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Crítica | Divertida Mente 2


A Pixar, mais uma vez, entrega uma obra-prima da animação com "Divertida Mente 2", uma sequência que expande de maneira brilhante o universo emocional da jovem Riley. Com um salto temporal significativo, encontramos Riley atravessando a tempestade da adolescência, uma fase repleta de novas emoções e desafios. Esta mudança é refletida de maneira brilhante na sala de controle de suas emoções, onde os personagens Alegria, Raiva, Medo, Nojinho e Tristeza se veem acompanhados por novos inquilinos: Ansiedade, Tédio, Inveja, Vergonha, e a participação especial da Nostalgia.

A introdução dessas novas emoções no roteiro é uma sacada inteligente e bem executada, proporcionando uma representação autêntica e identificável da turbulenta jornada adolescente. Quem já passou por essa fase da vida vai se ver refletido nas situações apresentadas, desde a inveja do cabelo de um amigo, ao tédio das noites de domingo, passando pela vergonha de dizer algo embaraçoso na frente dos amigos, até a ansiedade que, sem dúvida, rouba a cena de maneira magistral.


Ansiedade, dublada brilhantemente por Tatá Werneck, é um destaque absoluto no filme. A forma como a personagem é inserida na sala de controle é um dos pontos altos do roteiro, mostrando de maneira leve e divertida como a ansiedade pode invadir nossas vidas. A Pixar consegue representar, de forma lúdica e visualmente encantadora, a complexidade da ansiedade – com pensamentos bons e ruins se entrelaçando, a velocidade dos pensamentos e até mesmo a insônia. Uma das cenas mais impactantes é a crise de pânico de Riley, onde a animação nos prende o fôlego, dando um toque de realismo e sensibilidade a um tema tão delicado.

Além disso, o filme nos presenteia com momentos memoráveis que misturam estilos de animação, especialmente nos pensamentos aprisionados de Riley, nos crushes por personagens de videogame e nas lembranças de desenhos antigos. Cada personagem desses momentos tem um estilo de animação distinto, destacando-se como elementos de outros universos, o que enriquece visualmente a experiência do espectador.


E mais uma vez a dublagem brasileira se destaca, trazendo localizações inteligentes e falas adaptadas para o público nacional. Tatá Werneck, em especial, entrega uma performance energética e sem o seu sotaque característico, tornando a personagem Ansiedade ainda mais envolvente e cativante.

O final do filme é aberto, deixando um calorzinho no coração e uma vontade irresistível de ver como serão as emoções na vida adulta de Riley. A trilha sonora, que mantém as músicas do primeiro filme, continua sendo perfeita, complementando a narrativa de forma impecável.

"Divertida Mente 2" representa a essência mais pura da Pixar, é uma animação inteligente, emocional e cativante, que encanta tanto adultos quanto crianças. A animação é viva e deslumbrante, cada cena é bem trabalhada e a mistura de estilos de animação é um deleite visual. Este é um filme que não apenas diverte, mas também toca profundamente quem o assiste, provando mais uma vez o poder das emoções na construção de quem somos.

Nota: 5.0/5.0

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