Crítica | O Protetor: Capítulo Final
"O Protetor: Capítulo Final" chega como o terceiro e último filme da trilogia de ação dirigida por Antoine Fuqua, trazendo de volta Denzel Washington no papel de Robert McCall. O filme se inicia com McCall buscando refúgio no sul da Itália, mas logo se vê envolvido em problemas com a máfia local.
A força inegável da franquia é, sem dúvida, Denzel Washington. Sua atuação marcante e a habilidade de transmitir sinceridade em cada palavra proferida são a âncora da série. Ao encarnar McCall, um personagem imponente, Washington adota uma abordagem intrigante. Sua confiança silenciosa o torna a presença mais intimidadora da sala quando entra em ação, sem necessidade de elevar a voz. McCall, apesar de ser um personagem virtualmente invencível, torna-se cativante sob a interpretação de Washington.
A sequência de abertura promete uma dose intensa de ação, repleta de cenas de confronto visceral. No entanto, o ritmo do filme declina após esse momento inicial. A trilogia sempre sofreu com questões de ritmo e trama, e o terceiro filme não é exceção. McCall se estabelece na Itália antes de enfrentar os antagonistas, mas a narrativa se arrasta nos momentos intermediários devido às subtramas.
Enquanto a máfia italiana perturba a paz de McCall, o filme tenta criar um sentimento de aversão nos espectadores em relação a eles, por meio de ações vilanescas que ultrapassam os limites da ficção. No entanto, o protagonista permanece passivo por grande parte do filme. Personagens como Emma, interpretada pela talentosa Dakota Fanning, parecem subutilizadas, desperdiçando o potencial que poderiam ter tido.
A trama se concentra bastante em diálogos, alguns dos quais parecem desnecessários e poderiam ter sido enxugados para uma experiência mais dinâmica. Em contrapartida, as cenas de ação são ora arrastadas, ora apressadas, deixando um desequilíbrio desconcertante na narrativa.
O ponto alto da franquia costuma ser quando McCall enfrenta os criminosos, impondo punições severas. Infelizmente, o ato final de "O Protetor 3" deixa a desejar, apresentando uma cena de ação pouco memorável e fraca. No geral, este filme representa o ponto fraco da trilogia, com McCall assumindo um papel mais observador enquanto os antagonistas ameaçam e atacam civis.
Embora haja momentos de tensão bem escritos, não são suficientes para salvar o filme do tédio que se instala em alguns momentos. O desempenho estelar de Denzel Washington eleva a produção, mas não consegue evitar que ela se torne tediosa. No entanto, é importante ressaltar a excelente fotografia e o encanto das paisagens italianas que embelezam a tela, acrescentando um toque de beleza visual a um filme que, infelizmente, não atinge o potencial que a trilogia prometia.
Nota: 2.5/5.0
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