31/05/2024
Novo Astro Bot chega ao PS5 ainda em 2024
30/05/2024
Crítica | Bandida a número 1
"Bandida - A Número Um" é uma obra-prima do cinema nacional que mergulha nas entranhas da criminalidade do Rio de Janeiro da década de 80. Dirigido com maestria por João Wainer, conhecido por seus trabalhos impactantes como "A Jaula" e "Pixo", o filme nos leva a uma jornada intensa e emocionante através dos olhos de Rebeca, uma mulher marcada pela violência desde a infância.
A trama é habilmente construída, começando com a venda de Rebeca pela própria avó para o homem que comandava a Rocinha, e avançando para os anos em que ela se torna viúva do traficante-chefe. Nesse cenário de constantes disputas de território entre bicheiros e traficantes, Rebeca é forçada a assumir o controle da comunidade, desencadeando uma espiral de crime, violência e amor.
O que mais impressiona em "Bandida - A Número Um" é o ritmo alucinante que mantém a adrenalina do espectador em alta do início ao fim. A cada cena, somos levados mais fundo no submundo do crime, com reviravoltas surpreendentes e confrontos explosivos. A direção de João Wainer é impecável, capturando a essência crua e visceral das favelas cariocas, enquanto nos envolve em uma história cativante e repleta de emoção.
Além disso, o elenco entrega performances fenomenais, com destaque para Maria Bomani no papel de Rebeca. Sua interpretação é arrebatadora, transmitindo toda a complexidade e vulnerabilidade da personagem, ao mesmo tempo em que exala força e determinação. O apoio do elenco coadjuvante também é notável, contribuindo para a autenticidade e profundidade do filme.
A ambientação é outro ponto forte de "Bandida - A Número Um". O Rio de Janeiro da década de 80 é recriado de forma vívida e realista, transportando o espectador para as ruas sujas e perigosas das favelas, onde o perigo espreita a cada esquina. A fotografia e a trilha sonora complementam perfeitamente a atmosfera sombria e frenética do filme, acrescentando camadas adicionais de tensão e emoção.
No entanto, mais do que apenas um mergulho na criminalidade, "Bandida - A Número Um" é também uma história de superação e redenção. É a jornada de uma mulher que, apesar de todas as adversidades, encontra força dentro de si mesma para lutar pelo que acredita e proteger aqueles que ama. É um filme que nos faz refletir sobre as escolhas que fazemos e as consequências que enfrentamos, mas também sobre a capacidade humana de encontrar esperança mesmo nos lugares mais sombrios.
"Bandida - A Número Um" é uma experiência cinematográfica inesquecível. Com sua história envolvente, performances marcantes e ambientação autêntica, o filme se destaca como uma das melhores produções do cinema nacional recente.
29/05/2024
Crítica | Os Estranhos: Capítulo 1
Critica | Imaculada
Desde os primeiros momentos, "Imaculada" se distingue pela sua atmosfera inquietante. A cinematografia aproveita ao máximo o cenário pitoresco do convento italiano, combinando a beleza serena da paisagem com uma sensação crescente de ameaça. Mohan demonstra um domínio hábil na construção de uma tensão constante, utilizando tanto os espaços abertos quanto os claustrofóbicos corredores do convento para intensificar a sensação de isolamento e vulnerabilidade de Cecilia.
26/05/2024
Crítica | Grande Sertão
Crítica | Mallandro, O Errado Que Deu Certo
Mallandro, O Errado Que Deu Certo chega aos cinemas no dia 13 de junho de 2024, prometendo uma viagem nostálgica e emotiva pelos altos e baixos da carreira do icônico comediante brasileiro. O filme se destaca pela estrutura dividida, metade comédia e metade drama, proporcionando ao público tanto risadas garantidas quanto momentos de reflexão.
Na primeira metade do filme, somos presenteados com Sérgio Mallandro em sua forma mais pura e conhecida. As pegadinhas clássicas, os bordões icônicos e o humor escrachado que o tornaram um nome familiar na televisão brasileira estão todos presentes. Essa parte do filme é uma verdadeira celebração de sua carreira, repleta de situações engraçadas que remetem aos programas de TV que marcaram época. Para os fãs de longa data, é um deleite ver Mallandro se envolver em novas confusões, mantendo o espírito das "Portas dos Desesperados" e suas famosas "pegadinhas". As participações especiais de Xuxa e Zico, embora breves, são momentos altos que arrancam gargalhadas e trazem uma onda de nostalgia.
Transição para o Drama
A segunda metade do filme, no entanto, assume um tom mais sério e introspectivo. Aqui, o roteiro se arrisca ao mostrar um Mallandro em crise, incapaz de usar seus famosos bordões, uma metáfora brilhante que sublinha a necessidade de reinvenção do artista. Esta parte do filme tenta ir além do riso fácil, explorando a vulnerabilidade de um comediante que precisa se adaptar aos novos tempos e encontrar seu lugar no mundo moderno.
