CRÍTICA | HYPNOTIC - AMEAÇA INVISÍVEL
"Hypnotic" é uma experiência cinematográfica alucinante que desafia as convenções tradicionais do gênero de suspense. Sob a direção de Robert Rodriguez, o filme nos transporta para um mundo de mistérios e ilusões que mantém o espectador em suspense do início ao fim. Ben Affleck interpreta o detetive Daniel Rourke, cuja busca incansável por sua filha desaparecida o leva por um labirinto de eventos perturbadores e enigmáticos. O enredo se desenrola como um quebra-cabeça complexo, onde a linha entre realidade e ilusão se desfaz, deixando o público se questionando a cada reviravolta.
A trama é habilmente construída com influências de filmes como "Matrix", "Limitless" e "Memento", mantendo o espectador envolvido em um jogo constante de especulação. À medida que Rourke mergulha nas profundezas de sua investigação, descobre que suas próprias experiências podem ser construções hipnóticas, levando a questionamentos profundos sobre o que é real e o que não é. Isso cria uma atmosfera de incerteza que permeia todo o filme, mantendo o expectador em suspense ao longo de todo o filme.
Embora Ben Affleck traga sua presença carismática para o papel do detetive Rourke, o desenvolvimento de seu personagem deixa a desejar, já que o filme concentra-se principalmente em sua obsessão pela filha desaparecida e seu compromisso com os casos que investiga. No entanto, a grande surpresa do filme é Alice Braga, que desempenha um papel fundamental como parceira de Rourke, acrescentando profundidade à trama.
Visualmente, "Hypnotic" é cativante, com a fotografia de Pablo Berron contribuindo para a atmosfera enigmática do filme. No entanto, em alguns momentos, as costuras da trama se tornam visíveis, o que pode ser atribuído à natureza complexa da narrativa. Hypnotic consegue "hipnotizar" o público, envolvendo-o em uma história intrigante e cheia de surpresas. É um quebra-cabeça cinematográfico fascinante que desafia as expectativas e deixa o espectador ansioso por uma possível sequência que poderia continuar explorando os limites da mente e da realidade.
A experiência de assistir ao filme se assemelha a um treinamento em uma academia onde a gravidade parece estar em constante mudança. Logo quando a trama parece esclarecer as incógnitas, o terreno se desfaz sob nossos pés, levando-nos a questionar se tudo está prestes a recomeçar. E quando você pensa que a viagem entre realidade e ilusão acabou, os créditos finais nos reservam
uma última surpresa. Então não saia da sala de cinema antes dos créditos finais finalizarem.
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