papel fundamental em "Wish", com uma trilha sonora que promete agradar a todas as idades. As canções, envolventes e bem executadas, contribuem para a atmosfera mágica do filme, criando momentos memoráveis que certamente ecoarão nas mentes das famílias que assistem.
A história toma um rumo intrigante quando Asha decide desafiar as normas estabelecidas e roubar um desejo para realizar o anseio não atendido de seu avô. Este ato desencadeia uma série de eventos que revelam a natureza do Rei Magnífico, que, à medida que se torna mais poderoso, sucumbe à tentação do poder e da destruição. Essa transformação do Rei é reminiscente de vilões clássicos da Disney, embora a execução possa parecer apressada em alguns momentos.
Um dos pontos de crítica é a simplicidade da bússola moral do filme, que não explora completamente as implicações éticas de conceder desejos. Em comparação com filmes anteriores, como "Bruce, o Todo-Poderoso", "Wish" opta por uma abordagem mais direta, perdendo a oportunidade de explorar questões mais complexas.
Apesar de suas falhas, "Wish" é uma jornada encantadora e envolvente que certamente conquistará o público infantil, enquanto oferece um toque de nostalgia e reflexão para os espectadores mais experientes. A combinação de uma história cativante, visuais deslumbrantes e uma trilha sonora envolvente faz de "Wish" uma adição valiosa ao legado da Disney, proporcionando uma experiência mágica para todas as idades.
CRÍTICA | Minha Irmã e Eu
A trama se desenrola a partir do desaparecimento misterioso de Dona Márcia (Arlete Salles), mãe das protagonistas, após uma discussão entre as irmãs. O roteiro, assinado por Ingrid Guimarães, Verônica Debom, Célio Porto e Leandro Muniz, utiliza esse evento como ponto de partida para uma jornada repleta de reviravoltas e situações cômicas.
Ingrid Guimarães encarna Mirian, uma mulher que optou por uma vida tranquila no interior, dedicada à família e ao lar. Em contrapartida, Tatá Werneck dá vida a Mirelly, uma jovem que aparenta levar uma vida glamorosa nas redes sociais ao lado de celebridades, mas que, na verdade, enfrenta desafios e perrengues na vida real. A dinâmica entre as duas atrizes é o ponto central do filme, explorando os altos e baixos dessa relação, proporcionando momentos tanto hilários quanto emocionantes.
O filme não se limita apenas ao humor das protagonistas. Participações especiais, como as de Chitãozinho e Xororó, adicionam um toque especial à narrativa. A inclusão de músicos e atores conhecidos, como Lázaro Ramos e Iza, interpretando a si mesmos, contribui para a atmosfera descontraída do filme.
A direção de Susana Garcia mantém um ritmo ágil, conduzindo a audiência por uma aventura pelas estradas do interior de Goiás. A escolha de cenários e a cinematografia capturam a beleza e a simplicidade do interior, criando uma atmosfera autêntica para a história.
A comédia é pontuada por momentos de reflexão sobre a importância da família e das relações interpessoais. A jornada das irmãs em busca da mãe desaparecida serve como catalisador para o desenvolvimento de seus personagens, explorando temas como perdão, compreensão e união familiar.
"Minha Irmã e Eu" não se propõe a ser uma comédia inovadora, mas cumpre com eficácia sua missão de entreter o público com risadas e situações inusitadas. A química entre Ingrid Guimarães e Tatá Werneck é evidente, proporcionando momentos de diversão genuína. Com uma abordagem leve e familiar, o filme é uma opção agradável para quem busca uma comédia descontraída com toques de emoção.
06/12/2023
crítica | UMA CARTA PARA O PAPAI NOEL
A trama se desenrola com a recepção de uma carta comovente de Jonas, um adorável órfão de oito anos, que nunca experimentou o prazer de receber presentes de Natal. O roteiro, assinado pelo diretor e Gibran Dipp, traz uma abordagem sensível ao explorar as expectativas de Jonas sobre a vida do Papai Noel além das festividades natalinas. A partir desse ponto, somos guiados por uma aventura envolvente enquanto Papai Noel, interpretado de maneira carismática por José Rubens Chachá, decide desvendar o mistério dos presentes ausentes.
A narrativa não apenas entrega um conto mágico, mas também aborda questões sociais relevantes. Através da amizade entre Papai Noel e as crianças do abrigo, o filme destaca a triste realidade das dificuldades enfrentadas por crianças mais velhas em busca de adoção no Brasil. A abordagem sensível e honesta dessa temática adiciona camadas profundas à história, proporcionando uma reflexão significativa para o público.