Embora essa transição seja corajosa, o drama acaba por ser menos realista e um pouco mais ficcional, o que pode não agradar a todos. As situações são menos críveis, e o tom muda drasticamente, o que pode causar uma certa desconexão para quem esperava uma comédia do início ao fim. No entanto, não é de todo ruim. O filme consegue transmitir a mensagem de que Mallandro é mais do que seus bordões e pegadinhas, mostrando um lado mais humano e complexo do comediante.
Nostalgia e Trilha Sonora
A trilha sonora merece um destaque especial, com clássicos como "Lua de Cristal" e "Metal Glu Glu", que se encaixam perfeitamente no contexto do filme, reforçando a ligação emocional com o público. Essas músicas não apenas complementam as cenas, mas também transportam os espectadores de volta aos tempos áureos da TV brasileira.
O Errado Que Deu Certo
O Filme é uma homenagem sincera e divertida a um dos comediantes mais carismáticos do Brasil. Para aqueles que cresceram assistindo suas travessuras na televisão, o filme é um prato cheio de nostalgia e boas lembranças. Para os novos espectadores, oferece uma introdução à carreira de Mallandro, embora a apreciação completa possa depender do conhecimento prévio de sua trajetória.
A parte cômica é um sucesso absoluto, capturando a essência do humor de Mallandro. Já o drama, apesar de menos impactante, cumpre seu papel ao humanizar o comediante e mostrar sua luta pela relevância em um mundo em constante mudança. Em suma, é um filme que vale a pena assistir, especialmente para os fãs que têm acompanhado Mallandro ao longo dos anos.
Por fim, Mallandro, O Errado Que Deu Certo é uma combinação equilibrada de risos e emoção, que celebra a carreira de um ícone enquanto explora os desafios da reinvenção pessoal e profissional.
Nota: 3.5/5.0
23/05/2024
CRÍTICA | FURIOSA
"Furiosa: Uma Saga Mad Max" apresenta-se como uma ambiciosa expansão do universo pós-apocalíptico criado por George Miller. Com uma duração extensa de 2 horas e 28 minutos, o filme oferece uma narrativa detalhada e episódica, focando na origem da Imperatriz Furiosa, explorada em cinco capítulos que se desenrolam ao longo de 15 anos antes dos eventos de "Mad Max: Fury Road".
Uma das principais qualidades de "Furiosa" é a profundidade da construção do mundo. Miller demonstra um compromisso impressionante em enriquecer o universo de "Mad Max", oferecendo uma nova perspectiva e um contexto histórico mais profundo para a personagem de Furiosa. Esta abordagem oferece uma camada adicional de complexidade à saga, permitindo aos fãs um mergulho mais profundo no lore da série.
As performances de Ayla Browne e Anya Taylor-Joy, que interpretam Furiosa em diferentes fases de sua vida, são dignas de destaque. Taylor-Joy, em particular, traz uma intensidade e vulnerabilidade à personagem, ajudando a ancorar a narrativa emocionalmente. A caracterização das atrizes como Furiosa é tão bem feita que, em um certo momento de transição de uma para a outra, a mudança é quase imperceptível.
Embora Anya Taylor-Joy seja um destaque, é Chris Hemsworth que realmente rouba a cena como Dementus. Sempre que aparece, Dementus traz uma presença vilanesca cômica, com frases de efeito e o empoderamento que um grande antagonista necessita. Em contraste, Lachy Hulme apresenta um Immortan Joe mais tímido e reservado em comparação com o Immortan Joe icônico do filme anterior.
A mudança de enfoque para uma narrativa mais fragmentada e episódica pode ser vista como um ponto fraco. Os fãs que esperam a frenética ação característica de "Mad Max: Fury Road" podem encontrar um ritmo mais pausado e uma estrutura episódica desanimadora. A ausência de uma ação contínua e visceral, que é o que a maioria das pessoas esperam, pode deixar alguns espectadores desapontados.
Por outro lado, a fotografia do filme é deslumbrante. Miller continua a utilizar o cenário desértico de maneira magistral, com imagens de tirar o fôlego que capturam a desolação e a beleza crua de um mundo pós-apocalíptico. A cinematografia consegue equilibrar momentos de quietude com explosões de ação, criando mais uma vez um visual intrigante.
Em sua ambiciosa expansão do universo pós-apocalíptico de "Mad Max", "Furiosa: Uma Saga Mad Max" oferece uma narrativa detalhada e emocionante, explorando a origem da Imperatriz Furiosa ao longo de 15 anos em cinco capítulos distintos. Embora possa desapontar alguns fãs com sua abordagem episódica e uma trilha sonora menos impactante, o filme compensa com performances cativantes, uma construção de mundo impressionante e uma cinematografia deslumbrante, mantendo-se fiel ao estilo visual marcante de George Miller.
