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CRÍTICA | Alerta Máximo



Se você, assim como eu, é formado em cinema pela sessão da tarde com certeza você se lembra de algumas pérolas do gênero de ação como velocidade máxima, duro de matar e máquina mortífera, filmes esses que você senta e sente a adrenalina subindo a ponto de nem perceber que se passaram 2 horas em frente à TV, Alerta Máximo, novo filme protagonizado por Gerard Butler chega aos cinemas dia 12 de Janeiro se inspirando nos clássicos de ação.

Em Alerta Máximo, o piloto Brodie Torrance (Gerard Butler) salva seus passageiros de um relâmpago fazendo um pouso arriscado em uma ilha devastada pela guerra – e descobre que sobreviver ao pouso era apenas o começo. Quando a maioria dos passageiros são feitos de reféns por rebeldes perigosos, a única pessoa com quem Torrance pode contar para ajudar é Louis Gaspare (Mike Colter), um acusado de assassinato que estava sendo transportado pelo FBI. Para resgatar os passageiros, Torrance precisará da ajuda de Gaspare e descobrirá que há mais em Gaspare do que aparenta.

“nem DEUS afunda esse navio”, “esse avião é indestrutível” Se ouvir...Fuja
Lá em Titanic aprendemos que não devemos falar que DEUS não afunda um navio e devíamos ter levado isso pra vida… por aqui o piloto Torrence diz para um dos passageiros “esse avião é indestrutível” e desse momento em diante fica claro que teremos problemas, o anseio por "algo de ruim" não dura muito tempo, logo no início percebemos que coisas ruins vão acompanhar Torrence e os passageiros por um bom tempo, mérito do roteiro que segura o ritmo e mantem a curiosidade durante os três grandes atos do filme, sendo o primeiro deles a bordo de um avião no estilo “ConAir” misturado com "Sully: O Herói do Rio Hudson" onde os passageiros se juntam a um prisioneiro perigosíssimo e ainda enfrentam o pânico de um avião caindo. Confesso que nesse primeiro ato o filme ganhou minha atenção.



Turbulência pouca é bobagem
Passada a turbulência  do primeiro ato temos os dois próximos atos de pura ação, mas dessa vez em terra firme e com muito tiro, porrada e estratégia. De longe o fato do filme permear entre o pânico no ar instaurando um plot curioso e se desenrolar com ação de tirar o fôlego é algo diferente, a sensação que fica é que são dois episódios de uma série, enquanto a bordo do avião temos um estilo de filmagem e fotografia, em terra firme temos outro estilo completamente diferente, mas o que se mantem entre esses dois "episódios" é a "Turbulência". Em Terra firme o roteiro dá uma reviravolta colocando o filme no lugar certo, no gênero de ação. Nesse ponto temos cenas de lutas bem coreografadas, muito tiro, porrada e alguns planos sequência interessantes que ajudam na imersão do espectador na luta pela sobrevivência dos protagonistas.

O inimigo do meu inimigo é meu amigo
A parceria improvável mas necessária entre Terrance o piloto e Gaspare o prisioneiro nasce da necessidade de vencer um inimigo comum, e nesse quesito vale ressaltar a boa química construída aos poucos entre Gerard Butler e Mike Colter, quem os vê no início do filme nunca imaginou que os dois dariam tão certo em uma luta em conjunto, tanto pela estratégia quanto pela ação.



E finalmente o respiro
Após muito combate, que algumas pessoas podem até achar que poderia ser um pouco menos pra não ficar com aquela sensação de barriguinha no filme, é chegada a hora do último ato, Jean-François Richet diretor do filme traz um desfecho redondo e sem pontas soltas para sua história trazendo com o fim uma sensação de ufffa, acabou. É aquele respiro necessário após um frenesi.

Alerta Máximo é um bom filme de ação, tem uma história fechada e bem contada, sabe onde quer chegar e guia o espectador do início ao fim em uma trama que vai do pânico abordo de um avião ao desenrolar de uma ação frenética de tirar o fôlego em um território desconhecido.

Nota: 4.0/5.0

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