Crítica | Morte no Nilo
A curiosidade em resolver o mistério "Quem Matou" ronda a ficção a anos, e funciona bem. Quem não ama resolver mistérios antes dos amigos ou especular sobre as possibilidades de um assassinato? e quando falamos de Mistérios e Crimes temos uma referência excelente, Agatha Cristie escritora do famoso Assassinato no Expresso do Oriente que ganha agora uma continuação no mesmo nível, Morte no Nilo.
Em Morte no Nilo, durante sua viagem de lua de mel pelo rio Nilo, o casal Linnet Ridgeway (Gal Gadot) e Simon Doyle (Armie Hammer), convidaram os entes mais queridos para embarcar no barco Karvak e celebrar a união do casal. Porém a rica herdeira é misteriosamente morta de noite e por quase todos os passageiros têm motivos para matá-la. Mas um dos convidados, por coincidência, é o mais famoso detetive do mundo, Hércules Poirot, que começa a investigar o caso. Enquanto as investigações têm início no próprio barco, novas mortes acontecem com o intuito de encobrir a verdade e o caso acaba sendo mais difícil de se solucionar a cada tempo que passa. Situado em uma paisagem épica de vistas panorâmicas do deserto egípcio e das majestosas pirâmides de Gizé, este conto de paixão desenfreada e ciúme incapacitante apresenta um grupo cosmopolita de viajantes impecavelmente vestidos entre voltas e reviravoltas.
Com a narrativa clássica de descobrir "quem matou", Morte no Nilo prende o espectador a trama logo em seus primeiros minutos, contando a origem do famoso detetive Poirot o filme abusa de flashbacks para explicar pontos sensíveis do personagem interpretado mais uma vez por Kenneth Branagh que parece ter nascido para esse papel.
O filme mescla a origem do personagem com a resolução do crime, dando a entender que Poirot caiu de paraquedas nesse crime, e por mais que isso pareça estranho e soe um pouco lento para o filme, a narrativa consegue passar por cima e ir te deixando cada vez mais curioso com o desenrolar da historia, tanto de origem quanto com o assassinato.
Com um elenco rodeado de polemicas vulgo Armie Hammer e de bons atores o filme se apoia em Gal Gadot, que mais uma vez se destaca e rouba a cena tanto pela beleza quanto pela atuação. Por falar em beleza, Morte no Nilo se torna um dos filmes mais bonitos baseados em obras de Agatha Cristie, Haris Zambarloukos assume a fotografia do longa e abusa da amplitude dos cenários para mostrar a grandeza não só do filme quanto do Egito.
Morte no Nilo é ousado e adapta de forma perfeita a obra de Agatha Christie, sustentando e te deixando imerso em um mistério incrível, a vontade no fim era de aplaudir de pé.
Nota 5.0/5.0
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