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Crítica | Saint Seiya - Os Cavaleiros do Zodíaco


Em meio a uma enxurrada de remakes, reboots e reformulações desnecessárias, um dos animes mais aclamados e famosos de todos os tempos, não ficaria de fora, e como previsto, acabou se afogando.

A Netflix estreou no dia 19/07/2019 “Saint Seiya - Os Cavaleiros do Zodíaco”, sua adaptação para a série “Os Cavaleiros do Zodíaco”, e as previsões acabaram corretas, o desenho é realmente muito ruim.

RECICLAGEM ETERNA DE UM ANIME ATEMPORAL 
Os personagens saídos dos mangás, sempre viveram de um looping eterno, contando e recontando a mesma história em diversas mídias, gerando filmes (de roteiros duvidosos e repetitivos), jogos, continuações mal faladas e histórias inacabadas. A luta pela Terra, já havia chego ao seu final em um certo ponto da história. É claro que nada é duradouro quando se trata de paz, seria inevitável uma nova grande ameaça. Mas aqui a história se repete várias vezes.

A Saga do Santuário, que cobre os episódios da Guerra Galáctica até o confronto com o Mestre do Santuário, já foi adaptada várias vezes. Mas ainda assim a desculpa de apresentar os personagens a nova geração, é usada para tentar um lucro aqui e alí com novos consumidores. A adaptação original para TV, foi encerrada no ano em que eu nasci, e mesmo assim conheci os personagens, e me tornei fã, mesmo não sendo parte da minha “geração” em sí. Porém, estamos falando de uma época em que tudo é descartável, em sua fórmula “fast” e o “ontem” já é velho demais. Não é sentimento nostálgico, é apenas a percepção do que é desnecessário.

Os Cavaleiros de Bronze
ANIME PRA GRINGO VER
A animação borrachuda da série, remete a filmes B do gênero, como Barbie e animações realmente feitas para a televisão, não é horrível, mas pelos padrões atuais... Nada dessas lindas sombras e iluminações mostradas nas imagens promocionais. Não há muita preocupação com expressões, até mesmo o movimento dos personagens parecem fora do prumo quando se comunicam com o corpo; ou talvez seja a dublagem cheia de gírias e maneirismos para agradar o público alvo. Para os nostálgicos, da época onde se precisava realmente economizar em animações por questões de gastos, podem matar a saudades, cenas de ataques e de apresentações de cenários, são repetidas várias e várias vezes por aqui, me senti assistindo um desenho da década de 90.

"Imagens meramente ilustrativas"
Os seis episódios resumem os quinze da série original da maneira mais rápida e fácil possível. Em sua essência pelo menos, já que adaptação introduz um novo vilão que parece ter saído dos desenhos do “Inspetor Bugiganga”, com o típico plano cafona de dominar um poder que nem ao menos sabe como controlar. É claro que depois de tantas re-adaptações, o mínimo que poderiam fazer era trazer algo novo, mas convenhamos, algo novo com qualidade. 

É um anime japonês pra agradar “gringo” sem sombra de dúvidas. Na década de 80 e 90, o público era bombardeado com produtos que remetiam às vontades reprimidas da geração da época, o entretenimento tinha como representação os brucutus bombados e armados até os dentes que sobrevivam a rajadas de balas vindas de helicópteros e tanques de guerra. E o que brota por aqui? Você já imaginou os Cavaleiros da deusa Atena lutando contra tanques e soldadinhos armados? Nem nas nossas maiores aventuras imaginárias quando brincávamos com os bonecos, essa mistura acontecia. Mas de alguma forma os produtores imaginaram isso em seus devaneios e gastaram alguns milhares de dólares para que isso fosse animado.

POLÊMICA POR NADA...
Uma das maiores reclamações antes da estreia, era a troca de gênero do Cavaleiro de Andrômeda, Shun, deixando de ser um garoto e passando a ser uma garota. Até então a birra vinha com os famosos “argumentos” machistas: “mas são Cavaleiros, se não se chamariam Amazonas”; ou “já foi estabelecido que era um homem, mudaram para mulher para lacrar?”, "o fim de um clássico". Bobagens disfarçadas de “opiniões”, algumas delas dadas até por envolvidos oficiais no trabalho, como o dublador original do personagem. Ao assistir a animação, a tal modificação chega a ser irrelevante.


O fato de Shun ser uma menina, não traz nada novo ao personagem, a aparência da personagem é bem mascarada, e a escolha da dubladora brasileira, Úrsula Bezerra, que em sua maioria dubla personagens masculinos, me soou como um disfarce para que os “atacadinhos” não se sentissem tão ofendidos por essa mudança que afetaria suas vidas. Os machistas acabaram ganhando um prêmio de consolação por sua birra e choradeira...

Shun desta vez é uma personagem do gênero feminino
SENTA QUE LÁ VEM MAIS...
Os Cavaleiros do Zodíaco atravessaram décadas, os personagens já haviam se consolidado, mas a insistência da desculpa barata de “apresentar a nova geração” um produto que é atemporal, terminam no registro para a eternidade da consolidação da falta de criatividade atual perante uma marca, que pode saturar quando usada até sua exaustão. Lembrando que ainda há um live-action por vir.

Os seis primeiros episódios (de um total de 12) de “ Saint Seiya - Os Cavaleiros do Zodíaco”, já estão disponíveis na Netflix.

Avaliação: 0.5 / 5

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