Header Ads

Crítica | Papai é Pop


Afinal, existe manual para ser pai ou mãe? Bem que os papeis de primeira viagem iam adora. Papai é pop, filme que adapta o livro homônimo chega aos cinemas mostrando a realidade difícil de ser pai, ser mãe, ser marido, ser esposa e por que não, ser uma família.


Em Papai é Pop, Tom (Lázaro Ramos) vê sua vida mudar completamente ao se tornar pai. Aos poucos, junto com a esposa Elisa (Paolla Oliveira), ele vai aprendendo o significado da paternidade e se vê tomado por um amor completamente diferente depois do nascimento de sua filha. Através de situações cotidianas, o filme apresenta uma representação fiel da relação entre pais e filhos.


A vida real filmada e colocada nas telonas

Todo mundo já ouviu falar que ser pai de primeira viagem é uma tarefa difícil, que as horas de sono vão fazer falta, que a lista de tarefas vai crescer e que a produtividade no emprego vai quase ao chão, até aí nada de novo, mas existe um abismo enorme entre ouvir falar, ver nas telonas e viver essa experiência louca que é a paternidade. No quesito mostrar a realidade de ser pais de primeira viagem o filme Papai é pop acaba de se tornar a referência, acompanhando do nono mês de gravidez de Elisa até o quarto ano de vida da sua filha Laura, o filme coloca na tela um drama bem contado que se destaca pela realidade vivida por todo mundo que já encarou os desafios de se ter um filho. 


Um roteiro acurado, que emociona
Toda essa realidade mostrada no filme é fruto do excelente roteiro adaptado por Ricardo Hofstetter, que pegou o livro homônimo e o colocou na medida certa para os cinemas. Facilmente o espectador entra na trama e se identifica com a situações vividas por Tom e Elisa, que inclusive se destacam pela incrível química entre Lázaro Ramos e Paolla Oliveira, é serio, associar o texto desse filme com qualquer reclamação de um pai de primeira viagem não será uma mera coincidência e a proximidade é tanta que a emoção vai te dominar, você sendo pai ou não.


Antes de ser POP, papai é um babaca
Ok, já falei que ser pai não é fácil, mas ser um BOM pai é ainda mais difícil, e apesar do título dar a intenção de que Tom, personagem de Lázaro Ramos ia ser um paizão logo de cara se quebra logo nos primeiros minutos e dão ainda mais embasamento para a realidade passada pelo roteiro. Tom é um completo babaca que tem em sua jornada uma curva imensa de aprendizado, e não a nada melhor para aprender do que a dor… Tom sofre, erra, tenta, erra mais uma vez, se perde, vira um babaca e faz o que de melhor o erro pode fazer com uma pessoa, aprende, aprende na dor e monstra que ser um papai pop não é nada fácil.



Mamãe já é pop de natureza

Enquanto acompanhamos Tom aprender com seus erros e tentar virar um pai pop, a Elisa personagem de Paolla Oliveira evidencia que mamães já nascem pop, completamente madura, Elisa tem aqui uma jornada de aprendizado completamente diferente de Tom, como mãe, definitivamente vemos o famoso extinto materno gritando em cada cena, mãe não erra, e aprende a ter paciência e a dar mais uma chance a babacas como tom.   


Pequenas detalhes que chamam atenção de um verdadeiro amante da cultura POP
Tom é um true Nerd no filme, e alguns detalhes acabam não passando despercebidos, erros como o personagem usar uma camisa da marca Playstation em várias cenas e ter um xbox em sua casa, ou o simples fato do Tom resolver um bug por telefone instruindo um amigo do serviço a simplesmente adicionar um "IF THEN" na linha 138 de seu código. Nesse quesito, o filme acaba chamando atenção negativamente, juntamente com breve acelerada no último ato, em que ao invés de alongar o filme por mais dez ou vinte minutos o diretor resolve por simplesmente avançar para o fim deixando algumas pequenas pontas soltas. Mas esses são problemas que podem passar batido para alguns e que não tiram o brilho do drama e a evolução de Caio Ortiz como diretor.


Um drama gigante que traz ensinamentos verdadeiros

Papai é pop é um filme necessário para aqueles que estão embarcando ou querendo embarcar na paternidade, é um filme realista, que emociona, arranca risadas e traz ensinamentos sobre as dificuldades de ser um pai ou uma mãe pop.


Nota:
4.5/5.0

Nenhum comentário