Nota: 4.0/5.0
20/05/2024
Crítica | Fúria Primitiva
Fúria Primitiva, dirigido, produzido e estrelado por Dev Patel, é uma experiência cinematográfica ambiciosa que mergulha profundamente na interseção entre ação, religião, grupos sociais invisibilizados e política. Dev Patel, conhecido por sua versatilidade como ator, demonstra sua habilidade multifacetada ao assumir múltiplos papeis por trás das câmeras também, entregando uma obra que vai ficando densa em seu desenrolar e que é ao mesmo tempo apaixonante e desafiadora.
No centro da narrativa está 'Kid', um lutador sem nome vivido por Patel, cuja vida é uma bagunça bem perigosa entre violência, vingança e redenção. Enquanto ele se envolve em uma série de combates brutais e sangrentos por dinheiro, sua jornada pessoal o leva a confrontar figuras poderosas que moldaram seu destino.
Dev Patel domina o papel com uma presença incrível, utilizando seus olhos expressivos (marcantes em Lion e Quem Quer Ser um Milionário?) e seu preparo físico para transmitir a intensidade de seu personagem. Inspirado na lenda de Hanuman, o filme tece brilhantemente elementos de mitologia e religião em sua trama, adicionando uma camada de profundidade e complexidade à narrativa.
No entanto, onde "Fúria Primitiva" realmente brilha é em suas sequências de ação. Patel e sua equipe coreográfica criam momentos de pura adrenalina, com cenas que desafiam os limites da violência e da brutalidade cinematográfica chegando ao nível de John Wick. O resultado é uma experiência imersiva que te faz prender a respiração em vários momentos tensos mantendo os espectadores grudados em seus assentos.
Porém, apesar de suas conquistas e acertos, algumas das subtramas políticas podem parecer excessivas e pouco desenvolvidas, deixando os espectadores desejando uma exploração mais aprofundada desses temas. Além disso, os frequentes flashbacks podem interromper o ritmo da narrativa, pois não tem uma ordem cronológica, embora forneça profundidade sobre a jornada emocional do protagonista.
Fúria Primitiva é uma prova do talento e da ambição de Dev Patel como cineasta, um excelente ator que estreou grandiosos filmes. Sua capacidade de equilibrar temas complexos com sequências de ação emocionantes sugere um futuro promissor para o filme e para Patel como uma figura proeminente na indústria cinematográfica. Se ele continuar refinando sua narrativa e desenvolvendo seu estilo visual que já é muito bom, "Fúria Primitiva" e os futuros longas podem muito bem representar muitos sucessos em sua carreira.
Nota: 4.0/5.0
16/05/2024
Crítica | Morando com o Crush
Ao longo do filme, um dos personagens que se destaca é um "Faz Tudo", interpretado por Ed Gama, sua representação estereotipada dos trejeitos brasileiros, com sua habilidade de resolver qualquer problema desde consertar uma torneira até celebrar um casamento, adiciona uma camada de humor essencial a narrativa. Sua participação é cheia de momentos que arrancam risadas, ainda que tímidas, do público.
Crítica | Back To Black
"Back to Black" é muito mais do que uma simples cinebiografia, é um retrato íntimo de uma das maiores vozes do mundo, que infelizmente nos deixou cedo demais. O filme mergulha nas profundezas da alma de Amy Winehouse, oferecendo uma jornada emocionalmente envolvente pelos altos e baixos de sua vida e carreira, e serve como um poderoso lembrete do extraordinário talento e da dolorosa vulnerabilidade de uma artista que deixou sua marca na história da música.
09/05/2024
Crítica | Planeta dos Macacos : O Reinado
01/05/2024
Crítica | Garfield
A animação é deslumbrante, capturando fielmente o mundo dos quadrinhos de Jim Davis e dando vida aos personagens de forma incrível. A música de John Debney complementa perfeitamente o tom leve e descontraído do filme, contribuindo para uma experiência bem imersiva.
Embora o filme apresente algumas lacunas na trama e possíveis desvios da personalidade típica de Garfield, seu ritmo rápido e divertido mantém o público envolvido do início ao fim. "Garfield: Fora de Casa" é um filme super bem-vindo ao mundo do gato mais famoso do mundo, repleta de humor, emoção e nostalgia.
"Garfield: Fora de Casa" é uma aventura emocionante que mistura comédia, diversão e aquela nostalgia gostosa de ver o nosso gato favorito nas telonas. Com um elenco de vozes incríveis, uma animação linda e uma história que aquece o coração da família toda, o filme é simplesmente imperdível! É tipo uma festa do Garfield, com momentos engraçados e emocionantes que vão ficar na memória de quem assistir. É diversão garantida para todo mundo, da criançada aos mais crescidinhos.
Nota: 4.5/5.0