Crítica | Argylle - O Superespião
"Argylle - O Superespião" chega aos cinemas como uma intrigante mescla de comédia, ação e suspense que cativa o espectador do início ao fim. Dirigido por Matthew Vaughn, conhecido por sua habilidade em criar narrativas envolventes, o filme é baseado na obra homônima de Elly Conway e apresenta uma trama que brinca de uma forma super interessante com a fronteira entre realidade e ficção.
Desde o início, o filme estabelece um jogo de "ilusões" e surpresas, mantendo o público constantemente intrigado sobre o que é verdadeiro e o que é fictício. Esta artimanha narrativa é uma das grandes forças do filme, mantendo o espectador engajado ao longo das 2 horas e 20 minutos de duração. Vaughn utiliza sua experiência anterior em Kingsman para criar cenas de ação coreografadas com maestria e um timing perfeito, mantendo o ritmo frenético que a trama pede.
Um dos destaques de "Argylle" é sua fotografia cuidadosamente trabalhada. Os closes nos rostos dos personagens contribuem para uma sensação de claustrofobia, intensificando a confusão do espectador em relação à realidade da trama. Conforme a história avança, os planos se abrem, revelando mais do ambiente ao redor e permitindo que o público vislumbre pouco a pouco a verdade por trás da ficção.
O elenco entrega performances sólidas, com destaque para Bryce Dallas Howard no papel de Elly, uma personagem complexa que oscila entre a desconfiança e a determinação. O gato Alfie também merece menção especial, desempenhando um papel carismático e importante na trama. No entanto, é preciso mencionar que o excesso de plot twists pode se tornar cansativo para alguns espectadores, embora contribua para manter a imprevisibilidade da narrativa.
A estética do filme é outro ponto forte, com cores vibrantes que ressaltam a fotografia e um figurino detalhado que complementa os diversos cenários e cidades onde a história se desenrola. No entanto, é importante ressaltar que alguns dos grandes nomes do elenco têm participações mínimas, Dua Lipa por exemplo deve aparecer por 3 minutos no máximo, o que pode decepcionar alguns espectadores. A comédia presente ao longo do filme é simples e bem executada, equilibrando o exagero dos plot twists e garantindo momentos de diversão para o público.
Não podemos deixar a trilha sonora marcante de lado, mais uma vez Vaughn mostra que tem bom gosto e incorpora de forma única a música "Now and Then" dos Beatles ao filme. A maneira como a música é integrada à narrativa não só adiciona profundidade às cenas, mas também apresenta a icônica canção a uma nova geração de espectadores, enriquecendo ainda mais o filme.
"Argylle - O Superespião" cumpre com maestria o que promete. É divertido, peculiar e cheio de ação exagerada, do jeito que a gente gosta. Com uma abordagem moderna e uma trama envolvente, é um filme que certamente agradará os fãs do gênero.
PS: TEM CENA PÓS CREDITOS, QUEM É FÃ DE KINGSMAN VAI AMAR!
PS: TEM CENA PÓS CREDITOS, QUEM É FÃ DE KINGSMAN VAI AMAR!
Nota: 4.5/5.0
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