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CRÍTICA | O LENDÁRIO CÃO GUERREIRO

 


Em um Japão feudal habitado por gatos e com um protagonista cachorro que precisa não só salvar o “mundo”mas também aprender a conviver com diferenças entre cães e gatos, o filme O Lendário Cão Guerreiro chega aos cinemas de forma despretenciosa, trazendo leveza em uma boa e divertida animação.   
O perverso vilão felino Ika Chu (Ricky Gervais) e seu capanga Ohga (George Takei) se preparam para pôr um plano terrível em prática que pode acabar com a cidade de Kakamucho. A tarefa de combater esse perigo é tomada por Hank (Michael Cera), um cachorro que sonha em ser um grande samurai. Ele acaba convencendo Jimbo (Samuel L. Jackson), um gato que outrora fora um grande guerreiro, a se tornar seu mentor, o que faz com que comece uma incrível amizade entre os dois.


Carisma de cachorro em um mundo de gatos
Hank, o protagonista do filme tem consigo uma tarefa um tanto quanto complicada, se tornar um samurai e salvar a cidade de kakamucho dos planos de Ika Chu, e para que isso aconteça Hank utiliza de dois grandes artificios, o carisma e a resiliência. Por mais que ele precise de um treinamento intensivo para se tornar um samurai, Hank tem um carisma invejável, que o ajuda durante todo o filme, sendo um dos pontos mais legais do personagem que quando aparece em tela chama a atenção e faz com que o espectador tenha uma vontade estantânea de adotar um cachorrinho como Hank. Como a jornada de Hank é difícil, ele erra bastante e vai aprendendo a se tornar um samurai aos poucos com a ajuda de Jimbo, mas o mais importante na jornada de Hank é que por mais que ele erre, ele assume seus erros e segue com seu objetivo, sendo um exemplo pet de resiliência. 


Uma aulinha de inclusão para crianças e adultos
Além da necessidade de se tornar um samurai, Hank ainda precisa lidar com um outro problema, conviver com gatos sendo um cachorro. Nesse ponto o filme usa uma metáfora com a vida real, mérito do roteiro bem trabalhado que faz alusões a situações cotidianas de minorias lutando para sobreviver igualmente a maiorias. Hank sofre com discriminação, ameaças, intimidações e tudo mais. Porém a resiliência de Hank em tornar normal um cachorro viver em um mundo de gatos e mostrar que “tá tudo bem”, e que ele pode ser o que quiser, fala mais alto e abrilhantam ainda mais a sua jornada.
 



Uma animação e tanto

Em tela, acompanhar a história do Lendário cão guerreiro é uma tarefa simples, divertida e bonita. A animação é bem feita e saltam aos olhos, tudo é muito colorido, os gatinhos são fofos e é impossível desgrudar o olho do filme. Ajudando o estilo bonito e colorido, o filme é extremamente divertido, cheio de piadas e referências a outros filmes, é difícil ficar 5 minutos sem dar uma boa risada acompanhando Hank ou os gatos de kakamucho. Finalizando e dando a liga, temo uma história com linguajar simples, que não exige muito de quem o assiste. 


A dublagem que a gente ama
No original, a animação é dublada por atores como Michael Cera e Samuel L. Jackson, mas cá entre nós, animações foram feitas para ser assistidas em português, e mais uma vez a dublagem brasileira manda super bem. Por aqui temos vozes de atores como Ary Fontoura, Deborah Secco e Paulo Vieira se encaixando como uma luva para os personagens, tornando ainda fácil e adaptado a realidade brasileira a comunicação do filme. 


O Lendário Cão Guerreiro é um filme leve, engraçado e divertido, que traz na sua essência grandes ensinamentos sobre inclusão, servindo de exemplo não só para crianças mas também para adultos.


Nota 4.5 / 5.0

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