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Crítica | Chama a Bebel


Chama a Bebel, dirigido por Paulo Nascimento, nos apresenta Bebel, uma jovem cadeirante interpretada com carisma por Giulia Benite (a Mônica dos filmes da Turma da Mônica). Com um roteiro simples, mas cheio de boa vontade, o filme traça uma narrativa inspiradora, baseada em alguns fatos reais, destacando questões relevantes, desde a defesa dos direitos animais até a luta pela sustentabilidade, passando pelo enfrentamento do bullying online e offline.

Giulia Benite, com seu carisma e talento, entrega uma atuação interessante ao dar vida a Bebel. A personagem é dotada de uma inquietante vontade de mudar o mundo, e a escolha das cores amarelas para acompanhá-la ao longo do filme adiciona um toque simbólico, enfatizando a esperança que ela carrega consigo. A representação de uma jovem cadeirante como protagonista é um passo significativo para a inclusão e diversidade no cinema, e Benite faz isso com autenticidade e sensibilidade.

A trama do filme, embora simples, carrega uma mensagem poderosa, especialmente destinada a crianças e jovens. A inspiração em Greta Thunberg e a abordagem de temas atuais, como a utilização de animais em testes de cosméticos, destacam a importância de se tornar um ativista e lutar por um mundo mais sustentável. Filmes que envolvem animais têm a capacidade de tocar corações, e aqui não é diferente. "Chama a Bebel" conquista pontos adicionais nesse aspecto, sensibilizando o público para a causa dos direitos animais.

O uso da internet como ferramenta para espalhar fake news e o bullying é abordado de maneira impactante. O enredo sustenta a revolta que surge ao testemunhar a crueldade e a manipulação, especialmente quando interpretadas por Flavia Garrafa, que dá vida a uma tia que beira a vilania. Sua atuação é tão convincente que o público se vê envolvido por uma repugnância genuína diante das ações e falas da personagem, o sentimento de "O TIA CHATA" sobressai durante todo o filme.

Sofia Cordeiro, interpretando a personagem Rox, é a típica "vilãzinha" da escola em "Chama a Bebel". Ela é a garota rica e mimada que, assim como a tia na família, causa aquela repulsa com suas ações arrogantes. Cordeiro consegue dar vida à Rox de uma maneira que você simplesmente adora odiar. Sua atuação adiciona aquele toque de drama estudantil, deixando claro que Bebel não enfrenta desafios apenas em casa, mas também tem que lidar com a hostilidade de uma colega cheia de atitudes desagradáveis.

"Chama a Bebel" abraça uma variedade de temas recentes e cruciais, proporcionando não apenas entretenimento, mas também muita reflexão. A diversidade de assuntos tratados faz com que o filme seja uma excelente escolha para assistir em família, estimulando discussões sobre ativismo, inclusão, sustentabilidade e ética digital, inspirando todo mundo a refletir sobre o papel de cada um na construção de um mundo melhor.

Nota: 3.5/5.0

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