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SHAZAM! | O NOME DE UMA NOVA DC (REVIEW)


“Diga meu nome, para que meus poderes fluam através de você”
Que jovem não gostaria de com uma simples palavra, se transformar num ser superpoderoso capaz de grandes feitos não é mesmo? 
O personagem surgiu na década de 30 publicado pela extinta editora Fawcet Comics com o nome de Capitão Marvel, trazendo uma mistura um tanto incomum, um herói que mesmo sendo um adulto cheio de superpoderes, preservava a inocência de uma criança, essa fórmula deu muito sucesso e hoje, 80 anos após sua aparição pertencente à DC Comics e sob a alcunha de Shazam!, o personagem ganha uma adaptação para os cinemas digna de seus poderes tendo como base a famosa saga das HQ's Os Novos 52.
Billy Batson é um adolescente órfão de 14 anos bem esperto mas que se sente deslocado, em sua busca pessoal, acaba se deparando com um poderoso mago que lhe confere poderes divinos sendo eles a sabedoria de Salomão, a força de Hércules, a resistência de Atlas,  o poder de Zeus, a coragem de Aquiles e a velocidade de Mercúrio, transformando-o no herói homônimo, ele têm de aprender a lidar com todas as suas novas habilidades em quanto descobre o verdadeiro significado de família e de ser um verdadeiro herói.
Os primeiros minutos do longa dão cabo de construir a motivação do vilão, algo que teve resultado muito satisfatório, dando até um certo tom sombrio ao filme, algo que fica restrito a esse prólogo(sendo sincero, gostaria de ter visto um pouco mais) pois o filme trata logo de deixar claro que não se trata de mais uma produção da "Era Snyder".
O Elenco conta com Zachary Levi (o eterno Chuck na série de mesmo nome), que caiu como uma luva no papel de Shazam, ele incrível, carismático e rouba a cena sempre que aparece com seu timing de humor muito bem pontuado, temos Asher Angel (mais conhecido por seu papel em Andi Mack, série do Disney Channel) dividindo o papel de Billy/Shazam com Levi, o jovem ator é talentoso e tem presença, porém senti uma certa discrepância de personalidades, enquanto o garoto é apenas Billy, ele é um jovem um tanto sério e até melancólico, mas ao se transformar no todo-poderoso Shazam! Se torna hilário e esquece todos os seus problemas. Talvez tenha sido essa a intenção de fato do diretor, mostrar que aos olhos de um adolescente, quando se pode quase tudo, os problemas desaparecem (mas isso é apenas conjectura minha). 
As outras crianças apesar de pouco tempo em cena e sem muito proveito são carismáticas, destaque para a pequena e doce Faithe Herman como Darla e o coadjuvante Jack Dylan Grazer como Freddy,um dos irmãos adotivos de Billy, o garoto é cheio de referências, representa toda a essência de um nerd fã de super-heróis  e é responsável por alguns dos melhores momentos do filme, através dele nos projetamos no desejo de toda criança de ser um super-herói, também temos Mark Strong entregando uma atuação um tanto canastrona como Dr. Silvana, o vilão apesar de carregar todo o estereótipo de “Sim!, sou um vilão e sou mau”, tem uma motivação plausível e funciona como primeiro confronto do herói deixando claro o embate entre Defeitos X Virtudes.
A direção fica a cargo de David F. Sandberg, responsável pelo aclamado Lights Out (Quando as Luzes se Apagam) e Annabelle 2, apesar de um tanto inexperiente, a direção é competente e afiada. 
O filme traz um enorme sentimento oitentista, parece que estamos vendo um filme da "Sessão da Tarde" o que nem de longe é um ponto negativo, pelo contrário, o filme faz isso com naturalidade. Os efeitos especiais, comparados a Aquaman são inferiores(principalmente utilizados nos Sete Pecados), mas é difícil saber se isso não foi algo intencional do diretor para justamente trazer ainda mais esse sentimento oitentista, remetendo aos efeitos especiais utilizados na época.
Sátiras ao gênero são bem constantes nas pouco mais de duas horas do longa, as sequências onde Shazam! e Freddy documentam enquanto testam os possíveis habilidades do herói são um prato cheio para isso, onde poderes característicos de outros heróis como poder voar, resistência a calor e super força são experimentados, assim como uma ótima sacada no famoso momento "Discurso do Vilão".
O filme faz questão de conectar o personagem septuagenário aos dias atuais, utilizando a popularidade das redes sociais e vloggers entre os jovens que estão cada dia mais conectados.
Um dos grandes trunfos de Shazam! está no tema família, a dificuldade de Billy de se conectar às pessoas enquanto busca respostas para seu passado e todo o desenrolar disso, transmitem a mensagem que por mais diferentes que os integrantes de uma família possam ser, sempre podem contar uns com os outros independente das dificuldades.
     
Apesar de funcionar muito bem solo, o filme traz várias referências ao Universo DC, deixando bem claro que faz parte de algo muito maior, o hoje chamado "Worlds of DC". O confronto final tem seus altos e baixos, apesar da luta entre Shazam! e Silvana ser bem elaborada e interessante, não se pode dizer o mesmo das lutas que acontecem em simultâneo, apesar de divertidas elas têm um tom exageradamente infantil, e causam contraste com a luta principal.
Shazam poderia ser apenas mais um “filme de herói”, gênero esse que tanto está em alta nos últimos anos, porém, ele representa uma DC finalmente se encontrando, assumindo uma nova postura no âmago cinematográfico. O filme é pra cima, arranca boas risadas de quem o assiste e transmite uma linda mensagem sobre família e as responsabilidades de se ter poderes nas mãos. É um filme colorido, leve e divertido, ponto pra DC!.
Prós:
+ O sentimento oitentista que o filme transmite.
+ Vilão com motivação plausível.
+ Shazam! é um herói divertido e que fala a língua dos jovens da atualidade
Contras:
- Lutas forçadamente infantis.
- Efeitos Especiais poderiam ser melhores.
- Elenco coadjuvante mal aproveitado.
NOTA: 8,0

2 comentários:

  1. Otima análise. Resumiu bem o filme, deixando claro seus pontos de vista em relação aos altos e baixos apresentados.

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