CRÍTICA | WONKA
"Wonka" é divertido, leve e esteticamente atraente, deixa no fim um gostinho doce de "quero mais", proporcionando uma jornada emocionante através do universo encantador de Willy Wonka. Uma combinação perfeita de magia, música, caos, afeição e humor que certamente encantará públicos de todas as idades, é o tipo de filme que vale assistir varias vezes no cinema.
29/11/2023
Crítica | Digimon Adventure 02: O Início
Durante o filme Davis e Ken tem muito mais destaque que TK, Kari, Yolei e Cody, o entrosamento entre eles é muito legal mas de fato veremos menos do resto do grupo em comparação com os protagonistas, deixando os outros digiescolhidos e seus Digimon um pouco “apagados”. Mas no final o saldo é positivo e te deixa ansioso e com um gostinho de quero mais das histórias desses grupos de digiescolhidos e seus Digimon que são tão queridos.
A animação está impecável, se em Adventrure Tri eu achava as poses dos Digimon durante suas evoluções estranhas, aqui nós temos o puro creme da animação japonesa, aliada a maravilhosa trilha sonora que Digimon possui é um prato cheio para os fãs que vão ao cinema assistir ao filme. Quando a trilha sonora da digievolução começou a tocar eu me arrepiei todo e de repente o Marcos dos anos 2000 voltou por uns instantes e ele estava muito, mas muito feliz.
Por fim vamos falar da dublagem, que está magnífica, uma grande parte dos dubladores originais voltam a dublar seus personagens. E aqui percebemos algo muito bacana, os dubladores conseguiram dar uma entonação mais madura para seus personagens então fica aquela sensação gostosa que transita entre o familiar e o novo.
Digimon Adventure 02: O Início é um balde de emoção e nostalgia para os digifãs brasileiros. Vale a pena ser visto no cinema, principalmente pra mostrar que filmes de anime tem público no Brasil. Quem vai ver no cinema comenta: “Eu vou!”
Nota: 4.0/5.0
CRÍTICA | AS AVENTURAS DE POLIANA
CRÍTICA | TÁ ESCRITO
A história começa com Alice, uma estudante de publicidade apaixonada por astrologia, recebendo um caderno misterioso que concede a ela o poder de tornar realidade as previsões astrológicas ali escritas. Movida por seus desejos egoístas, Alice utiliza esse poder para moldar o mundo ao seu redor de acordo com suas vontades, resultando em uma série de situações hilariantes e complicadas.
Larissa Manoela entrega uma atuação carismática e eficaz como Alice, conectando-se de forma convincente com o público, especialmente o mais jovem. Seu desempenho hilário e vibrante dá vida ao personagem, tornando-a uma protagonista cativante. O elenco de apoio, incluindo André Luiz Frambach, Karine Teles e Victor Lamoglia, complementa bem a dinâmica do filme, proporcionando momentos de comédia e romance que contribuem para o charme da narrativa.
O filme explora os clichês associados a cada signo do zodíaco, usando essas características distintivas para moldar os personagens e criar momentos engraçados e emocionantes ao longo da trama. Essa abordagem adiciona uma camada divertida à história, permitindo ao público reconhecer e se identificar com as peculiaridades de cada signo.
Além da comédia leve, "Tá Escrito" também aborda questões contemporâneas, como a obsessão das gerações mais jovens por redes sociais e influenciadores digitais. A reflexão sobre a busca por sucesso virtual em detrimento da realidade, bem como a solidão subjacente ao mundo brilhante das redes sociais, acrescenta profundidade à trama.
A direção do filme, sob a responsa de Matheus Souza, é eficaz ao criar uma atmosfera visualmente atraente e contemporânea. Os cenários, diálogos e figurinos refletem a estética das redes sociais, com uma dose de influência K-Pop para atrair o público jovem. A escolha acertada desses elementos contribui para a imersão na história e para a conexão com a audiência.
A trilha sonora também desempenha um papel importante, complementando a atmosfera do filme e intensificando os momentos emocionais e cômicos. A integração de elementos visuais e sonoros resulta em uma experiência cinematográfica coesa e agradável.
Ao abordar temas mais profundos sobre a construção da imagem pessoal, o filme oferece uma reflexão sobre as consequências de buscar a aprovação nas redes sociais. Essa mensagem, embora embalada em uma comédia romântica, adiciona uma camada de relevância e torna "Tá Escrito" mais do que apenas uma história divertida.
