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Crítica | A Chamada


"A Chamada" traz consigo a promessa de tensão e adrenalina, combinando a presença marcante de Liam Neeson e uma premissa que já se tornou um clichê no cinema: um homem encurralado em um carro com uma bomba prestes a explodir. No entanto, embora o filme se esforce para adicionar um fôlego de originalidade a esse enredo familiar, ele acaba se perdendo em uma fórmula já explorada, resultando em uma experiência cinematográfica que oscila entre momentos intrigantes e uma sensação de déjà vu.

O filme começa com um ritmo acelerado, mergulhando o espectador na vida de Matt Turner, interpretado por um carismático Liam Neeson. A ameaça iminente da bomba sob o assento do protagonista é o suficiente para manter a atenção da audiência, criando um senso urgente de perigo que permeia toda a narrativa. No entanto, é nesse ponto que a trama começa a balançar entre a inovação e a previsibilidade.


A adição de um plot twist inesperado, um dos pontos positivos do filme, tenta revitalizar a narrativa, jogando luz sobre os motivos por trás do ataque. Essa reviravolta dá um fôlego momentâneo à história, oferecendo uma nova camada de complexidade aos eventos em curso. No entanto, essa lufada de originalidade não é suficiente para afastar a sensação de familiaridade que o filme inevitavelmente carrega.

O desenrolar da trama e a busca de Matt por respostas sobre sua situação proporcionam momentos de suspense e tensão bem executados, destacando a habilidade de Liam Neeson em interpretar personagens em situações de risco extremo. No entanto, a falta de profundidade na exploração dos motivos do antagonista e a falta de desenvolvimento dos personagens secundários resultam em uma narrativa superficial.

"A Chamada" parece se contentar em seguir os passos de produções anteriores que exploraram a mesma premissa, não ousando ir além dos limites conhecidos. O filme tenta equilibrar entre a convenção e a inovação, mas acaba caindo na armadilha de se tornar uma mescla de elementos familiares, sem se destacar verdadeiramente.

Em última análise, "A Chamada" é um filme que se beneficia de momentos emocionantes e de um protagonista carismático, mas que não consegue escapar da sombra de outros filmes que já abordaram o mesmo tema. A tentativa de adicionar uma reviravolta surpreendente é louvável, mas não é suficiente para elevar o filme acima do status de mediano. Assim, "A Chamada" é recomendado para uma noite de entretenimento despretensioso em casa, onde a sensação de déjà vu no cinema pode ser mais facilmente tolerada.

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