O PRIMOR DO MAL INTERIOR! - THE EVIL WITHIN 2 (REVIEW)
The Evil Within surgiu em 2013 com a proposta de ser um “Sucessor Espiritual” de Resident Evil, em especial o 4, com a diferença de ser voltado totalmente para o terror de sobrevivência, assim como eram os primeiros títulos de seu predecessor, e apesar das semelhanças e referências, Shinji Mikami criador de ambas franquias, encontrou o ponto de equilíbrio necessário para que sua nova empreitada não só homenageasse seu filho primogênito, mas tivesse sua própria identidade.
Com dificuldade acentuada (que poucos encararam), história afiada, protagonista carismático e todas as características de um verdadeiro Survival, o game conquistou fãs fiéis e sedentos por uma continuação. Pouco mais de três anos após o lançamento do título original, somos brindados com aquele que consagraria de uma vez por todas esta franquia como referência de seu gênero, The Evil Within 2 consegue aprimorar as características do game anterior, trazendo uma experiência memorável do mais pleno Survival Horror e desta vez totalmente localizado em português, contando com uma dublagem profissional e você reconhecerá algumas vozes com certeza.
A saga de Sebastian agora é em mundo aberto, o que pode causar estranheza e certo receio a respeito do fator terror, porém a desenvolvedora conseguiu criar uma atmosfera tensa e macabra, onde o receio em avançar cada passo é real e o mundo aberto potencializou tudo isso, andar pelas ruas de Union é um exercício de coragem, haja vista que um inimigo pode pular em cima de você vindo de qualquer direção.
História:
O Enredo deste novo capítulo da franquia de horror da Tango Gameworks (distribuído pela Bethesda) se passa três anos após os eventos ocorridos no Hospício Beacon, cenário do primeiro game. Temos o retorno do emblemático e agora atormentado Sebastian Castellanos, o agora ex-policial encontra-se mergulhado em seus traumas, afogando no álcool sua culpa pela morte de sua filha e desaparecimento de sua esposa, até que em mais um dia de bebedeira, surge em seu caminho uma pessoa inesperada, que além de lhe revelar que sua filha está viva e presa dentro de uma nova versão do STEM oferece-lhe a chance de resgatá-la do caos instaurado no novo sistema onde a mesma encontra-se perdida fora do alcance até mesmo dos olhos da empresa MOBIUS. Sebastian cheio de raiva e vingança, agora sem nada a perder, aceita entrar novamente no sistema que tantos traumas lhe causou no passado em uma missão de redenção para resgatar sua amada Lilli, começa então uma corrida contra o tempo entre as locações tenebrosas da cidade de Union para encontrar sua garotinha desaparecida.
Jogabilidade:
Se por um lado essa característica parecia um tanto quanto truncada no game anterior, neste ela foi refinada em todos os aspectos, com movimentos mais orgânicos, Sebastian pode andar, correr, agachar, pular obstáculos, esconder-se em arbustos, mirar enquanto anda e agachar além de surpreender os inimigos com ataques stealth como esfaquear pelas costas e dar garrafadas que inclusive podem ser usadas pra se livrar de determinados ataques inimigos, o combate é divertido, intuitivo, responsivo e flui muito bem, e como todo game do gênero, é essencial saber administrar seus recursos pois dependendo da dificuldade em que se joga, ervas e pólvoras são bem escassas.
Sebastian conta com um variado arsenal que vai desde uma faca, passando por pistolas, escopetas, fuzis e a já clássica Besta, que possui diversos tipos de munições, porém cabe a você definir a estratégia para decidir entre “descer o fogo” ou passar despercebido, pois isso pode ser a diferença entre viver e morrer.
O game possui duas side missions, por um lado isso parece ser muito pouco e vem logo aquele pensamento: “poderia ter muito mais”, e realmente poderia, a cidade possui arquivos que revelam algumas histórias que poderiam ser aproveitadas em missões variadas, porém esse escasso número evita que você perca o foco da história principal, que é o cerne do game.
O Sistema de Upgrade de armas e personagem está de volta, você poderá distribuir o nojento Gel Verde entre cinco categorias (Saúde, Atleticismo, Combate, Furtividade e Recuperação) enquanto as Peças de Armas servirão para upar seu arsenal. Saiba distribuir bem esses recursos, pois pode facilitar sua vida.
Inimigos
The Evil Within 2 possui inimigos perturbadores e muito mais agressivos que no game anterior, os habitantes da cidade de Union são os mais comuns de se enfrentar e são muito ágeis, eles correm, pulam, alertam outros por perto, usam machados e podem te dilacerar com dentes e unhas, além deles temos inimigos que cospem ácido, te perseguem com serras, lançam fogo e entre outras bizarrices. As batalhas contra chefes são excelentes, tensas, divertidas e bem elaboradas, onde qualquer erro pode causar Game Over!.
Trilha sonora
A composição da trilha ficou a cargo do competente Masatoshi Yanagi, também responsável pela trilha do primeiro game, com batidas fortes que enaltecem os momentos de tensão e combate, e sons perturbadores como grunhidos, gritos, gemidos e passos que vão se aproximando, ajudam a compor o clima de medo e apreensão. A trilha sonora também conta com uma incrível versão do clássico “Ordinary World” da banda inglesa Duran Duran criada exclusivamente para o game. (se tornou obrigatória na minha playlist kkk)
Gráficos
Ahh os gráficos....são um espetáculo, a evolução é notória comparada ao seu predecessor, toda a composição gráfica de The Evil Within 2 é linda de se ver, a vivacidade salta aos olhos tanto nos cenários riquíssimos em detalhes quanto nos personagens, onde até os poros da pele podem ser percebidos, os efeitos de luz e sombras são magníficos e ajudam ainda mais a compor a atmosfera de horror, sem falar no gore, o game não poupa esforços em mostrar muito sangue jorrando, cabeças explodindo e corpos sendo mutilados.
Temos aqui um dos melhores gráficos de 2017 rodando redondinho a 1080p no PS4 e One, e 4k no PS4 Pro e One X (sim é upscaling, mas muito bem feito). Em toda minha experiência com o game, não presenciei um bug gráfico sequer ou problema de renderização dos cenários ou objetos.
Temos aqui um dos melhores gráficos de 2017 rodando redondinho a 1080p no PS4 e One, e 4k no PS4 Pro e One X (sim é upscaling, mas muito bem feito). Em toda minha experiência com o game, não presenciei um bug gráfico sequer ou problema de renderização dos cenários ou objetos.
Conclusão
Com uma jogabilidade refinada, dublagem e menus totalmente em português, história envolvente e cheia de reviravoltas, dificuldade acentuada, e gráficos esplêndidos, The Evil Within 2 provou-se uma grata surpresa no ano de 2017, mostrando que é uma franquia de peso que veio pra ficar definitivamente e figurar como um dos grandes nomes do gênero Survival Horror. É compra Garantida.
PRÓS:
+ HISTÓRIA IMERSIVA
+ JOGABILIDADE APRIMORADA
+ GRÁFICOS LINDOS
+ DUBLAGEM E MENUS EM PORTUGUÊS
+TERROR, TERROR E MAIS TERROR...
CONTRAS:
- POUCAS SIDE MISSIONS
NOTA: 9,8
Ansioso pra jogar esta continuação. Se o primeiro já me ganhou não só no enredo, mas na jogabilidade, o segundo só veio pra afirmar que eles possuem uma baita franquia!
ResponderExcluirExcelente análise!
Woow, obrigado mano XD
ExcluirEsplêndido...
ResponderExcluirObrigado mano XD
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