A possibilidade de uma continuação é sugerida no final do filme, e se depender da recepção do público, "Tá Escrito" pode abrir caminho para uma nova abordagem em continuações de filmes protagonizados por Larissa Manoela. A cena pós-créditos deixa os espectadores ansiosos por mais, o que demonstra o potencial duradouro da história.
Tá Escrito é uma comédia romântica envolvente e atual, que oferece risadas, romance e uma reflexão sutil sobre a sociedade moderna. Com um elenco carismático, uma trama original e uma abordagem criativa dos temas contemporâneos, o filme se destaca como uma opção divertida para o público, especialmente para aqueles que apreciam uma comédia leve e inteligente.
Nota: 4.5/5.0
27/11/2023
CRÍTICA | O SEQUESTRO DO VOO 375
O roteiro também se aventura nos bastidores da crise, explorando as discussões sobre a possível interceptação do avião e a luta de poder entre autoridades e conselheiros de Sarney. Gabriel Godoy, no papel do delegado de polícia federal, adiciona uma camada adicional de complexidade ao enredo, enquanto o filme tenta equilibrar tensão e exposição.
No entanto, o filme revela algumas vulnerabilidades em momentos fora da aeronave. Diálogos excessivos sobre decisões de alto escalão e uma representação exagerada dos líderes militares podem parecer um tanto forçados, desviando a atenção da intensidade do sequestro. Além disso, algumas frases de efeito, embora destinadas a enaltecer o heroísmo do piloto, às vezes parecem desnecessárias.
22/11/2023
CRÍTICA | PEDÁGIO
A trama gira em torno de Suellen, uma trabalhadora incansável como cobradora de pedágio em Cubatão, São Paulo, e seu filho Tiquinho, um jovem apaixonado por vídeos e imitações de divas da música. A reviravolta na vida de Suellen ocorre quando ela se depara com a oportunidade de financiar a ida de seu filho à controversa "cura gay" ministrada por um pastor estrangeiro. O preço exorbitante dessa suposta cura coloca Suellen em uma situação difícil, levando-a a envolver-se em atividades ilegais para arrecadar fundos.
A diretora Carolina Markowicz, conhecida por sua habilidade em contar histórias visuais, entrega um filme desafiador que aborda questões profundas. A alienação de uma mãe diante da oferta absurda de uma "cura gay" torna-se o ponto focal da narrativa. O roteiro brilhante destaca a relação tumultuada entre Suellen e seu filho Tiquinho, revelando as lutas enfrentadas por este último devido à sua orientação sexual e suas expressões artísticas.
A escolha de Suellen em permanecer em um relacionamento abusivo, descobrindo as atividades criminosas de seu namorado Arauto, adiciona camadas de complexidade à trama. A participação dela em ações inconsequentes, como informar sobre possíveis vítimas para roubos, cria uma espiral de eventos que culmina em uma reviravolta surpreendente.
A fotografia do filme oferece uma representação visual impressionante da realidade enfrentada pelos personagens, destacando a alienação, a opressão e a luta pela aceitação. O elenco, liderado por Maeve Jinkings como Suellen e Kauan Alvarenga como Tiquinho, entrega performances emocionalmente carregadas que dão vida aos personagens complexos e que com certeza vão impactar o público.
Com uma abordagem sensível e precisa de Markowicz expõe as verdades difíceis de uma sociedade que, por vezes, escolhe caminhos difíceis em busca de sentido para as normas impostas. A narrativa destaca a opressão enfrentada pela comunidade LGBTQIA+, especialmente quando influenciada por ideologias religiosas agressivas. O filme ressoa como uma representação angustiante de como a ignorância e a intolerância podem destruir vidas e famílias, especialmente em um ambiente onde a própria mãe renega o filho por sua autenticidade.
"Pedágio" é mais do que um filme, é um chamado à reflexão sobre a importância da aceitação, compreensão e respeito pelas diversas identidades presentes em nossa sociedade. Uma obra corajosa que confronta as incoerências e atrocidades perpetradas por alguns setores da sociedade, deixando uma marca duradoura na mente do espectador. Este é, sem dúvida, um dos filmes mais impactantes e relevantes do ano, oferecendo uma visão crua e necessária da jornada para a vida adulta em meio a adversidades inimagináveis.
