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Reflexão | O legado de Game of Thrones - Nossa Última Vigília


Valar Morghulis, adoráveis nerds! Atenção: Spoilers abaixo!

A HBO transmitiu o documentário "The Last Watch" no dia 26/05/2019 e, como fã inveterada dos Sete Reinos, senti que finalmente me despedi de uma era gloriosa.

Engraçado o fato deste documentário belíssimo feito pela emissora ser exatamente a minha razão de ser incapaz de reduzir os esforços enormes de todas as pessoas envolvidas nessa série aos argumentos de que: "ai, não foi um final digno; ai, meu personagem favorito não devia morrer; ai, não explicou tal teoria". 

Por trás de copos inconvenientes que apareceram em cenas, por trás das escolhas de não priorizarem um determinado efeito especial para tornar o Fantasma mais presente na última temporada ou por trás de expectativas que os admiradores de Westeros nutriram durante um longo tempo de espera, existiram pessoas.

Game of Thrones nunca foi uma série que prometeu algum resultado esperado, e muito menos foi um seriado de TV igual a todos os outros. O elenco de GOT, formado por atores, dublês e figurantes talentosíssimos, de fato, viveram este universo, deram tudo de si. Particularmente foi bastante tocante o ponto de vista do Vlad, nosso temido Rei da Noite, um dublê que se viu transitando no mundo dos atores principais: notória é a importância que este papel tomou em sua carreira. O figurante e guerreiro da casa Stark, um fã como eu poucas vezes vi, representou muito bem o que é experimentar GOT, dizendo com todas as letras que esta foi uma jornada que indubitavelmente mudou a sua vida. Mudou a de todos nós. GOT, em suas sete temporadas, foi irretocável, mesmo tendo ultrapassado a sua base, as obras que lhe guiavam e que lhe davam vitalidade.


O temido Rei da Noite
Acho de uma irresponsabilidade e ingratidão terríveis querermos diminuir o trabalho realizado pela equipe de maquiagem, de efeitos visuais e especiais e pelos diretores executivos por simplesmente não concordarmos com o destino traçado para determinado personagem. Especialmente quando os sinais sempre se fizeram presentes. Era desconhecido por nós que os Targaryen possuíam traços de insanidade? Por acaso não sabíamos que Bran sempre foi a chave para impedir os caminhantes brancos? Os poderes do Corvo não seriam um fator indiscutível que finalmente colocaria um rei justo e sábio para governar os seis reinos (Winterfell independente, sim senhora)? 

O documentário fez um trabalho brilhante ao demonstrar o nível de comprometimento de todos os setores desta produção. Centenas de milhares de pessoas envolvidas com um único objetivo: Fazer o melhor que podiam. Os buracos de roteiro da oitava temporada, as mortes simples demais para a grandeza dos irmãos Lannister, Jon mais uma vez se recusando a exercer o que estava planejado para ele: o poder; nada disso é capaz de ofuscar toda a dedicação e todo o empenho perpetuados integralmente durante esses vastos anos.


Daenerys e Jon: "O amor é a morte do dever"
Foram feitas escolhas, e escolhas possuem consequências que trazem aspectos positivos e negativos. GOT não foi apenas uma temporada. GOT foi uma época, um marco histórico em todos os sentidos que abarcam o ramo do entretenimento televisivo. 

Conclusões de sagas são sempre permeadas por este sabor agridoce, de ficarmos sentindo que não se findou como gostaríamos ou da maneira como achamos que deveria ter se findado. Isso nunca foi uma decisão que cabia a nós, infelizmente. É inegável que todos os indivíduos que participaram direta ou indiretamente da criação deste fenômeno, e que todos aqueles que foram impactados fortemente ao assistir as suas cenas, representam, no fim das contas, uma parcela única da população mundial: Todos nós respiramos Game of Thrones. E, como estava previsto para acontecer, nos queimamos por isso. Dracarys.


Sansa, a Rainha do Norte; Arya, a assassina do Rei da Noite; Bran, o Corvo e Rei dos Seis Reinos; Jon, o eterno patrulheiro selvagem: os últimos Starks em sua glória





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