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CRÍTICA | BELO DESASTRE


Adaptado do livro homônimo, "Belo Desastre" chega aos cinemas com uma história repleta de clichês do gênero de romance adolescente, mas apresenta uma abordagem divertida e envolvente que cativa e inspira o público jovem.

Em Belo Desastre, Abby Abernathy (Virginia Gardner) acredita que já está bem distante de seu tumultuado passado, mas quando ela chega à faculdade com sua melhor amiga America (Libe Barer), seu caminho para um novo começo é colocado em risco por uma aventura de uma noite com um cara chamado Travis “Mad Dog” Maddox (Dylan Sprouse). Travis é o típico garoto bad boy e exatamente a pessoa que Abby deveria evitar e o útimo que deveria ver na vida, mas a vida tumultuada do bad boy faz com que Abby não consiga desviar o olhar dela no garoto. Ele luta MMA para pagar a faculdade e enquanto está no campus, ele se passa de pegador. Intrigado com a resistência da garota, Travis faz uma aposta com ela: Se ele perder sua próxima luta, ele ficará um mês sem ter relações sexuais com ninguém. Porém, se ganhar, Abby terá que morar com ele e o colega de quarto (Austin North) também por um mês. Mas, Travis não tem idéia do passado de Abby e, talvez, se ele descobrir, verá que os dois não são tão diferentes assim.

Menos drama e mais comedia!
Como peça chave para transformação do livro em filme, direção e roteiro conseguiram encontrar um caminho interessante e que cativa o público com uma abordagem cômica. Ambos entenderam que o filme precisava ser engraçado e não levar a si mesmo tão a sério, o que funcionou muito bem. Apesar de não ser inovador, o roteiro consegue utilizar o estilo padrão do gênero de maneira divertida, permitindo que os personagens fossem caricatos de forma leve e bem-humorada. Isso torna a experiência de assistir o filme mais agradável, pois o público pode aproveitá-lo pela perspectiva de rir das situações que os personagens enfrentam.

Recursos visuais interessantes
Embora o filme possua uma boa fotografia, com cenas muito bem produzidas e visualmente interessantes principalmente nas cenas feitas em ambientes fechados e nos momentos que detalham o casal em sua intimidade, o filme deixa a desejar nas cenas de luta. Infelizmente, as cenas de ação são mal coreografadas e editadas, tornando-as pouco empolgantes e quase sem impacto visual. Fica evidente que a produção não dedicou o suficiente na preparação e execução dessas sequências, o que pode ser uma decepção para aqueles que esperavam ver lutas eletrizantes, o foco está mesmo na vida do jovem casal.


Mas é previsível? 
Mesmo abraçando o lado cômico o filme é bastante previsível e repleto de clichês, o que pode desapontar os espectadores que buscam uma trama mais inovadora. Desde a primeira cena, já é possível prever o rumo que a história irá tomar, com a típica trama de garota boazinha se envolvendo com o bad boy irresistível.

E quem leu o livro?
Para os fãs do livro "Belo Desastre", a adaptação para as telonas pode ser considerada uma boa notícia. A essência dos personagens criados por Jamie McGuire está presente no filme e muitas cenas do livro foram reproduzidas, ainda que com algumas modificações para adequar a história à linguagem cinematográfica. Apesar de serem simples, essas cenas ainda conseguem capturar a essência do romance entre Abby e Travis, que é o ponto central da trama.

Belo desastre é um filme que feito público adolescente. Ele traz uma abordagem cômica e muito divertida de um romance juvenil, com o uso de recursos visuais bastante eficientes. Contudo, o filme acaba caindo em alguns clichês e entregando uma história bem previsível.

Nota: 3.5/5.0

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