CRÍTICA | O Último Duelo
Baseado no romance homônimo de Eric Jager, "O Último Duelo" ( The Last Duel ) é uma obra dirigida por Ridley Scott e protagonizada por Jodie Comer, Matt Damon e Adam Driver.
O drama se passa no ano de 1386 e narra os eventos históricos que levaram ao último duelo judicial permitido na França pelo rei Carlos VI e pelo parlamento de Paris, entre os vassalos Jean De Carrouge e Jacques Le Gris. O combate é solicitado pelo próprio Carrouge, após sua esposa, Marguerite, revelar que foi violentada por Le Gris durante a ausência do marido.
A história é desenvolvida de uma maneira envolvente e ao mesmo tempo angustiante, pois mostra como a lei da época era exclusiva para os homens e violenta com as mulheres. A busca de Marguerite por justiça coloca em questão sua honestidade, sua dignidade e sua vida. As caracterizações e cenários do filme são um detalhe à parte, a tarefa de reproduzir os ambientes e vestimentas da época foi muito bem executada pelo diretor e sua equipe. a narrativa é baseada em fatos reais, portanto não dispõe de muita ação, sendo focada, na maior parte, nos diálogos e relações de poder entres as figuras históricas da época.
O longa é dividido em três capítulos, sendo cada um contado pela perspectiva de um dos personagens principais, por isso algumas cenas se repetem, o que o torna mais lento para quem não está acostumado a esse tipo de narrativa.
Ainda assim, é uma experiência surpreendente, e para muitos, emocionante, testemunhar o desafio de Marguerite contra o homem que a violentou e como seus atos contra o poder patriarcal dominante na época a fizeram entrar para a história.
O filme estreia em 14 de outubro nos cinemas.
Nota 4.0/5.0
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