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CRÍTICA | RIVAIS


"Rivais", dirigido pelo talentoso Luca Guadagnino, mergulha os espectadores em um turbilhão emocional onde os limites entre amor, ambição e rivalidade se entrelaçam de forma complexa e sedutora. Nesta trama não linear, somos apresentados a um "trisal" mal resolvido, cuja dinâmica é exposta ao longo de diferentes períodos temporais, mantendo o público envolvido e intrigado desde o primeiro momento.

O elenco, encabeçado por Zendaya, Mike Faist e Josh O'Connor, entrega performances magnéticas, exalando talento e carisma em cada cena. A química entre os protagonistas é palpável, adicionando uma camada extra de tensão, emoçãoe tesão a um enredo já carregado de conflitos e paixões conturbadas.

O cenário do mundo do tênis serve como pano de fundo perfeito para esta história de rivalidade e redenção. Guadagnino não poupa esforços em retratar realisticamente a intensidade e a exigência desse esporte, culminando em algumas sequências de jogos eletrizantes e visualmente impressionantes.


A trilha sonora, aliada ao uso criativo de câmeras lentas, contribui para a atmosfera envolvente do filme, amplificando o drama e a tensão em momentos-chave. A direção de fotografia de Sayombhu Mukdeeprom é simplesmente deslumbrante, capturando cada detalhe com uma sensibilidade estética que eleva a experiência de ver o filme a um outro nível, em alguns momentos temos closes em rostos suados e em outros estamos tensos acompanhando de perto uma partida emocionante de tênis.

O roteiro, inteligentemente construído, utiliza elementos como a "Arma de Tchekhov" de maneira magistral, oferecendo ao público uma narrativa rica em nuances e reviravoltas inesperadas. Os diálogos são afiados e reveladores, explorando as complexidades dos personagens e suas motivações ocultas.


O desfecho de "Rivais" é um testemunho da ousadia e originalidade do filme, provocando reações diversas e garantindo debates acalorados entre os espectadores. Para alguns, será uma conclusão satisfatória e impactante, enquanto para outros poderá gerar frustração ou perplexidade. Pessoalmente, eu fico entre os que admiraram e aplaudiram a coragem da equipe criativa em desafiar o obvio e oferecer uma conclusão que se distancia do previsível. 

"Rivais" é um mergulho profundo nas complexidades das relações humanas, é arrebatador e de tirar o fôlego. Luca Guadagnino conduz muito bem a narrativa, explorando os intricados laços emocionais entre os personagens enquanto explora o mundo competitivo do tênis. O filme oferece uma visão cativante e emocionante dessa rivalidade, envolvendo o espectador em uma jornada que vai muito além das linhas da quadra.

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