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CRÍTICA | Borderlands


"Borderlands: O Destino do Universo Está em Jogo" é um filme que se propõe a capturar a essência de uma das franquias de videogame mais icônicas da última década. Baseado no universo caótico e irreverente criado pela Gearbox Software, o filme leva os espectadores a uma jornada intensa e visualmente deslumbrante através do planeta Pandora. Sob a direção de Eli Roth, o longa tenta equilibrar a narrativa frenética e o humor ácido que caracterizam os jogos, ao mesmo tempo em que introduz novos elementos para a tela grande.

A história gira em torno de Lilith (Cate Blanchett), uma criminosa com um passado misterioso, que retorna a Pandora em busca da filha desaparecida de Atlas (Edgar Ramirez), o poderoso líder de uma das maiores corporações de armas da galáxia. A missão, que poderia ser um tanto convencional, ganha um toque de originalidade e caos com a inclusão de um grupo peculiar de personagens: o mercenário Roland (Kevin Hart), a jovem e imprevisível Tiny Tina (Ariana Greenblatt), o gigantesco e perigoso Krieg (Florian Munteanu), a excêntrica cientista Dr. Tannis (Jamie Lee Curtis) e, claro, o icônico robô falante Claptrap, dublado por Jack Black.


A estética do filme é, sem dúvida, um de seus maiores trunfos. A cinematografia faz um excelente trabalho em recriar o visual único dos jogos, com cores vibrantes, cenários detalhados e uma atmosfera que se assemelha muito a uma gameplay caótica. A sensação de estar dentro de um jogo é reforçada pela edição dinâmica e pela forma como a ação é conduzida, com sequências que parecem diretamente extraídas das batalhas intensas que os fãs conhecem e amam.

No entanto, "Borderlands" também sofre de alguns problemas típicos de adaptações de videogames para o cinema. Embora o roteiro tente condensar muita informação em um espaço de tempo limitado, o resultado é um enredo denso e por vezes confuso, que pode afastar aqueles que não estão familiarizados com o universo dos jogos. As piadas e diálogos, embora eficazes em muitos momentos, às vezes parecem forçadas, tentando desesperadamente replicar o humor rápido e irreverente dos games.

Os fãs da franquia,  provavelmente encontrarão um afago aqui. O filme é uma verdadeira carta de amor aos jogadores, repleta de referências, personagens e situações que remetem diretamente aos jogos. Para quem aprecia a estética e o tom caótico dos games, "Borderlands" entrega exatamente o que promete: uma experiência visualmente impressionante, com uma ação desenfreada e uma boa dose de diversão insana.


As atuações também merecem destaque, especialmente Cate Blanchett, que traz uma presença forte e carismática como Lilith, e Jack Black, que, como sempre, rouba a cena com seu Claptrap hilariamente tagarela. Kevin Hart e Jamie Lee Curtis também adicionam camadas interessantes a seus personagens, ajudando a manter o ritmo acelerado da trama.

"Borderlands: O Destino do Universo Está em Jogo" é um filme que, apesar de seus tropeços, consegue capturar a essência dos jogos em que se baseia. Embora não seja uma obra-prima cinematográfica, é uma aventura divertida que certamente agradará aos fãs da franquia. Se você é um jogador que já se perdeu por horas no mundo caótico de Pandora, este filme é para você. Para os demais, pode ser uma introdução curiosa e, no mínimo, visualmente cativante ao universo dos jogos.

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