CRÍTICA | I WANNA DANCE WITH SOMEBODY
Encantador, talvez essa seja a melhor descrição para I Wanna Dance with Somebody. Que Whitney Houston foi uma das pessoas mais influentes no mundo musical e no mundo da luta pelos direitos das mulheres, isso a maioria sabe, mas contar toda sua história e trajetória sofrida é algo que só este filme irá conseguir te contar.
Mais uma cinebiografia, depois do enorme sucesso de "Bohemian Rhapsody’" que conta com maestria a vida de Freddie Mercury e de "Elvis" relatando a história de Elvis Presley, chegou a hora de conhecer a cantora que muitas pessoas reconhecem pela voz ou pela simples letra, afinal, suas músicas foram tão famosas e bombaram tanto que ela chegou a passar os Beatles na época.
O filme conta o enorme percurso de Whitney Houston, interpretado por Naomi Ackie, acompanhando-a desde sua fase de cantora no coral da igreja, passando por sua relação extremamente controladora com seu pai John Houston (Clarke Peters), até sua decadência para as drogas e ascensão ao final de sua vida. Ao longo de sua jornada, Whitney encontrará pessoas importantíssimas para sua carreira e vida pessoal, como o produtor Clive Davis (Stanley Tucci) e sua melhor amiga e ex-parceira romântica Robyn Crawford (Nafessa Williams).
Bem no começo do filme somos apresentados aos diversos conflitos da personagem que percorrem e se desenrolam por todo o filme, como sua insistência em sempre querer fazer os tons mais altos e difíceis em suas músicas, e sua difícil relação familiar, que era cercada por violência e controle.
Uma das principais, se não a principal característica de cinebiografias de artistas musicais é a mistura de eventos importantes para a carreira do artista enquanto no fundo, ouvimos seus maiores sucessos músicas mais trilha sonora, o que não é diferente neste filme, que apresenta uma coletânea das músicas mais famosas de Whitney enquanto diversas conquistas de sua carreira são exploradas e mostradas com maestria pela diretora e roteirista do longa, um verdadeiro prato cheio para os fãs da cantora.
Além de nos transportar para mais perto da cantora, o filme se destaca com seu jogo de luzes, que favorece ao máximo as cenas, e evidenciam como foi árdua a luta de Whitney contra o preconceito e até mesmo indo contra quem alegava que sua música não era "negra" o bastante.
Naomi Ackie faz um papel difícil, mas brilha de maneira perfeita, parece que foi feita para esse papel, consegue nós encantar e comprar a ideia de que ela é a própria Whitney, e junto de Clarke Peters, exalta ainda mais a sua atuação, exibindo uma relação frágil e abusiva entre pai e filha.
O filme exibe um lado sensível da cantora com maestria, nos mostrando com foi lidar com o vício em drogas desde antes do início de sua carreira, o quão debilitada a cantora ficou até o fim de sua vida, que se deu pelo vicio, e também sua relação abusiva com seu pai, que muitas vezes a expunha ao seu limite apenas para possuir mais lucros.
O filme nos prende do início ao fim, com uma trilha sonora de tocar o coração, apresentando as várias faces da cantora a uma geração que não conhecia Whitney do jeito que deveriam. De longe, uma das minhas cinebiografias favoritas, superando o lugar ocupado por Judy.
Nota 4.5/5.0
Parece ser um filme incrível, e não tinha como esperar menos de uma diva como Whitney ❤️.
ResponderExcluirAnsiosa para assistir.
A voz da Whitney é maravilhosa, espero que o filme também seja, ansiosa!!
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