Crítica | Vigaristas em Hollywood
O produtor Max Barber (Robert de Niro) contrai uma dívida junto do chefe da máfia Reggie Fontaine (Morgan Freeman), devido ao seu último fiasco cinematográfico. Com a vida em jogo, Max produz um novo filme apenas para matar o protagonista numa acrobacia e cobrar o prémio do seguro. Mas quando Max escolhe Duke Montana (Tommy Lee Jones), não espera que o velho alcoólico se sinta revitalizado perante as câmeras. Incapaz de matar Duke numa acrobacia básica, Max coloca-o em situações cada vez mais perigosas, das quais Duke se vai safando sempre. Até onde irá Max, o produtor falhado, para salvar a sua pele?
Com um roteiro bem elaborado e simples, o filme nos envolve em uma trama carregada de situações engraçadas e exageradamente absurdas para o “Mundo Real”. E nesse ponto de comparar os exageros vividos pelos personagens Max e Duke com o mundo real é que se encaixa o mundo fictício já conhecido do desenho Papa-leguas, afinal temos um Max (Coiote), tentando e falhando miseravelmente diversas vezes em matar o Duke Montana (Papa-Leguas).
Além de vários planos mirabolantes que tem tudo para dar errado o filme tem diversas referências ao mundo do cinema, tais como filmes de Hitchcock e Orson Welles, e essas referências estão espelhadas ao longo dos 114 minutos de filme, isso reforça ainda mais o trabalho feito em cima do roteiro que se destaca junto com as boas atuações.
Contando com Robert De Niro, Tommy Lee Jones e Morgan Freeman se tem uma coisa que não falta no filme são grandes nomes, e tirando o Morgan Freeman que é praticamente um figurante de luxo, Robert De Niro e Tommy Lee Jones dão um show de comédia, eles possuem uma química excelente em tela e sempre que estão contracenando arrancam boas risadas do público por transparecerem os objetivos de seus personagens na atuação, seja pelo franzir da testa ou pela forma de olhar.
Com um início meio lento mas que quando engrena flui muito bem, Vigaristas em Hollywood possui um elenco de peso em uma comédia que garante diversão e que vale ser assistida despretensiosamente.
Nota 4.0 / 5.0
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