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Crítica | Moonage Daydream


Que David Bowie era uma pessoa icônica e diferente todo mundo sabe, mas detalhar como a mente inquieta e brilhante de Bowie funcionava e como seus pensamentos mudaram ao longo dos anos é algo que só esse documentário vai conseguir te mostrar. 

Com MOONAGE DAYDREAM, Brett Morgen (The Kid Stays in the Picture, Kurt Cobain: Montage of Heck, Jane) apresenta uma imersão na arte e sons de David Bowie que desafia o género. Considerado um dos maiores artistas do nosso tempo, David Bowie inspira o panorama cultural há mais de 50 anos. MOONAGE DAYDREAM é o primeiro filme que verdadeiramente encarna o legado de David Bowie, tendo sido concedido a Morgen um acesso sem precedentes à sua coleção. Contado através de um sublime, caleidoscópico imaginário, imagens de arquivo pessoal, atuações inéditas, ancorado na própria música e palavras de David Bowie, MOONAGE DAYDREAM convida o público a mergulhar no mundo único que é "Bowie". Em 2017, Morgen recebeu mais de 5 milhões de materiais, incluindo desenhos, gravações, filmes e diários nunca antes vistos. Durante quatro anos, Morgen planeou o filme e em 18 meses criou a banda sonora, as animações e a paleta de cores. Para o filme, a equipa de som - a qual integra o colaborador de longa data, amigo e produtor musical de Bowie, Tony Visconti, e Paul Massey (Bohemian Rhapsody), editor de som, vencedor de um Prémio da Academia re-misturou e adaptou os temas originais de Bowie para um ambiente musical que será apresentado Dolby Atmos. Através da sua carreira, ao longo de gerações, Bowie ensinou que as nossas diferenças são a nossa força. Com MOONAGE DAYDREAM, Bowie dá-nos um mapa para sobreviver no século XXI, convidando, como nunca antes, as audiências a celebrar o seu legado e a sua influência duradoura.


É um documentário, não um filme!
Em meio a tantos filmes contado suas versões de histórias de cantores famosos como Elton John, Elvis e Freddie Mercury, Moonage Daydream na minha cabeça seria mais um desses filmes, obviamente, pensamento meu que não tinha lido nada sobre o filme e nem tinha visto trailers e materiais de divulgação, mas ai sim, está a grande surpresa. Sem saber ao certo o que viria, o filme documentário fornece uma experiência completamente nova, a de assistir um doc de verdade, com milhares de recortes reais da vida de Bowie em uma telona com um som completamente imersivo.



A sensação de estar em um show do Bowie

Brett Morgen aproveita tudo que a de melhor na tecnologia atual para restaurar e remasterizar os videos de Bowie na década de 70, 80, 90 e início dos anos 2000 os deixando com uma qualidade que merece ser reverenciada, principalmente no quesito áudio. Embora a montagem do doc possa parecer estranha, principalmente para quem não conhece a história ou não seja fã de David Bowie, já que o diretor escolhe não narrar nada e nem contar nada sobre a origem de Bowie, a montagem acaba parecendo solta, e talvez isso aconteça de propósito deixando evidente que o doc foi feito de um fã para fãs. Todo o doc foi pensado para Imax, e acreditem, as cenas de shows casadas com audio remasterizados fazem com que o espectador seja teletransportador para um show do Bowie de uma forma imersiva e nunca vista.


A vida em constante mudança
A ideia de trazer um documentário sem narração e sem muitos textos na tela, compostos somente por belas imagens e áudios gravados por Bowie trazem consigo um conceito intimista, e deixando claro como o ícone nasceu e mudou ao longo da sua vida, é impressionante como o Bowie do início do documentário, jovem e com ar de quem está acabando de iniciar uma carreira pensa diferente do Bowie do fim do documentário, junto a todo esse conceito de mudança o doc ainda evidencia em detalhes como a mente de Bowie era inquieta e o que ele fazia para transformar essa inquietação em arte.  


Se for fã assista

Inevitavelmente o doc só vai pegar os fãs de Bowie, embora tenha várias mensagens legais, uma aula sobre arte e sobre a vida e suas mudanças quem não for fã do Bowie vai ficar perdido no contexto geral do documentário. Já para os fãs, essa é sem dúvidas uma oportunidade quase a nível “metaverso” de entender a mente de ídolo e de reviver um show de um ícone que já não está entre nós. 


Nota 4.0/5.0

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