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CRÍTICA | A FERA


Depois de Dicaprio vs Urso, vem aí Idris Elba vs Leão! Em A Fera acompanhamos a jornada do Dr. Nate, um pai que viaja com suas filhas Mere e Norah até a Africa, terra natal de sua falecida ex-esposa. Lá, a família fica hospedada na casa do Tio Martin. Martin é um biólogo trabalha defendendo as reservas naturais de caçadores ilegais, e é aí que nossa história começa a se desenrolar.

Caçadores ilegais matam toda uma manada de leões, deixando vivo apenas seu líder, um enorme leão que consegue escapar do ataque dos caçadores. A partir daí o enorme e feroz leão de rebela para proteger seu território, atacando e matando tudo que é ser vivo que encontra em seu caminho. Durante um passeio pelas reservas naturais a família acaba entrando no território do leão e agora cabe a Nate a tarefa de manter suas filhas em segurança.

Drama Familiar
O drama familiar está presente durante todo o filme é bem trabalhado, mesmo em segundo plano. Nate esperava se reconectar com suas filhas, que andavam bem distantes depois da morte da mãe, enquanto o mesmo se culpa por não ter estado presente e não ter sido capaz de ajudar com a doença de sua ex-esposa mesmo sendo médico. Mere, interpretada por Iyana Halley representa a filha adolescente rebelde, que não consegue perdoar a ausência do pai, chegando muitas vezes a ser um pouco chata e a criar conflitos com o pai e a irmã Norah, interpretada por Leah Jeffries. O roteiro trabalha crescimento e amadurecimento da família através de diálogos e ações baseadas na confiança e na coragem para enfrentar o perigo que está à sua frente.

Clima tenso
Quando somos finalmente apresentados à Fera o clima do filme fica intenso, com o uso de vários planos sequência o diretor Baltasar Kormákur consegue aumentar a imersão e a tensão, o uso do plano sequência nos coloca na situação em que os personagens se encontram, me peguei várias vezes tentando localizar o grande leão em meio ao imenso e belo cenário de savana em que o filme é ambientado. O diretor não faz uso de jumpscares para causar o clima tenso, apenas o uso da trilha sonora e da fotografia que mostra a imensidão da reserva já são suficientes para o sentimento de solidão e presa fácil.

A fórmula que deu certo, só que mais simples
O roteiro faz uso de um estilo muito visto em filmes do gênero, já vimos cobras, aranhas, crocodilos e agora, leões. Porém, em a Fera, as motivações são simples, nada acidentes biológicos ou químicos, o roteiro coloca humanos para enfrentar a própria natureza selvagem e acaba por mostrar que as consequências das ações egoístas dos próprios seres humanos, são pagas por nós mesmos.

Mas já acabou?
O roteiro é enxuto e sem rodeios, o filme vai direto ao ponto e quando tem que finalizar, não cria os famosos clichês de hollywood e dá um desfecho simples, mas honesto. O filme tem um bom ritmo, não cansa mas no fim ficamos com aquela sensação de que passou muito rápido.

A Fera é um ótimo filme de sobrevivência para assistir despretensiosamente no final de semana, nas telonas do cinema a experiência é ainda mais imersiva.

Nota 4.5 / 5.0 

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