Nota: 5.0/5.0
CRÍTICA | NAPOLEÃO
14/11/2023
CRÍTICA | JOGOS VORAZES: A CANTIGA DOS PÁSSAROS E DAS SERPENTES
26/10/2023
CRÍTICA | FIVE NIGHTS AT FREDDY'S - O PESADELO SEM FIM
Eis que adaptação cinematográfica de "Five Nights at Freddy's" finalmente chega às telas, trazendo consigo uma promessa de mergulhar os espectadores no mundo aterrorizante dos famosos jogos criados por Scott Cawthon. Dirigido por Emma Tammi, conhecida por seu trabalho em filmes de suspense como "Terra Assombrada" e "Fair Chase", o filme nos apresenta a história de Mike Schmidt (interpretado por Josh Hutcherson), um jovem lutando contra problemas financeiros que vê uma oportunidade de trabalho como vigia noturno na Freddy Fazbear's Pizza.
A trama começa com a premissa familiar do restaurante, apresentando seus icônicos robôs animatrônicos que trazem alegria às crianças durante o dia. No entanto, ao cair da noite, somos confrontados com um segredo sombrio e mortal: esses mesmos bonecos ganham vida, tornando-se assassinos psicopatas em busca de uma violenta matança.
Josh Hutcherson como Mike Schmidt tem uma atuação muito interessante e rouba a cena, transmitindo a angústia e a determinação do personagem de forma convincente. A relação entre Mike e sua irmã Abby (interpretada por Piper Rubio) é o coração do filme, explorando as complexidades de um irmão desesperado por proporcionar uma vida melhor para sua irmã mais nova.
A inclusão do ator Matthew Lillard como o gestor de vagas de emprego "Steve Raglan", traz uma dose de carisma ao elenco, proporcionando uma figura de autoridade ambígua que mantém os espectadores intrigados.
No entanto, o filme encontra dificuldades ao expandir o universo da história. Embora inicialmente promissor, o desenvolvimento da trama acaba por desviar o foco dos elementos que tornaram os jogos tão atraentes. As mortes e a presença dos animatrônicos em cena se tornam secundárias em relação ao desenvolvimento do relacionamento entre os personagens principais.
Claro que temos que falar sobre a fidelidade na recriação dos animatrônicos, que aqui é um ponto forte, proporcionando uma sensação autêntica aos fãs da franquia. Além disso, as referências aos jogos e os easter eggs espalhados pelo filme são um deleite para os fãs de longa data e vão deixar o coração dos gamers bem quentinho.
Embora concebido como um terror, o filme acaba por se concentrar em uma trama romântica e dramática, explorando traumas não resolvidos e entregando um terror psicológico repleto de reviravoltas. No entanto, a ausência de momentos genuinamente aterrorizantes pode deixar os espectadores que buscavam uma experiência mais intensa desapontados. Por outro lado, para os apreciadores do gênero de terror psicológico, o filme certamente consegue cativar.
"Five Nights at Freddy's - O Pesadelo Sem Fim" é um mergulho no mundo assustador dos jogos, de uma forma diferente o filme encontra um equilíbrio delicado entre o terror psicológico e a narrativa dramática. Ao explorar os traumas dos personagens e proporcionar reviravoltas intrigantes, o filme entrega uma experiência envolvente, embora a ausência de momentos de puro terror possa desapontar os espectadores em busca de uma intensidade mais visceral.
Nota: 4.0/5.0
22/10/2023
CRÍTICA | HYPNOTIC - AMEAÇA INVISÍVEL
21/10/2023
Fionna e Cake
18/10/2023
CRÍTICA | Assassinos da Lua das Flores
A crítica social latente é inescapável. O filme não se detém em mostrar a terrível realidade de um povo que testemunha seus entes queridos sendo mortos impiedosamente, sua cultura apagada e suas raízes destruídas. A força motriz por trás dessa tragédia é a voracidade insaciável por lucro e poder, que resulta na pilhagem desenfreada das terras dos Osage, sem que lhes seja permitido qualquer tipo de defesa.
Um dos destaques incontestáveis é a atuação arrebatadora de Lily Gladstone. Sua presença magnética na tela é simplesmente hipnotizante, e sua habilidade de transcender as palavras e transmitir emoções profundas é nada menos que notável. É difícil não prever uma indicação ao Oscar para essa jovem estrela em ascensão, que não apenas brilha ao lado de gigantes como DiCaprio e De Niro, mas muitas vezes rouba a cena com sua atuação magnífica.