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Crítica | A Última Noite

 

Digamos que o fim do mundo foi anunciado previamente para o dia 25 de dezembro em forma de uma grande nuvem de gases tóxicos que ao serem inalados causarão dores insuportáveis antes da consequência final, a morte, e ai uma empresa farmacêutica começa a vender uma pílula que causa a morte indolor. E ai o que você faria?  


Em A última noite observamos de perto as escolhas dos jovens pais Nell (Keira Knightley) e Simon (Matthew Goode), juntos ao seu filho Art (Roman Griffin Davis) mediante ao fim eminente do mundo. Eles se prepararam para receber amigos e familiares para a melhor celebração de Natal das suas vidas. A reunião que parece perfeita, logo se transforma no dia mais tenso de suas vidas.



Com um roteiro que trata de escolhas difíceis de uma forma simples e sútil, tais como contar ou não para as crianças sobre o fim do mundo, ingerir ou não a pílula que acaba com a vida de forma indolor e entre outras decisões difíceis, o roteiro tem o mérito de convergir o gênero terror/drama com comédia melancólica com diálogos excelentes cheio de discussões engraçadas e reais sobre o fim da vida.


Dando vida ao excelente roteiro temos a estreia de Camille Griffin, que é mãe do Roman Griffin Davis, que rouba a cena na interpretação de Art, uma criança inteligente e cheia de medos, nos fazendo ficar de olho nos trabalhos futuro do ator que roubou a cena também em Jogo Rabbit. 


Além disso o filme tem diversos personagens peculiares e cada um deles foi excelentemente bem escolhidos na seleção do elenco, que inclusive conta com Lily Rose Melody Depp, filha do astro Johnny Depp e que já começa a entregar atuações de personagens esquisitos assim como seu pai. Com tantos personagens peculiares e interessantes, o filme peca somente no desenvolvimento deles, com 90 minutos de duração acabamos ficando curiosos em relação as histórias vividas pelos personagens coadjuvantes.


Para acompanhar a melancolia do fim do mundo no natal, temos uma trilha sonora característica do clima natalino mesclada com uma fotografia morta, o que da um tom meio Wes Andenrson ao contrario ao filme, trazendo um resultado diferentemente ousado para o filme.  


Peculiar, melancólico, estranho e cheio de questões difíceis, A Ultima Noite é um filme diferente, que foge do comum e que te deixa pensativo sobre o fim.


Nota 4.0/5.0

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