Crítica | Aladdin (2019)
Mais um live action de um clássico animado da Disney sendo lançado, e apesar da falta de criatividade dos estúdios em lançamentos originais (este ano por exemplo,a Disney não lançou, nem irá lançar nada que não seja remake ou continuações), eu só digo uma coisa: manda mais!
Aladdin segue o mesmo estilo de adaptação adotado depois de Cinderela, onde tudo o que você viu no desenho está na versão de “carne e osso”, por vezes de forma adaptada para se encaixar no contexto "live action" e com adições na história para que versão tenha vida própria e adquira seu brilho individual.
VOCÊ NUNCA TEVE UM AMIGO ASSIM!
O filme tem a energia da animação e consegue ser bem sucedido em um dos pontos que muitos, inicialmente, torceram o nariz. Começando por Will Smith como o Gênio da Lâmpada, é um pouco “curioso” a quantidade de pessoas que surgiram para beatificar a versão de Robin Williams, que até então era "imaculada" por fãs que passaram a vida inteira assistindo a versão dublada... Pra mim não faz muito sentido a não ser o famoso “hate gratuito”, que foi calado com o talento indiscutível de um Will Smith empenhado e claramente adorando o que está fazendo.
A atuação do mesmo não substitui a dada pelo original em 1994; Will faz o que deveria fazer, cria a sua versão e ganha seu espaço. Sabe-se que a família de Robin Williams não permite o uso de sua imagem ou voz, desde a morte do ator (talvez seja esse o motivo de especificamente apenas suas músicas na trilha sonora da animação, não estarem disponíveis no Spotify), agora a Disney tem uma versão atualizada satisfatória o suficiente para tomar lugar em seu marketing (parque, trilhas sonoras, e outros produtos). Curioso mesmo é Márcio Simões, que dubla Will Smith a bastante tempo, reprisar o personagem do Gênio, ao qual dublou na versão da animação em 94. Coincidência, ou a gente já pode criar mais uma teoria “sinistra” envolvendo a Disney? 🤯 "Você nunca teve um dublador assim!!!"
Will Smith se diverte ao mesmo tempo que diverte o expectador |
NINGUÉM VAI CALAR JASMINE!
Outra peça importante é Jasmine, interpretada por Naomi Scott (Power Rangers), que em tempos onde o machismo virou descaramento, empodera sua personagem, ganhando uma merecida música solo (que não existia no original) e mostrando ser muito mais que só uma "Princesa Disney". A importância ao se passar a mensagem correta de que garotas são ótimas líderes e tomam frente com pulso firme, vai além de “entrar na onda”, a propaganda é vital para que conceitos ultrapassados (que nunca deveriam ter existido), sejam deixados de lado. Ao lado da princesa, há também a adição de uma nova personagem, Dalia (Nasim Pedrad), que não é feita ao acaso e complementa muito a história antes contada de outra forma.
Naomi Scott entrega uma Jasmine mais participativa e empoderada |
NEM TUDO É UM TESOURO.
Acaba que, quem não se destaca tanto é o próprio protagonista Aladdin, interpretado por Mena Massoud em sua estréia no cinema. Nem de longe o personagem é insatisfatório, mas não vai muito além. Quem mais sofre na nova adaptação é o vilão Jafar, que deixa o aspecto assustador do desenho, por uma aparência jovial e galante de Marwan Kenzari (Ben-Hur), que não é usada a seu favor. A quebra de estereótipos não é novidade, mas a imagem de “vilão=feio”, vem das próprias animações, onde o interior reflete no exterior; como este não é o caso deveriam ter usado mais dessa característica para colocar medo de outra forma... Não convenceu.
O Jafar de Marawn Kenzari não convence como vilão |
TÃO MÁGICO COMO A PRÓPRIA LÂMPADA DO GÊNIO.
Não vamos nos esquecer dos personagens animados, Abu, Iago e o Tapete Mágico estão incríveis, inclusive este último, protagoniza uma cena onde constrói um certo castelo famoso, em areia com direito a homenagem a outra personagem muito famosa… Prestaram atenção?⠀ As músicas, seriam um show a parte se não fossem tão clássicas quanto o próprio filme. Não tem jeito, não envelhecem e marcam gerações. Em geral, um filme que provavelmente vai ser lembrado nas premiações,e merece atenção, tanto para os que cresceram vendo a animação, quanto para os mais novos que serão apresentados a “Agrabah” agora.
Avaliação - 5/5.
Engraçado q vc pontuou as msms percepções q tive haha Pra mim, é a melhor adaptação da Disney até o presente momento dentre as que assisti. Jasmine e Gênio são mt incríveis, tão incríveis q acabaram por praticamente tornar Aladdin um personagem secundário (mt bem apresentado por sinal, mas que foi um tanto qto ofuscado)
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