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CRÍTICA | O PALESTRANTE




No passado, sempre fui aquele que detestava o cinema nacional, não importava o gênero do filme eu estava lá falando que não assistia e coisas do tipo. O tempo foi passando, a idade foi chegando e filmes como Tropa de Elite, Estômago, Turma da Mônica Laços e vários outros começaram a mudar meu pensamento. Mas se tinha um gênero que eu ainda era meio avesso era o de comédia, afinal, tudo que eu tinha visto me remetia á uma esquete estendida de zorra total ou a praça é nossa. Eis que…. ou fiquei velho mesmo ou realmente isso mudou. 

Em O Palestrante, Guilherme (Fábio Porchat), um contador sem perspectivas que acaba de ser demitido e abandonado pela noiva, viaja para o Rio de Janeiro com o objetivo de resolver pendências da empresa que o demitiu. Sem encontrar um rumo na vida, ele é confundido com um famoso palestrante motivacional. Em um impulso de quem não tem nada a perder, assume o lugar do tal Marcelo, sem saber que se trata de um palestrante motivacional contratado para animar os funcionários da empresa de Denise (Dani Calabresa). Guilherme tem que colocar todos pra cima, mas talvez ele também precise desse novo Marcelo para mudar de vida, e ao tomar seu lugar, ele vai tentar achar uma razão própria para viver.


Aquela comédia Pastelão com uma pontinha de drama
Assumindo sem medo a comédia pastelão, O Palestrante ganha o público logo nos primeiros minutos de filme, e sem dúvidas, o principal motivo disso é o roteiro engraçado e realista escrito por Fábio Porchat e Cláudia Jouvin. Mas aí você me pergunta: como pode um filme pode ser engraçado e realista ao mesmo tempo? E eu te respondo: Misturando situações cotidianas com um humor escrachado e naturalmente verdadeiro, ao longo de todo o filme o público se identifica com alguma situação e obviamente cai na gargalhada ao perceber essa proximidade da “Ficção” com a realidade.




A Comédia que não passa dos limites

Se tem uma coisa que degradou o gênero de comédia é justamente a falta de limites, seja repetindo piadas ruins excessivamente ou até causando desconforto por piadas pesadas sobre sexo, sexualidade, gênero e coisas desse tipo, alguns filmes de comédia acabam presos nesse ciclo horrível. Em o palestrante isso não acontece nem um minuto, o que acaba deixando o filme extremamente divertido, sem ser chato ou sem extrapolar os limites da boa comédia. 


A mudança de vida que todo mundo queria
Guilherme, protagonista interpretado por Fábio Porchat tem em seu arco principal uma mudança de vida e tanto, e por mais que a comédia prevaleça, o filme acaba assumindo o papel de nos fazer pensar se realmente estamos fazendo o que queríamos na nossa vida. Nós fazendo pensar seriamente em dar uma de Guilherme por um dia pra ver o que acontece. Afinal, seguindo a máxima que há males que vêm para o bem, o filme deixa claro que as vezes “Meter o Louco” pode dar um resultado positivo.


A química perfeita
Além do bom roteiro, o filme se destaca pelo seu elenco, acompanhando Porchat temos nomes clássicos da comédia nacional tais como Dani Calabresa, Antônio Tabet, Letícia Lima e Miá Mello. Em tela todo o elenco tem uma química perfeita, e é fácil perceber que eles se divertiram bastante gravando o filme, vale ficar assistindo aos creditos onde vemos algumas cenas da produção que evidenciam ainda mais essa diversas, é como se todos estivesse na “Disney”.


Vai rir, você precisa.

O Palestrante chega aos cinema no dia 04 de agosto cheio de boa intenções, misturando a comédia com a realidade cotidiana e mostrando que o cinema nacional mudou mesmo, e mudou para melhor.


Nota 4.5/5.0

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