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Crítica | Belle

Sabe aquele ideia de viver em um mundo virtual que já foi explorada em diversas mídias da cultura pop, como Matrix, Jogador Número 1, Sword Art Online e entre outros? Esse tema anda em alta e mesmo assim não fica repetitivo, e a prova viva de longevidade desse tema é Belle, anime que estreia nos cinemas no próximo dia 27, a produção do diretor Mamoru Hosoda, chega com tudo para te deixar comovido e surpreso não só com o mundo simulado mas com a triste realidade muitas vezes “escondida” do mundo real.

Suzu é uma estudante tímida do ensino médio que vive em uma vila rural. Por anos, ela foi apenas uma sombra de si mesma. Mas quando ela entra em "U", um enorme mundo virtual, ela foge para sua persona online como Belle, uma cantora linda e globalmente amada. Um dia, seu show é interrompido por uma criatura monstruosa perseguida por vigilantes. À medida que sua caçada aumenta, Suzu embarca em uma jornada épica e emocional para descobrir a identidade dessa misteriosa "fera" e descobrir seu verdadeiro eu em um mundo onde você pode ser qualquer um.



Quando exibido em Cannes em 2021 o filme foi aplaudido de pé por 14 minutos, e com certeza não foi atoa, Mamoru Hosoda brilha na escrita de um roteiro tênue que mixa a vida real com a vida virtual, exaltando na ficção cenários cotidianos vividos por todo mundo nas redes sociais da nossa internet que está longe de ser um mundo virtual simulado, mas que se aproxima muito do mundo virtual ficcional do anime. E toda essa proximidade do mundo virtual ficcional com o nosso mundo virtual é retratada em forma de critica a como estamos usando a tecnologia e a internet ao nosso desfavor, para exibir uma vida que não vivemos de verdade e discursar a favor do amor ou do ódio.  


Alem das críticas, o roteiro se encarrega de apresentar um romance atípico entre a protagonista Belle e a Misteriosa Fera, e essa junção entre “Belle e a Fera” gera uma releitura do clássico da Disney, em sua versão repensada e atualizada para uma geração mais conectada.



Suzu tem uma vida pacata no mundo real, mas ao se conectar em “U” ela é uma cantora excelente, e para fazer com isso dê certo o anime conta com uma trilha sonora viciante, sempre que Belle se prepara para cantar já é esperada uma boa musica bem no estilo de abertura de anime, daquelas que não saem da cabeça e que vão entrar na sua playlist.


Se estamos falando de anime, não podemos deixar de falar do estilo de animação, cheio de cores vívidas o anime aplica o estilo já conhecido do diretor que em outras experiências foi responsável por Digimon Adventures de 1999 e Criança Lobo de 2012, sempre trazendo bons traços e muitas cores aos seus filmes.


Belle traz consigo um enredo misterioso, surpreendente, com críticas que te deixam pensativo e com olhos marejados. Um verdadeiro mix de sensações que não vai sair da sua cabeça.  


Nota 5.0/5.0

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