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Crítica | Wish: o Poder dos Desejos


"Wish", a mais recente investida da Disney na animação, mergulha os espectadores em uma história encantadora e cheia de magia, explorando a conexão entre os desejos humanos e o poder das estrelas. A protagonista, Asha, uma jovem otimista e inteligente, lidera a narrativa com determinação e carisma, tornando-se uma figura moderna e cativante na linha das princesas contemporâneas da Disney.

Visualmente, "Wish" é um espetáculo deslumbrante que combina habilmente CGI e desenhos à mão, criando uma experiência que se assemelha a um filme 3D sem a necessidade de óculos especiais. A cidade utópica de Rosas, situada em uma ilha no Mediterrâneo, é retratada de maneira vibrante e colorida, refletindo a harmonia e a felicidade que o Rei Magnífico busca manter entre seus habitantes.


A trama se desenrola em torno de um conceito intrigante: a entrega do desejo mais profundo de cada residente ao completar 18 anos. Esses desejos são armazenados em uma cúpula que abriga uma variedade de sonhos, criando uma tensão crescente à medida que o Rei decide quais desejos serão realizados. Este cenário inovador oferece uma oportunidade única para explorar questões morais e sociais, embora o filme, em certa medida, opte por uma abordagem mais superficial nesse aspecto.

A música desempenha um papel fundamental em "Wish", com uma trilha sonora que promete agradar a todas as idades. As canções, envolventes e bem executadas, contribuem para a atmosfera mágica do filme, criando momentos memoráveis que certamente ecoarão nas mentes das famílias que assistem.

A história toma um rumo intrigante quando Asha decide desafiar as normas estabelecidas e roubar um desejo para realizar o anseio não atendido de seu avô. Este ato desencadeia uma série de eventos que revelam a natureza do Rei Magnífico, que, à medida que se torna mais poderoso, sucumbe à tentação do poder e da destruição. Essa transformação do Rei é reminiscente de vilões clássicos da Disney, embora a execução possa parecer apressada em alguns momentos.


No entanto, o filme atinge um ponto alto ao meio da trama, quando faz referências intencionais a clássicos da Disney, proporcionando um deleite nostálgico para o público mais maduro. A inclusão de piadas internas e diálogos que tocam em questões adultas adiciona uma camada extra de profundidade ao filme, tornando-o atraente para uma ampla faixa etária.

Um dos pontos de crítica é a simplicidade da bússola moral do filme, que não explora completamente as implicações éticas de conceder desejos. Em comparação com filmes anteriores, como "Bruce, o Todo-Poderoso", "Wish" opta por uma abordagem mais direta, perdendo a oportunidade de explorar questões mais complexas.

Apesar de suas falhas, "Wish" é uma jornada encantadora e envolvente que certamente conquistará o público infantil, enquanto oferece um toque de nostalgia e reflexão para os espectadores mais experientes. A combinação de uma história cativante, visuais deslumbrantes e uma trilha sonora envolvente faz de "Wish" uma adição valiosa ao legado da Disney, proporcionando uma experiência mágica para todas as idades.

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