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CRÍTICA | A Pequena Sereia

  


Tenho que admitir que eu estava um pouco cético quanto ao novo "A Pequena Sereia" que chega aos cinema no dia 25 de maio, principalmente pelo fato que a Disney está ficando sem boas ideias, e um live-action não é nada mais que uma adaptação das animações para a vida real, que pode as vezes dar muito certo e acabar apresentando um clássico para uma nova geração ou também pode dar muito errado e não agradar ninguém. Mas, já adianto que temos aqui um grande acerto, que atualiza a proposta do clássico sem perder sua essência.  

A história é a mesma, Ariel é uma jovem sereia que tem uma intensa admiração pela vida fora do mar, e acaba se apaixonando pelo príncipe Eric, mas como esse é um amor impossível e proibido pelo seu pai, o rei tritão, cabe a ela admirar de longe, bom pelo menos é isso que pensa, até conhecer sua "doce e amável" tia Úrsula, uma bruxa muito habilidosa, que oferece um acordo para ela se tornar humana em troca da sua voz, Ariel aceita e com isso tem três dias para beijar o príncipe, assim continuando como humana e recuperando sua voz, caso contrário ela voltaria a ser sereia e posse de Úrsula.

Nada é perfeito
Como todo live-action, existem os erros e acertos, mas temos que deixar claro que um dos maiores acertos desse projeto a é a escalação da Halle Bailey e da Melissa McCarthy, principalmente pelas cenas musicais que ficaram impecáveis em relação a performance de ambas.

Halle Bailey nasceu para ser a Ariel
Além de trazer diversidade e representatividade para a história, a atuação de Bailey é excelente, sua energia cativante e carisma magnético trazem vida à personagem, tornando-a verdadeiramente envolvente. Sua excelente voz combina perfeitamente com as canções do filme, proporcionando momentos musicais emocionantes. Além disso, sua interpretação vai além do aspecto vocal, transmitindo as emoções e nuances da personagem de forma autêntica e apaixonada, sem perder a essência da Ariel que conhecemos ao mesmo tempo em que a Disney dá um passo significativo em direção à inclusão e à promoção da igualdade, mostrando que a imaginação e o encanto transcendem as limitações raciais.



Uma Ariel nova e atualizada
Toda essa potencia de atuação da Halle Bailey misturada a um bom roteiro resultam em um filme que consegue traçar um caminho novo para Ariel, elevando-a além de uma simples "princesa da Disney", e mostrando sua determinação em buscar seu próprio caminho, sendo esse um dos artefatos que mais contribuem para tornar o filme interessante e encantador.

Um mundo que deveria ser lindíssimo
Falando dos erros, creio que oque mais senti falta foi de ver uma variedade de sereias e tritões, o mar parece estar simplesmente abandonado pela corte do rei tritão, não se tem aquela imponência igual a do desenho e aquela multidão de animais e pessoas indo ver a reunião das filhas do rei dos sete mares, outro ponto é o castelo que parece ser minúsculo e gera uma certa desproporção da grandeza que deveria ser o mundo marítimo.

E o CGI?
De forma geral, a adaptação consegue trazer sentimentos à tona, principalmente com as canções e sua estrutura narrativa, mas existem alguns pontos que causam estranheza em alguns momentos como a roupa do rei tritão que parece uma fantasia de carnaval e o principal... o problema de CGI. é estranho como a Disney vem entregando CGIs de baixa qualidade, isso é algo assusta visto que a Disney sempre foi referência nesse quesito, e que de alguns anos para cá vem trazendo obras que parecem ter sido finalizadas as pressas. Algumas cenas parecem terem recebido muito mais atenção na finalização e edição que outras, mas ainda assim, alguns telespectadores conseguem relevar, pois existem cenas onde o uso de efeitos práticos ficaram simplesmente perfeitos e trazem a famosa magia Disney.

"A Pequena Sereia" consegue capturar a essência do clássico original e ao mesmo tempo adicionar camadas atualizadas e ainda mais profundas à história, proporcionando uma experiência cativante que apesar de alguns problemas merece ser assistida.

Nota: 4.0/5.0



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