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Crítica | Planeta dos Macacos : O Reinado


"Planeta dos Macacos: O Reinado" é uma obra que se distancia da fórmula tradicional da franquia, mergulhando em territórios narrativos inexplorados. Em um contexto pós-César, o filme oferece uma visão distópica de um mundo onde os primatas evoluídos coexistem com humanos regressivos, refletindo não apenas sobre o legado de seu grande líder, mas também sobre a natureza humana e os desafios da convivência entre diferentes espécies.

O enredo se desenrola em torno do jovem macaco Noa, cuja jornada em busca de aprovação paterna se transforma em uma batalha pela liberdade de seu povo. Owen Teague traz profundidade e emoção ao personagem, destacando-se como um protagonista carismático e cativante. A inserção de uma jovem humana, Mae, interpretada por Freya Allan, adiciona uma dinâmica interessante, explorando temas de cooperação e compaixão além das fronteiras de espécie.


Kevin Durand entrega uma performance poderosa como Proximus Caesar, um líder macaco que distorce os ensinamentos de César em prol de seus próprios interesses. Sua tirania e brutalidade criam um antagonista convincente, cujas ações desencadeiam uma série de eventos que desafiam as noções de justiça e moralidade.

A direção de Wes Ball é complementada com primor pelos impressionantes efeitos visuais, que dão vida a um mundo repleto de detalhes e texturas. A representação dos macacos montados a cavalo e a ambientação da floresta são especialmente notáveis, adicionando ainda mais imersão à narrativa.


Mas se tem um ponto que aqui deixa a desejar  são as duas horas e meia de filme que se tornam um obstáculo para alguns espectadores, tornando certos momentos cansativos e prolongados. Além disso, algumas questões levantadas pelo enredo poderiam ter sido exploradas mais profundamente, deixando espaço para um desenvolvimento melhor de personagens e temas.

"Planeta dos Macacos: O Reinado" deixa claro que a franquia ainda tem um bom caminho pela frente, desafiando expectativas e oferecendo uma reflexão provocativa sobre poder, liderança e coexistência. Seu desfecho ambíguo deixa o espectador com perguntas pertinentes sobre o futuro desses mundos em conflito, abrindo espaço para novas explorações e possíveis desdobramentos na história. É um filme que merece ser visto não apenas pelos fãs da saga, mas por qualquer pessoa interessada em uma narrativa envolvente e provocativa.

Nota: 4.5/5.0

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